Luiz Felipe Pondé > Afinal, o Carnaval é uma festa democrática? Voltar
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Tá certo. Mas, carnaval é uma vez por ano. Ninguém faz essas coisas o tempo todo o ano inteiro a vida inteira.
Mas vcs esquecem que tudo que essa galera "do bem", "a favor de um mundo melhor", faz, tem um motivo ideológico. Inclusive o xixi. É um xixi politizado. Que se posiciona.
O Calendário oficial, os alvarás de funcionamento de ambulantes e comerciantes, os trios elétricos, blocos, escolas de samba, os fechamentos de ruas, as solicitações de horários de funcionamento, seguranças, ambulância, bombeiros e até da marinha são expedidos com base em leis votadas e aprovadas constitucionalmente. Salvo delÃrios filosóficos a parte (como neste artigo) estamos numa República Federativa e a legitimidade das leis que regem o Carnaval devem ser respeitadas e cumpridas ok ?
Não é mais democrática e sim desordem que tomou conta da sociedade a mando de patrocinadores e uma certa emissora de tv que tem poder sobre as autoridades, aonde já se viu não poder ir e vir nas avenidas e ruas da cidade.
Pela primeira vez tenho que concordar com o Pondé, e olha que eu até vou a um bloquinho ou outro. Quem não gosta de carnaval ultimamente vive um verdadeiro inferno em SP. Imagino em Salvador, quem mora nas redondezas do circuito Barra Ondina. Se tiver uma emergência médica já era. Essencialmente se tornou um evento pra venda de bebida alcoólica, totalmente capitalizado. Precisa urgentemente ser repensado, reorganizado.
Prepare-se, vem aà a semana santa, com mais blocos, bloquinhos etc e tal e coisa e loisa. Haja saco!
Não poderÃamos esperar, de qualquer outro escritor da FSP, um texto mais democrático que este sobre o carnaval. Tudo o que li dos outros escritores deste jornal que assino (com gosto!), endeusa o carnaval e ponto final. Neste testo brilhante, temos uma análise muito mais ampla que cultura, dinheiro, eleições, militâncias, etc. Neste texto a análise é democrática. No que me diz respeito, o carnaval de rua em SP é uma violência praticada contra os cidadãos que pagam IPTU.
A única ideia que me liga a Pondé é uma ojeriza fastidiosa ao termo brega-chique 'empoderar'. Assim mesmo, desconfio que há uma divergência de peso nas duas reações de repulsa: como 'poder' é uma relação, percebo sempre o proferimento da palavra como algo arbitrário (e inexplicável) "contra mim"...Será que a noia poupa o controvertido filósofo?
O nome dessa coluna devia ser "Ranço pela esquerda: pretextos diversos". Pessoa mais ressentida do paÃs, esse cara.
Que coluninha chinfrim! Parece muito que o Pondé é um cara que tem um ressentimento danado daqueles que se divertem. Quem lembra da coluna "Por uma Direita festiva"? Agora, é isso. Para de ser rabugento, deixa a garotada brincar.
O texto de Pondé me fez pensar em outro equÃvoco corriqueiro: a identificação entre os conceitos de popular e democrático. Há exemplo mais eloquente do que a eleição de demagogos com aspirações autoritárias para o cargo de chefe do Executivo? Populares sim, mas democráticos...? Porque justamente a democracia pressupõe o controle dos poderes/vontades por atores externos e independentes, e não a soberania absoluta da vontade popular em detrimento das vontades impopulares.
A raiz do carnaval é popular assim como é a do futebol. O capitalismo, porém, capturou ambos, que portanto servem a um novo senhor. A questão suscitada por Pondé é pertinente: se antes havia um espaço reservado a que a festa acontecesse, agora a festa invade toda ruela, já que se atomizaram os grêmios carnavalescos (os tais bloquinhos, a meu ver ridÃculos). Se fosse democrático, o carnaval teria instituições para freá-lo em prol daqueles que não querem dele participar (a minoria).
Pondé é o exemplo escancarado do esnobe que tem nojo de quem certos moradores de Higienópolis chamaram de " gente diferenciada" ,quando se insurgiram contra a implantação de estações de metrô no bairro.Repudia toda e qualquer manifestação cultural popular que,para ele, é caso de polÃcia. Gostaria de lembrá-lo que não faz muito tempo sambista era tratado como criminoso...
Falou o legÃtimo representante do povo, que a partir da tela de seu celular derrama sobre nós o seu amor aos pobres.
Se o Pondé não estivesse tão obcecado por ganhar mais espaço mercadológico entre os conservadores pois o espaço na esquerda já está ocupado por Karnal e Cortella, certamente usaria melhor a matemática do que a gramática.
o problema não é o carnaval mas a infra estrutura para realiza lo, enquanto as autoridades não resolvem isto, pode se mudar para uma cidade no interior, estas onde os velhos podem ficar em paz. O bom é que vai encontrar um monte de gente que ve mundo da mesma forma. Pode filosofar como estivesse a 60 anos atrás o carnaval era em grandes clubes com a elite se divertindo e o povão só tinha uma avenida para brincar.
Não tardarão os mimimis de quem é incapaz de interpretar um texto de 1/4 de página, na linha -“Ain, Pondé não gosta de povo, por isso não gosta de Carnaval”- A verdade, porém, é que Pondé está certo. E vamos além: o Carnaval se tornou uma festa oficiosa, um instrumento de propaganda polÃtica subliminar de governantes que posam de “sponsors” ou mecenas da “arte popular”. A maioria se gaba com discursos megalomanÃacos, jactando-se de promover “o maior Carnaval de rua do Brasil” etc.
TÃpico artigo de Pondé. Começa na Grécia antiga, cita o filosofo (sic) Kant para impressionar os incautos, mas fala um monte de asneiras. Primeiro, se democracia fosse só equilÃbrio e contenção entre as instituições, qualquer regime aristocrático com instituições fortes poderia se chamar democracia. O Irã seria exemplo de democracia! Segundo, o fato de nascer em uma cidade e de morar muitos anos em outra obviamente não torna ninguém especialista no carnaval do nordeste. Segue...
Os cultos massivos, em geral religiosos, tem lá sempre esse aspecto invasivo. Isso inclui as marchas para jesus, as festas de padroeiros, o barulho das seitas, as paradas gays e tudo mais. O carnaval espicha a coisa né. Mas muitos pessoas parecem que descobrem seu pertencimento justamente em meio a essa massas. Aquilo é a glória deles e movimenta a economia também. O lixo é só mais um subproduto.
Quem presenciou o carnaval de rua do Rio deste ano não pode deixar de dar razão ao Pondé.
É um artigo mas pode chamar de aberração. Se o colunista não é capaz de ver o estado colocando ordem na bagunça do carnaval é difÃcil pensar em poderes...
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