Opinião > O modelo de estabilidade do servidor público deve ser revisto? SIM Voltar
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Vou ilustrar com o meu caso, sou servidor municipal, celetista, com salário compatÃvel de mercado, na minha secretaria há mais comissionados que efetivos.entre em um quartel a ociosidade é tremenda, um dentista do quartel merece estabilidade? nenhum dos dois artigos atingiram o cerne da questão. Há de se analisar caso a caso, e fortalecer o controle social.
Só de verificar o atual governo, percebe-se que o Funcionário Público é essencial para o Brasil. Ou a senhora quer que seja colocado no Serviço Público apaniguados polÃticos, conhecidos de filhos? Entra governo: troca de apaniguado . Sai governo: muda de apoaniguado ... Por isso é essencial o concursado.Mais: a senhora não foi no ponto fulcral, onde ocorre a sangria do dinheiro público: os cargos em Comissão. Por quê? Ganham muito e nada retribuem, com raras exceções.
Folha de São Paulo! Da próxima vez que tratar de serviço público, chame alguém que conheça o assunto e que saiba explorar os aspectos jurÃdicos, sociais, polÃticos, filosóficos e de gestão pública. Qualquer primeiro anista de direito sabe que as regras do setor privado não podem se equiparar as do setor público por razões que cabem em vários livros. Por mais excelente que seja um bancário, nunca poderá com seu conhecimento apreciar as várias nuances que envolvem a administração pública.
Tem muito concursado hoje passando aperto - a maioria - e que não pode sequer fazer pizza no final de semana ou vender chup chup na vizinhança. Tem muito professor e enfermeiro sem salário. Tem músico em orquestra do Estado pendurado em consignado porque não recebe. Vocês tem que ter mais cuidado ao falar do servidor.
A economista do Santander é a cara do PSDB do João Dória e de todos os tucanos desse paÃs verdadeiros vassalos e entreguistas de banqueiros, rentistas e agiotas de dentro e fira do paÃs. Se o que ela defende é verdade por que os paÃses de primeiro mundo com as melhores taxas de bem estar social via serviço público não praticam esse tipo de ideia? Ou por que a Espanha berço do Santander não pratica isso? Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
O leitor Ernesto alertou bem: querem acabar com a estabilidade para instituir rachadinhas de norte a sul do paÃs. Por que a Folha não promove um debate sobre a previdência dos militares e polÃticos?
Realmente, empresas privadas são um nicho de pessoas honestas e bem intencionadas. Eh piada? Elas nao vivem sem estar penduradas no poder publico e estão sempre atras de subsidios, refis, incentivos fiscais, reserva de mercado, pouca fiscalizacão, dinheiro a custo baixo com prazo para pagamento a perder de vista e outras amenidades. Enfim, são privadas, mas, querem o Estado so para si. O lucro eh deles, mas, o prejuizo vai para a sociedade.
O artigo peca pela visão turva e sem aprofundamento. É a visão de alguém do mundo privado. Ignora os servidores que abdicaram de parcelas de sua vida para conquistar uma vaga no serviço público. Ignora também as profundas ingerências polÃticas sofridas pelo serviço público ao longo do tempo: na ditadura, conseguia-se um posto bem remunerado em razão da influência de alguém com poder. Ignora que os servidores são privados de plena liberdade, não podendo praticar comêrcio e ter empresa.
Maria, não sei se é bom. Depende do caso. Serviço público também: pode ser bom ou ruim, dependendo do caso. Não há uma regra que se aplique a tudo. Mas tem muito concursado hoje passando aperto - a maioria - e que não pode sequer fazer pizza no final de semana ou vender chup chup na vizinhança. Tem muito professor e enfermeiro sem salário. Tem músico em orquestra do Estado pendurado em consignado porque não recebe. Vocês tem que ter mais cuidado ao falar do servidor.
Nossa, fiquei mortificada com o sofrimento dos servidores públicos! Bom mesmo é ser empregado em empresa privada: o salário é regulado pelo mercado, os benefÃcios são raros, pode ser demitido a qualquer tempo (por isso o FGTS), quando se aposenta não recebe o valor do último salário, mas é claro ,tem toda liberdade de ter uma empresa e/ou praticar o comércio informal quando fica desempregado ou tem que complementar a renda.
A senhora é empregada de um banco. Imagine a hipótese de sua instituição se tornar objeto de auditoria fiscal por parte do Orgão público legalmente incumbido. Desembaraçado de temores pelo seu futuro, de pressões polÃticas geradas pelo lobby dos bancos, eis o servidor público designado para executar a tarefa...
Todos devem se submeter ao critério da competência, estabilidade é sinônimo de incompetência e de inoperância. É a causa desse estado inflado é ineficiente que temos, sem que os “ funcionários” ( nome odioso) sejam submetidos à prova da competencia
Mentira. O critério da competência é aferido por meio do concurso público e das avaliações periódicas de desempenho. Quanto a estas últimas, o Estado de Minas Gerais foi pioneiro em realizá-las.
Parabéns, Ana Paula, pelo clareza e lucidez do seu artigo. O serviço público precisa se arejar e de muitas mais Anas Paulas.
O que eu notei foi a terceirização da saúde, isso não é novidade, ainda mais em um Governo com polÃtica neoliberal, o próximo passo é o desmonte do SUS, com a criação de um plano de saúde pública, quem não conseguisse pagar, haveria um “cesta básica” da saúde. E, todos os trabalhadores não seguiriam o Regime Estatutário e sim o celetista, como ocorre em sociedades de economia mista como é o caso do Banco de Brasil. Esse desmonte faz parte do enxugamento do Estado e da polÃtica neoliberal.
Empregados de empresas públicas, como a CEF, e sociedades de economia mista, como a Petrobrás, não têm estabilidade de emprego. Porque esse auê? No Brasil, somente 1,6% da população é servidor público. Até os EUA, paÃs de capitalismo selvagem, proporcionalmente tem mais servidores públicos que o Brasil: 15.3 % da população total do paÃs. Sabe por que essa campanha pra destruir os servidores? A resposta é simples: rachadinhas.
Como sempre, nenhuma vÃrgula sobre assessores "trabalhando nas bases eleitorais"; auxÃlios-paletó; verba de postagens na era da comunicação instantânea gratuita; apartamentos funcionais; verbas para combustÃveis, e carros oficiais trocados a todo instante; plano de saúde para parentes de servidores (qual o amparo legal?). Aviões da FAB subindo e descendo ao bel-prazer. Tudo é silêncio para o andar de cima. Ob. os assessores são contratados sem concurso e sem estabilidade nos empregos! As bases!
Os interesses de uma empresa pública são distintos dos de uma privada, e esse princÃpio muda a natureza do serviço. Além do mais, para dialogar com a autora, o sistema bancário ( majoritariamente privado) poderia ser mais arejado, menos parasitário e colaborar para que os juros escorchantes não sugassem toda a energia dos assalariados sobretudo os de menor poder aquisitivo. Retomando, vejo a perda da estabilidade mais como mecanismo de redução de custos da mão de obra que melhoria e eficiência.
Enfim, precisa revisar, mas, de fato, o problema maior não é a estabilidade... Dores capitalistas de cotovelo não convêm à eficiência econômica...
Tirar a estabilidade do funcionário publico com argumentos de eficiência querendo equipara-lo aos funcionários das empresas privada não está concorrendo para o bom funcionamento do estado, mas laborando para coloca-lo ao sabor das vicissitudes polÃticas do politico e seu partido de ocasião que por ventura vir assumir o poder. É o caminho mais curto para a escravidão.
A explicação se resume numa palavra: rachadinha
Há uma diferença gigantesca entre o funcionário publico e o funcionário da empresa privada. O primeiro segue regras e normas fins fazer o governo, que não tem função lucrativa, funcionar protegendo o cidadão. Já o segundo tem como função gerar lucros e deste modo fazer a empresa privada funcionar e gerar riquezas. Não se pode confundir os dois que são indispensáveis na sociedade baseada na divisão de trabalho e na propriedade privada.
Está olhando para o lugar errado. O problema não é a estabilidade do funcionário, mas a função deturpada do estado. Sua única e exclusiva função é a segurança. Pouco importa se você é contra ou a favor. E se se atribui outras funções o estado passa a se expandir e se deteriorar e todos lhe acompanha. O que está errado é a ideia do estado papai Noel e deus, que pode dar coisas de "graça" e fazer milagres. Não foi para isso que se constituiu o estado ou governo, mas apenas para fins de segurança.
Ernesto, o estado não se constitui. Ele é concebido para fins de segurança. Ele é o aparelho da força. Para fazer valer a lei e a ordem é assim ser possÃvel a vida em sociedade. Se lhe atribui outras funções seu caráter se transforma e esta se manifesta através da acao dos elementos encarregados do seu funcionamento. No final termina por não cumprir seu papel com eficiência.
Negativo. O Estado se constitui para o que o povo quer, pelo menos nas democracias.
Se querem retirar a estabilidade do servidor, então o governo vai precisar depositar o fgts e horas extras de todos os anos que o servidor trabalhou. Servidor não recebe fgts, hora extra, vale alimentação, adicional noturno, insalubridade e tantos outros direitos que todo trabalhador tem, menos o público. O governo vai ter dinheiro pra pagar?
Não vou entrar no mérito do discurso gerencialista cheio de virtudes na teoria mas que no mundo real desconsidera o conflito básico entre interesse público e privado. Mas pergunto: será que a funcionária do Santander nunca ouviu falar do descalabro da saúde do RJ com a gerência das OS? Demissões sem nenhum critério, interrupções de contrato, atraso nos pagamentos etc etc...E o caso do fiscal do Ibama que multou a sumidade governamental e só não perdeu o emprego porque tinha estabilidade?
Ana Paula Vescovi Economista-chefe do Santander Brazil, ex-secretária do Tesouro Nacional (2016-18) e ex-secretária-executiva do Ministério da Fazenda (2018). Esse é o problema, provavelmente passou esse perÃodo como funcionária pública não concursada, achando as brechas para o banco, capital improdutivo , explodir seus lucros, como vimos recentemente.
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