Ilustrada > Resposta de José Padilha a críticas só reforça o pacto do racismo Voltar

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  1. Marcus Vinícius Xavier de Oliveira

    Foucault deu as caras: tríade norma, poder e verdade; pacto narcísico de branquitude; oposição absoluta de caráter racial; defesa de um espaço estético e de fala destituído de diálogo, mas mero monólogo. Salvo melhor juízo, o proposto, na linha de fuga, é um espaço infenso ao diálogo, pois valem mais palavras de ordem - suspensão da razão - e a defesa de uma narrativa exclusiva, por isso lugar da fala. Seria um "pacto narcísico de negritude"? No mais, dane-se o Padilha e sua estética de game...

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  2. Raimundo Carvalho

    A escolha desse ou daquele diretor para realizar uma produção cinematográfica sobre Marielle Franco, queira ou não a Elite intelectual negra, passa pela questão do prestígio social e artístico do escolhido, para alavancar patrocínio. Querem fazer um filme mambembe que vai ser visto por meia dúzia em Berlin? Façam. Porém, deixem José Padilha fazer o seu filmão em paz. Depois critiquem-no, com inteligência, e apontem suas falhas ideológicas. Fazer isso antes, é perseguição pessoal, é fascismo.

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  3. José Oliveira

    Só para constar, sou branco, minha mulher é branca, mas os meus filhos têm muito mais de africanos que de europeus. E parafraseando um branco, Gunnar Myrdal, o dilema do negro brasileiro, ainda está longe de ser resolvido, talvez o ódio ajude, mas não tem ajudado, exceto com sangue de brancos e de negros e tudo vermelho. E ainda bem que o diretor do filme - invisível - Marighella, negro também assassinado brutalmente, Wagner Moura é negro. Assim sem polêmicas com a secundariedade negra.

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  4. José Oliveira

    eu pensava que a patrulha ou censura em qualquer manifestação artística era coisa desse e de outros governos. ledo engano.

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  5. Ivoney Melo

    Excelente artigo!

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    1. Wagner Sanz

      Seu julgamento é tão sagaz quanto o artigo...

  6. NELSON PRADO ROCCHI

    Mariele era branca e negra, tinha DNA de branco e de negro. Não sei se se sentia branca, negra, mulata ou só ser humano, isto é, uma Mulher sapiens. Outra coisa: Chico Alencar disse que político seja branco ou negro só pode subir no morreo para fazer política se tiver concordância e autorização dos chefes do morro. Mariele fazia política livremente em diversos morros. Então tinha aliança com chefes do morro. Pode ter desagradado alguns chefes. Traição na lei dos morros é punida com morte.

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    1. NELSON PRADO ROCCHI

      Araujo, responda às questões horríveis: 1 - Marielle fazia política diretamente em diversos morros dominados por facções? 2 - Nenhum político seja branco ou negro ou híbrido pode fazer política diretamente em morros dominados por facções sem autorização clara dos chefes das facções? 3 - Então como Marielle podia fazer política nesses locais com plena liberdade de fala e de movimentos? 4 - Qual a punição das facções por quebra de acordo ( traição )?

    2. MARCOS ANTONIO ROCHA ARAUJO

      Que comentário horrível. Mais um pouco e vc iria insinuar que o miliciano Adriano se relacionava com a Mariele quando todos sabem que ele era capacho dos bolsonaros

  7. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    Racializar é ótimo, para quem deseja manter privilégios de classe, seja branco negro ou amarelo, a classe trabalhadora fragmentada vê seus direitos sendo solapados em benefício dos donos do capital, de todas as cores e gêneros. Está funcionando o patrocínio que as grandes fundações burguesas dos EUA bancaram para disseminar a racialização e o ódio racial no Brasil.

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  8. Paulo César de Oliveira

    Jose Padilha é o maior diretor de cinema brasileiro de todos os tempos e provou isso com Tropa de Elite e Tropa de Elite 2. Impedi-lo de dirigir um filme sobre Marielle Franco apenas por ser branco é uma mistura de estupidez e racismo. Por esse raciocínio, o film "O Último Imperador" teria de ser dirigido por um chines e não por Bertolucci e um filme sobre Touro Sentado teria de ser dirigido por um índio. A propósito, Marielle não era negra e sim mulata clara, mais branca do que negra.

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    1. Paulo César de Oliveira

      Se uma parcela do negros não está contente com isso, que se junte e façam outro filme, dessa vez só com negros. Estamos num país livre.

  9. MALCOM RODRIGUES

    Texto irretocável. Nós, brancos, antes de mais nada, devemos reconhecer nosso privilégio e nossa dívida. Bobagem? Venha morar na Bahia, que ela te ensina :)

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