Djamila Ribeiro > Doméstica idosa que morreu no Rio cuidava da patroa contagiada pelo coronavírus Voltar
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Parabéns a colunista sempre lúcida e humana nos textos e observações da vida não visÃvel da sociedade.
Imagino que não pode mencionar o nome da falecida.Achei absurdo a patroa: contaminada e não alertar. Doméstica: minha defunta mãe, então viva, foi doméstica(casa da Dona Ida, pouco tempo),Cornélio Procópio, 1964 /1965.E levava para casa, bife à milanesa enorme, bem enorme. Repartia entre os seis filhos.Dava uma tuta-e-meia para cada e era delicioso.Ah,ruim,na Quaresma não como carne!Minhas irmãs, mais velhas também foram domésticas, no inÃcio dos anos 1960.
Entendo perfeitamente o desconforto com a abordagem preconceituosa da notÃcia. É muito mais fácil adquirirmos imunidade de CoronavÃrus, do que criarmos imunidade para trezentos anos de escravidão. Esta terra de espalhafatos está precisando saber que os costumes vindos da casa grande ainda estão encrustados em nossa mente. Obrigado por proporcionarmos uma grande oportunidade para reflexão e conscientização.
Falha do jornalismo investigativo. É só comparecer ao hospital.
Reflexivo, crÃtico, fecundo: parabéns, Djamila!
Li emocionado esse texto. Esperamos justiça e creio que ela chegará.
Que texto maravilhoso e importante.
Excelente texto. Só um porém: deve-se preservar a identidade da pessoa assim como dos seus familiares. Talvez não seja do conhecimento da autora, mas os “recuperados” do novo corona narram preconceitos e discriminação. E esse drama não está acontecendo somente no Brasil.
Para chamar de "livre associação de ideias" era preciso, ao menos, que ideias, não um juntado caótico de lugares-comuns, houvesse no texto.
Pelo que entendemos aqui em Miguel Pereira, a famÃlia teria pedido para não dizer o nome para proteger a famÃlia de acusações. As pessoas na cidade por vezes não leem as notÃcias por completo, e não entendem que ela não disseminou com intenção. Que o problema estava na patroa que não considerou que se tivesse contaminada iria transmitir para uma senhora.
História muito triste a dessa senhora. E ganha um tom ainda pior por sequer ter direito a ter nome, mas apenas ser chamada de doméstica. A empregadora deve, sim, ser responsabilizada por essa morte. Djamila mais uma vez nos fazendo refletir sobre a terrÃvel herança escravocrata que temos e que ainda molda os comportamentos em nossa sociedade.
Perfeito (2)! Palmas, palmas e mais palmas.
Perfeito!!
Estranho que a pessoa tenha testado positivo e as autoridades médicas não tenham feito nenhum controle e recomendação para o isolamento.
Mas, independentemente de ter ou não o resultado, ela testou porque sabia que era suspeita. E conhecia a idade e saúde de sua funcionária (considerando que fosse responsável até então). Conclui-se que assumiu a responsabilidade sobre a outra vida.
o resultado do exame da patroa somente veio quando a senhora já havia sido internada em Miguel Pereira, e pelo que saiu no G1, a patroa assim que teve o resultado ligou para a famÃlia da senhora e esta avisou aos médicos.
Djamilla, você é uma luz na escuridão. Ótimo texto, como sempre! Eu arrisco dizer que a patroa pode - e deve - ser responsabilizada. O artigo 268 do Código Penal prevê pena de detenção de 1 mês a 1 ano, mais multa, para quem infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Foi o que essa mulher fez ao expor a senhora que faleceu. Essa interpretação está inclusive de acordo com a nova Portaria Interministerial 5/2020.
Djamila, parabéns por não deixar essas pessoas "sem nome" tão sozinhas. Estou aqui emocionado ao ler esse texto.
Dá um nó na garganta esse texto. Minha mãe era branca, mas também foi doméstica boa parte da vida, assim como minhas irmãs, em Piracicaba, terra da sua mãe. Muito triste alguém referir-se a um ser humano como coisa.
É impossÃvel ler e não me emocionar. Hoje mesmo li um post que questionava: quantas pessoas negras ao seu redor estão de quarentena? E é isso. É circular pelas ruas e ver que os mortos por essa pandemia também terão cor nesse paÃs. Obrigada, Djamila.
Muito bom! Descreve bem importantes aspectos da nossa sociedade.
Obrigada pelo texto. Torço para que ele não desperte apenas a empatia pela senhora que faleceu, mas que também nos leve a uma reflexão sobre como agir neste momento com aqueles que empregamos e que são mais vulneráveis que nós.
Excelente artigo, muita gente se refere aos empregados domésticos como objetos adquiridos, imaginem, oferecer emprestar a empregada!!! Pensam que estão oferecendo um aspirador, uma maquina de costurar, etc.
Excelente texto!!!!
Parabéns pelo artigo! Essas serão, infelizmente, histórias de muitos brasileiros nessa pandemia, tratados como cidadãos de terceira classe, que existem para servir e não podem "fazer home office"...
Texto forte e verdadeiro, minha solidariedade a essa famÃlia dessa trabalhadora doméstica...sem nome, sem o respeito que merecia.
Uma patroa que, com toda certeza, ajudou a eleger o boçal desprezÃvel que ocupa a presidência.
Ótima abordagem!
Excelente! Também tenho pensado muito na Senhora que morreu, trabalhando.
A articulista se coloca como polÃcia, advogada, promotora, juiz, economista, socióloga e antropóloga, dentre outras. Sabe tudo, diagnostica tudo e tem solução para tudo. Benza Deus!
Técnica olavista: poderia-se apreciar os dados apresentados, em vez disso parte-se para o ataque pessoal. Podemos corrigir isso, tentando concluir a partir da análise factual. Então pense em responder isso: É ou não é responsabilidade do empregador zelar pela segurança do funcionário quando em trabalho?
Técnica olavista: em vez de apreciar os fatos apresentados, parte-se diretamente ao ataque à pessoa. Em vez disso, poderÃamos tentar tirar as conclusões a partir da análise factual: é ou não é função do empregador zelar pela segurança de seu funcionário quando em trabalho?
É ainda presume que a pessoa adquire uma doença por que quer e por maldade a transmite a outros...coisa ruim cheia de boa vontade...imagina se fosse o contrário. Eu estou solidário com a que infelizmente faleceu e espero que a outra se recuper e não vá ser presa como bem deseja alguns...
Alguém tem que diagnosticar e oferecer soluções neste paÃs, já que deste (des)governo só podemos esperar perversidade
Bravo!!
Ótimo texto!
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