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  1. Ayer Campos

    É simpático o comentário, mas temo que estejamos envenenados contra essas gentilezas. E desconfio que a causa seja a banalização total de certos cumprimentos (enunciados "fáticos") pelos meios de comunicação de massas. Seja na forma de 'videologias' ou pela profusão oral, os "mídia" nos bombardeiam dia e noite com nauseantes 'bom dia/tarde/noite' e 'obrigado(a) pela informação' que são tudo, menos cortesia e gentileza. Viraram 'marcadores técnicos' que enchem o saco do ouvinte/espectador.

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    1. Marcos Benassi

      Olá, Ayer, que prazer reencontrá-lo! Cara, me parece que a moça do caixa matou a charada: nas relações de atendimento, assimétricas, ela não existe como pessoa, é 'desumanizada'. Daí que muitas dessas portas iniciais de relações entre humanos protocolizem-se como você tão bem nomeou, como 'marcadores técnicos', de profundidade zero. Deve haver uma meia-dúzia de casos em que a madame nem olha para a serviçal por vergonha do tamanho da disparidade - o resto é walkingdead enfeitado.

    2. Sandro Schiavo

      Que o cumprimento e agradecimento sejam realmente verdadeiros, autênticos, sem exageros. No jornalismo da TV a profusão de verborragia absolutamente sem significado também me incomoda. Parece que estão enchendo linguiça, ocupando espaço, em lugar de transmitir conteúdo.

    3. Ayer Campos

      Não estamos longe de nos depararmos com uma locução do tipo: "Vamos ao repórter Fulano, que vai nos contar sobre o aumento de mortes de crianças vítimas da doença; bom dia, Fulano!" É muito cedo ainda, mas com o tempo vamos ter mais noção do quanto essas oralidades e encenações 'técnicas' solapam nossos sentimentos mais intuitivos de expressão de cortesia e aproximação ao outro menos significativo.