-
Ayer Campos
É simpático o comentário, mas temo que estejamos envenenados contra essas gentilezas. E desconfio que a causa seja a banalização total de certos cumprimentos (enunciados "fáticos") pelos meios de comunicação de massas. Seja na forma de 'videologias' ou pela profusão oral, os "mídia" nos bombardeiam dia e noite com nauseantes 'bom dia/tarde/noite' e 'obrigado(a) pela informação' que são tudo, menos cortesia e gentileza. Viraram 'marcadores técnicos' que enchem o saco do ouvinte/espectador.
-
Marcos Benassi
Olá, Ayer, que prazer reencontrá-lo! Cara, me parece que a moça do caixa matou a charada: nas relações de atendimento, assimétricas, ela não existe como pessoa, é 'desumanizada'. Daí que muitas dessas portas iniciais de relações entre humanos protocolizem-se como você tão bem nomeou, como 'marcadores técnicos', de profundidade zero. Deve haver uma meia-dúzia de casos em que a madame nem olha para a serviçal por vergonha do tamanho da disparidade - o resto é walkingdead enfeitado.
-
Sandro Schiavo
Que o cumprimento e agradecimento sejam realmente verdadeiros, autênticos, sem exageros. No jornalismo da TV a profusão de verborragia absolutamente sem significado também me incomoda. Parece que estão enchendo linguiça, ocupando espaço, em lugar de transmitir conteúdo.
-
Ayer Campos
Não estamos longe de nos depararmos com uma locução do tipo: "Vamos ao repórter Fulano, que vai nos contar sobre o aumento de mortes de crianças vítimas da doença; bom dia, Fulano!" É muito cedo ainda, mas com o tempo vamos ter mais noção do quanto essas oralidades e encenações 'técnicas' solapam nossos sentimentos mais intuitivos de expressão de cortesia e aproximação ao outro menos significativo.
-
* Apenas para assinantes
comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.