Djamila Ribeiro > Um acinte à memória de Marielle Voltar
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Excelente texto. E se na época Padilha não foi chamado de fascista, foi porque nós todos erramos em não perceber que Padilha é o que é: um fascista medÃocre, tal como seus heróis Moro e Capitão Nascimento.
Eu lembro que o filme foi chamado de fascista, sim (eu discuti com tudo mundo sobre o assunto). Mas a crÃtica e muitos bem pensantes entraram no oba oba, seduzidos pelo grande sucesso e popularidade. Mas eu não acho o Padilha fascista, acho ele muito inteligente, narcisista e, especialmente, um grande oportunista.
Meu Deus!! Quanta bobagem
Excelente artigo. Djamila poe as coisas em seu lugar. Assim como Padilha em seu artigo, Griffith tentou se justificar das acusações de racis mo com seu filme seguinte: "Intolerância"
Primeiramente, eu como negro, tenho "lugar de fala"para comentar num texto da Djamila, então eu pergunto: É sério que vc escreveu esse panfletinho a� O que vc quer, uma hagiografia da Marielle Franco? Então pq os ofendidos não fazem uma vaquinha ou mesmo tentam a Lei Rouanet (direito vosso) e fazem o filme que vcs querem ver sobre ela? E deixem o José Padilha, ou quem quer que seja, trabalhar em paz?
Todos têm razão e ninguém tem razão. As pessoas criam coisas boas e coisas nem tão boas, mesmo tendo a melhor das intenções. Somos todos formados e informados por nossa história, sejamos brancos, negros, pobres, ricos... O que falta entre as pessoas é compreensão e entendimento de que nem tudo que acaba ferindo foi concebido para ferir. Essa história de brancos de um lado e negros de outro me entristece e aborrece.
Um texto muito simplista, inflamado por um discurso com um claro teor ideológico que visa criar mais tensão racial.
Porque os filmes e séries do Padilha são isentos e não tem ideologia (explÃcita ou não), certo?
Matéria no The Washington Post:“O ponto mais importante quanto a tudo que temos aqui é que as autoridades judiciais brancas jamais, ao longo de todo esse tempo —décadas—, demonstraram interesse sério por investigar, acompanhar e resolver o caso do homicÃdio de Malcolm X”, disse David Garrow, historiador dos direitos civis, no documentário. “Para Abdur Rahman Muhammad, essa foi uma cruzada muito solitária.”
Qualquer semelhança com o caso Marielle é mera coincidência...
Que aula, Dijanira... muito obrigado
Demagogia pura, toda vez que se fala da Maielle esquecemos dos milhares de inocentes cujas vidas são tiradas diariamente. Ah, tenho reservas sobre o histórico dessa moça.
Sua mensagem é um poço sem fundo de ambiguidades, contradições e bandeiras racistas levantadas de forma quase histérica, é uma mensagem, digamos, exemplar: parabéns pelo poder de sÃntese (de si e de uma visão deturpada do mundo). Sinceramente, achei incrÃvel, no sentido literal.
Nessa frase: ...Malcolm X foi assassinado por negros negando o papel do ódio racial criado pela supremacia branca, - reside todo o enigma da história negros x brancos? Ou, a supremacia branca criou o ódio que negros sentem pelos negros? Nunca houve ódio na Ãfrica pré-colonial? O ódio racial foi criado pela supremacia branca? Preciso reler o que li, ou uma nova história da humanidade. A diáspora começou onde e por quem? Tantas perguntas. Más é o ódio é que nos une, paradoxalmente.
Uau! Texto muito lúcido. Acendeu uns alertas na minha cabeça. Parabéns.
Se a ambição de suce$so tinha como receita os filmes policiais norte-americanos,Tropa de elite 1 e 2 já surtiram o efeito desejado, e suas graves consequências socioculturais. Se o cineasta tinha preocupação com algum tipo de 'linchamento moral', deveria ter percebido isso antes de gravar 'O mecanismo', pois o enlatado teve alto grau desse tipo de perseguição, que o dito-cujo agora se diz vÃtima.Basta saber o que ocorreu com os familiares de Lula; e acontece até hoje. Solidariedade recÃproca.
Djamila, com toda sua autoridade intelectual, moral e social. Perfeito e belo texto.
Análise interessantÃssima! Não tinha observado algumas mensagens ocultas que os tais filmes passavam! E confirmada a análise que Djamila fez quando lemos os comentários aqui! Obrigada pela análise e eu vou ficar mais atenta a alguns discursos que aceito como sendo o correto. Desconstruindo e reconstruindo a cada dia é que vamos conseguir mudar as coisas!!!!
Coitada da simplista Djamila, querendo que os filmes voltem a ser de puros moços contra puros bandidos, mas desta vez numa versão identitária em que o moço é preto. Não sabe ver filme complexo, não sabe entender que um filme com personagem elaborado que narra a própria história não tem que acabar com final feliz justiceiro. Você não tem dinheiro, Djamila? Você não é livre? Invista numa produção negra da história de Marielle em vez de apontar o dedo tirano de seu sofá pretensamente filosófico.
A autora do texto instiga e me faz rever as produções cinematográficas Tropa de Elite. A mim, interpretei como uma grande denúncia de nossas instituições, de parte da mÃdia e a luta de algumas personagens indignadas com essa situação (Diogo Fraga como Marcelo Freixo). Talvez mude a minha opinião, mas vejo também um grande ressentimento por ele ter feito crÃticas sérias aoPT. Por último, mas não menos importante: Djamila, os filmes “correram” pelo mundo, por exemplo nas salas estadunidenses.
A sua analogia com o Nascimento de uma Nação foi arrasadora, Djamila! A sua análise arguta sobre as mensagens subliminares e desdobramentos sociológicos do Tropa de Elite certamente transformaram a minha perspectiva a respeito desse filme, e consequentemente, sobre o seu criador. Gratidão!
Ele é neto do grande José Bastos Padilha, maior presidente da história centenária do Clube de Regatas do Flamengo e responsável pela nacionalização do CRF pelo Brasil e pela aceitação do clube com a identificação das classes populares brasileiras. Portanto, tem crédito pra fazer o que bem entender. O Flamengo é maior que tudo e todos. Saudações Rubro-Negras.
Por esse comentário tosco, eu duvido sinceramente que tenha lido o texto, e, se o leu, que o tenha entendido...
Padilha, por favor: PEDE PRA SAIR #padilhapedeprasair
Outra razão para não concordar inteiramente com sua opinião é que, se a própria Marielle mantinha uma relação de cooperação com o Padilha é porque ela respeitava seu trabalho como cineasta e ninguém pode agora, depois de sua morte, vir demonstrar uma resistência em nome dela como se fosse investido do dom da mediunidade. Querem fazer um filme para retrata-la, somente com profissionais negros, façam-no. A liberdade de expressão ainda não foi cassada.
Entendo seus argumentos e respeito, mas não concordo integralmente com eles. Padilha tornou-se conhecido por tropa de elite - verdade seja dita - romantizando a violência policial contra negros e favelados, mas o fato de ele ter produzido O mecanismo - coerente com aquilo que ele acreditava- não deve ser empecilho pra ele dirigir o filme sobre Marielle. Não podemos condenar opiniões diferentes da nossa, pois essa é essência da democracia.
Djamila, sou Defensora Publica no Rio de Janeiro. Em 2007 trabalhava na execução penal,dentro de Bangu II. Lidava diariamente com a miséria das pessoas que cometiam crimes e iam presas e das pessoas que não cometiam, mas cumpriam pena. Tomei horror deste Padilha pq Não conseguia entender como alguém pode usar tanto dinheiro para glorificar a tortura. Agora estou arrasada com essa notÃcia. Estão vilipendiando a honra de Marielle com este infeliz dirigindo. Vergonha de ser branco!
Outro que ''usou tanto dinheiro para glorificar a tortura'' foi Tarantino. Quer linchá-lo também? Sua vergonha de ser branca no século XXI só por causa dessa questãozinha de branco dirigindo filme sobre preto só mostra o simplismo da sua análise de mundo. Lamentável.
Lembrando ainda que a revista Veja, principal disseminadora do fascismo à época, publicou reportagem de capa chamando o capitão nascimento de “o primeiro super herói brasileiro”.
E a tal liberdade da arte? Se Jesus gay pode , se Joana D'Arc negra pode, por quê não Marielle oriental? O fascismo identitário só respeita a democracia que ele próprio impõe.
Que contorcionismo lógico.
Parabéns Djamila! Texto impecável! #Padilhanão! Marielle presente, não merece esse mecanismo dele!
O termo "linchamento" não se originou com William Lynch, proprietário de escravos, mas com Charles Lynch, fazendeiro e polÃtico norte-americano que atuou como juiz de um tribunal irregular que executou muitos "lealistas" por ocasião de uma insurreição favorável à metrópole britânica, durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Veja o verbete sobre Charles Lynch na wikipedia em inglês.
Padilha é o maior diretor de cinema do Brasil em todos os tempos e provou isto com Tropa de Elite e Tropa de Elite 2. Exigir um diretor negro para fazer um filme sobre Mariele Franco é uma mistura de racismo com estupidez. Por essa lógica, O Último Imperador deveria ter sido dirigindo por um chinês e não por Bertolucci. Um filme sobre Touro Sentado teria de ser dirigido por um Ãndio. E Marielle nem era negra e sim mulata clara, mais branca do que negra.
só acha Padilha melhor diretor do Brasil quem nunca viu um filme de Karim Ainouz, Kleber Mendonça Filho, Anna Muylaert....tanta bobagem escrita em tão poucas linhas.
Moço, leia de novo o texto a Djamila. O racismo estrutural que o senhor precisa desconstruir urgente parece que lhe impediu de entender o que ela escreveu. Leia de novo. Lei mais uma vez
Há há há! Não existe "mulata clara", nem escura, ou é negra ou não, Marielle era negra, expressões como"mulata" é racismo
Acredito que ela esteja se referindo ao discurso, a narrativa construÃda pelo cineasta e não a sua cor.
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