Vera Iaconelli > O que esperamos do amor? Voltar
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E as excelências são em geral privadas e fantasiosas: sensibilidade, ternura, compreensão, ser sexy, vencedor, charmoso, divertido, generoso, empático, etc O desastre é escolhermos uma pessoa que não nos dá aprovação, só faz crÃtica, ridiculariza, nos desmerece, nos trata como inútil ou inferior. Queremos ser essencial, necessário para o outro.
Buscamos a escolha de uma pessoa que "nos revelará o melhor em nós", que reconhecerá e admitirá nossas melhores sensibilidades e desencorajará ( o que é diferente de castigar ou criticar) nossos defeitos.Aà é o problema: quem escolhemos para nos julgar?Neste tipo de relacionamento, a tendência é nos apaixonarmos por uma pessoa que maximiza nossas "excelências".
Neste amor, uma parte importante do self [ identidade ], é confirmada privadamente pelo outro. As virtudes ou valores públicos pouco contam para este tipo de amor. Esses valores privados são confirmados na intimidade pela pessoa a quem delegamos esse incrÃvel poder sobre nossa autoestima.No amor narcÃsico ( romântico) pegamos um único e supremo juiz que, sozinho, tem o poder de notar e estimular o que nós próprios vemos como atributos mais nobres, nossas mais importantes excelências.
Se ela fala do amor romântico também erra. O amor romântico é ligado a construção da identidade. Para muitos o motivo básico do amor não é sexo, companhia ou filhos, nem mesmo a conveniência de uma relação, mas o sentido de autoestima.Nesses relacionamentos, o amor serve à autoestima, e o que faz o amor durar é a maximização da autoestima. O que leva o amor ao fracasso é a destruição da autoestima.
O grande poeta Persa, Jall-ad-D+n Muhammad Rkm+), mais conhecido no Ocidente como Rumi, escreveu: "Seu papel não é procurar o amor, mas procurar e encontrar todas as barreiras que internas que você construiu contra ele." PoderÃamos ser mais amorosos com o próximo não fora pelas barreiras, esteriótipos, mitos e inverdades que criamos sobre as pessoas que nos cercam. O maior amor de todos é o amor sem objeto, porque quando o praticamos nos tornamos o amor mais puro.
Excelente artigo. Amor é como o o conceito fÃsico de Heidelberg a respeito da velocidade e da posição do eletrón na eletrosfera. DifÃcil de entender....
Belo texto, Vera. Mas não acredito a vc escreveu: "manter o objeto amado à pulso". À pulso, minha senhora?
O tÃtulo já denota que ela nada sabe de amor. Se esperamos alguma coisa o "amor" é trampolim para alguma outra coisa. O que é essa coisa? fugir da solidão? Amor é atração sexual + forte apego + muito boa empatia cognitiva mútua. Isso é bom em si. Não é trampolim para nada mais. Mas, mostra a visão da Vera, uma visão transferencial ( romântica ) burguesa do amor, sempre correndo atrás da miragem do objeto amoroso idealizado ou do self idealizado ( grandioso ) jogado no outro.
Certamente, o amor envolve risco. O risco permanente de sua possÃvel perda. Mas ainda assim, vale muito a pena continuar levando a vida sob o risco de perdê-lo (ou se encontrar) nele. Parabéns pelo maravilhoso texto, Vera!
BelÃssimo texto, obrigado!
O amor é a mais doce e cruel de todas as maldições humanas. Sobretudo depois que acaba: "O mistério que ninguém sabe. Para onde o amor vai quando se vai? (The mystery that no one knows. Where does love go when it goes? Lera Lynn- Lately).
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