João Pereira Coutinho > Os artefatos nos museus do Ocidente devem ser devolvidos às terras de origem? Voltar
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A tragédia perpetrada pelo ISIS, provocando uma perda irreparável em patrimônios culturais na humanidade na SÃria, dão respaldo para a permanência de bens culturais em grandes museus ocidentais.
Nelson Prado, non sequitur. Da sua hipótese não decorre sua tese.
Vamos lá - A floresta amazônica pode ser considerada brasileira? Não, porque já estava lá muito antes do Brasil existir. As obras mouras na PenÃnsula Ibérica podem muito bem ser transferidas para museus da Inglaterra ou EUA, já que, quando foram realizadas, não existiam Portugal nem Espanha. Vamos transferir as obras romanas da Itália para museus pelo mundo; afinal, não existia Itália quando elas foram realizadas. E por aà vai...
Os Mármores do Parthenon tambem são conhecidos como os mãrmores de Elgin, pois foi Thomas Bruce, 7º Conde de Elgin um escocês, quem se apropriou dos mármores e os levou da Grécia para a Inglaterra.
O nome Itália vêm da Roma antiga,Os romanos chamavam de Itália o sul da PenÃnsula Itálica e antes dos romanos haviam os etruscos. A Espanha existia antes dos mouros se instalarem lá , fazia parte do imperio Romano e se chamava Hispânia e incluia Portugal.Portanto, as obras mouras pertencem à Espanha, assim como as romanas pertencem à Italia. Os "mármores de Elgin, na Inglaterra, pertencem à Grecia, o obelisco egipcio em Paris pertence ao Egito e assim vai....
Olá, Pereira Coutinho Tenho enorme interesse nas questões que vócê aborda no artigo. Entretanto, não tinha notÃcia da pilhagem soviética. Poderia enviar algumas referências? Imensamente agradecido
Digite "Soviet Plunder Europe" no Google e terá muitas referências. O primeiro que aparece é "Beautiful Loot: The Soviet plunder of Europe's Art Treasures".
Claro que não tem que devolver. Os gregos antigos sumiram mesclados com outros povos. O mesmo com os egÃpcios antigos. Os atuais habitantes da Grécia e do Egito são povos diferentes genética e culturalmente dos antigos. Só o território é o mesmo. Os judeus parecem ter mantido a genética e a cultura próxima da original e reivindicam os territórios antigos e querem retornar para lá. Esse desejo do retorno pode fazer que brancos façam o retornos forçados dos pretos para a Ãfrica.
Matone, a área reivindicada pelos judeus realmente era dos neandertais que habitavam lá quando os Homo sapiens saÃram da Ãfrica. Lá ocorreu forte hibridação entre os Homo sapiens e os neandertais. Compartilhamos 99,7% do nosso DNA com os neandertais e 98,6% com os bonobos. Dos 0,3% dos genes diferentes grupos humanos ainda podem ter de 0 até 10% dos genes neandertais. Os judeus tem 0,1%. Assim os grupos que tem 10% são os verdadeiros donos daquela terra.
Non sequitur. Da sua hipótese não decorre sua tese.
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RaciocÃnio equivocado. A resposta obviamente é SIM. A argumentação é tendenciosa e só interessa ao autor.
E se fosse o contrário? Se paÃses sem força militar, econômica etc tivessem levado algo (seja de que forma fosse...) algo dos EUA, Reino Unido, Alemanha ? A discussão não teria tanta nuance, tomo mundo saberia, sem sombra de dúvida, o nome do ladrão!
Eu conheci artefatos egÃpcios em 3 museus: Metropolitan de New York, Museu do Vaticano e Museu do Louvre. Se tivessem sido devolvidos para o paÃs de origem, eu nunca os teria visto. Porque hoje em dia é muito perigoso viajar ao Cairo.
Discordo, o Egito é muito menos perigoso que muitos outros paises, por ex. no Egito não ocorrem tiroteios em escolas, bares, "shopping centers" lojas do Walmart, clubes de danca, manifestações publicas, etc que ocorrem nos USA ou ultimamente na Europa, na Alemanha um sujeito matou 9 em um bar e outro investiu o carro contra pessoas que se divertiam no carnaval e a maioria, crianças, estão hospitalizadas. Isso sem falar no Ceará....
Não se trata de conforto, trata-se de conhecimento. Vamos supor que todos os artefatos egÃpcios sejam devolvidos ao Cairo. A Cultura egÃpcia antiga seria vista por bem poucos. TerÃamos de nós contentar com museus virtuais. É melhor ficar tudo como está.
Pois é, Ana, para garantir o seu conforto (não só o seu), os artefatos devem permanecer nos museus dos paÃses poderoso, os mesmos, aliás, que saquearam o nosso paÃs.
Como sempre, o artigo é bem escrito, mas é evidente que o Coutinho prefere que os artefatos permaneçam nas nações "civilizadas", principalmente na sua querida Inglaterra, onde vê-las é muuito confortável.
Sr. Matone , os hebreus dos tempos de Jesus falavam aramaico. Os tesouros do 2@ Templo jamais estiveram de posse da Igreja de Roma , os hebreus , se houve (E houve) diáspora, retornaram a terra de seus ancestrais. A Grécia é eterna , sua cultura é perene ; 4 séculos de domÃnio Otomano em nada mudaram seus usos e costumes. Viva o povo grego , hospitaleiro e fraterno.
Constantino não estabeleceu o cristianismo como religião oficial do império romano, não. Quem o fez foi o imperador Teodósio, por meio do Édito de Tessalônica, em 380 DC. Portanto 67 anos depois do Édito de Milão de 313 DC, por meio do qual Constantino tornou o cristianismo uma das religiões que poderiam ser professadas livremente no império romano. Ele batizou-se no cristianismo logo antes de sua morte. Assim, pelo menos, Constantino não morreu pagão.
Constantino, o Imperador pagão do século IV, foi quem impôs o cristianismo como religião oficial do Império Romano. Ele que escolheu quais dos mais de 200 evangelhos seriam os canônicos.
O Arco do Triunfo mostra o butim de Jerusalém sendo levado para Roma. A Igreja Católica é a herdeira do Império Romano.
Todos os dias eu tenho aulas de Talmud em aramaico, a lÃngua que os judeus aprenderam a falar na Babilônia. Tenho cinco filhos. Três deles entendem, lêem e escrevem em hebraico, aramaico e yÃdishe. Além da lÃngua, o estudo do Talmud é ininteligÃvel para quem tenta aprender sozinho. Só pode ser aprendido com tradição oral milenar. A lógica talmúdica é diferente de tudo o que eu já vi na vida. E sou formado em Medicina na USP. Não dá para inventar a tradição oral judaica.
Sim, devem ser devolvidos! O Louvre, por exemplo, não seria tão famoso, muitas das principais obras são de outros paÃses.
Com certeza, pois firam levadas sem o conhecimento de suas importâncias históricas.
Sim, devem ser devolvidos. Concentrar toda arte na Europa é bom para os europeus e péssimo pros espoliados.
As peças arqueológicas presentes nos museus europeus/EUA são mesmo butins de guerra e de espoliação colonial. As razões cÃnicas de Tiffany Jenkins ou a blasée do articulista, denotam ainda posturas colonialistas. Essas peças foram resultado de um processo histórico de sociedades e de culturas milenares que foram roubadas de seus paÃses originais e, por isso, em princÃpio, devem ser devolvidas a seus locais originários e de direito histórico. Não dá para legitimar roubos coloniais e imperiais.
Raimundo Carvalho, ao contrário da Grécia de hoje, que nada tem a ver com os reinos gregos de priscas eras, os judeus de hoje têm a mesma cultura, a mesma religião, têm o domÃnio da mesma lÃngua, o hebraico; tem os mesmos ideiais; portanto, são o mesmo Povo. Por isso você uso a paravra "retorno". Não existe retorno para quem nunca saiu!
O comentarista abaixo está confundindo chassidismo com judaÃsmo. O movimento chassÃdico data da segunda metade do sec. XVIII, criado por Baal Shem Tov. Os judeus iemenitas também usam "trancinhas" (peiot) e estão no Iemen desde a destruição do Primeiro Templo, há 2500 anos. As mulheres judias observantes sempre cobriram as cabeças; se não com perucas, com lenços ou outros artefatos. Os homens, também. Se não com kipá, com outras coisas.
Quando as profecias sobre a reunião dos judeus exilados pelo mundo começaram a se cumprir, havia judeus de todas as partes do mundo em Israel. E cada um falava uma lÃngua diferente. A única coisa que permitia uma comunicação entre todos era o Hebraico, pois era a lÃngua comum com a qual todos rezavam e estudavam a Torá. Assim, o Hebraico foi renascido como lÃngua comum, falada nas ruas. Mas sempre esteve presente em todos os lugares.
Alexandre, o indefectÃvel, sempre a postos... Não, os judeus de hoje não são os hebreus dos tempos bÃblicos. As pessoas são outras - na Palestina do século I havia homens de kapota e trancinhas e mulheres de peruca? Nem mesmo o judaismo, o grande unificador, é o mesmo. Nem mesmo a lÃngua é a mesma, pois o hebraico foi instaurado no século XX, no século I falava-se aramaico. Não houve "retorno", mas uma invasão de colonizadores, como os boeres no sul da Ãfrica.
Em tempo, já passou da hora da Igreja Católica devolver ao Povo Judeu todos os utensÃlios do Segundo Templo que os romanos, sob Titus e Vespasiano, roubaram, e a Igreja Católica os mantêm escondidos. No Arco do Triunfo pode-se ver alguns deles sendo transportados, após o saque.
O simples fato de que esses objetos pertenceram ( ou pertencem) a paÃses que no decorrer do processo histórico tiveram sua cultura (dentre outras coisas) roubadas pelas grandes potências em nome de uma suposta superioridade, já nos permite dizer que do ponto de vista ético, esses bens pertencem a sua cultura original. Nesse ponto, os museus acabam sendo uma galeria de troféus de guerra.
Quanto contorcionismo intelectual, João. A seguir esse raciocÃnio, você também teria sido contra ao retorno dos judeus à Palestina?
Ao contrário da Grécia de hoje, que nada tem a ver com os reinos gregos de priscas eras, os judeus de hoje têm a mesma cultura, a mesma religião, têm o domÃnio da mesma lÃngua, o hebraico; tem os mesmos ideiais; portanto, são o mesmo Povo. Por isso você uso a paravra "retorno". Não existe retorno para quem nunca saiu!
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