Acho que já começamos a ver os economistas liberais mudarem o discurso. Acho que a epidemia vai adoecer também o liberalismo.

Dou gargalhadas quando leio que os anarcocapitalistas conseguiriam superar a ausência total do estado. Aí está a prova do contrário. Belo artigo.

Nem a extrema direita, esquerda ou centro. O Estado participativo deve sempre estar presente, a 'dose' é baseada no resgate dos marginalizados; da educação, saúde, oportunidades... antes da meritocracia deve prevalecer a igualdade de oportunidade. Infelizmente o Brasil é o exemplo do que um país não deve fazer . Na atualidade liderado por uma família de milicianos...

Nem a extrema direita, esquerda ou centro. O Estado participativo deve sempre estar presente, a 'dose' é baseada no resgate dos marginalizados; da educação, saúde, oportunidades... antes da meritocracia deve prevalecer a igualdade de oportunidade. Infelizmente o Brasil é o exemplo do que um país não deve fazer . Na atualidade liderado por uma família de milicianos...

O melhor das notícias de hoje é a entrevista do Sociólogo italiano Domenico Di Masi, diretamente de Roma. Leiam na Folha.

No Brasil foi feita uma campanha feroz de mídia contra os partidos sociais ( esquerda e centro esquerda) de modo a implantar o neoliberalismo selvagem que reduziu direitos trabalhistas/previdenciários, deixando praticamente impossível a aposentadoria, relegando velhos e doentes à miséria, morte e exclusão social. Agora que a pandemia está batendo nas portas da classe média/alta, esses economistas de ocasião vem rogar pela intervenção do Estado na economia. Todavia, o estrago já foi feito.

Espero que o autor esteja atento ao fato de que a anarquia já se instalou com pleno sucesso no mundo cibernético e agora avança a passos largo no mundo real. Basta entrar em qualquer rede social e constatar que nelas não existe diálogo, e muito menos ainda debates dignos de atenção. Esta ''balbúrdia anárquica'' transformará o mundo real numa ''anarquia distópica'', onde ainda existirá alguma forma de governo que legitimará a repressão e os planos anaquistas. Parece-me que Mises venceu, meu caro.

”Ao economista não cabe dizer o que fazer, apenas apontar as consequências de cada escolha, com base nos dados disponíveis”. Diz o economista que defendeu como única alternativa possível para previdência uma reforma que criará um estado de calamidade digno de coronavírus. Deve ser diminuindo a previdência de um pobre de 2 mil para mil reais que nós vamos prover igualdade de oportunidades. Marcos Lisboa e os liberais defendem o estado de calamidade até a calamidade bater na deles

Por trás do singelo texto vive uma afirmação subliminar: A função do capitalista é ganhar dinheiro. A função do Estado é cuidar para as engrenagens funcionarem, ou seja: o capitalista não tem nenhuma obrigação com essa desgraceira toda. Não comenta que verbas federais para a Saúde foram cortadas para pagar juros exorbitantes desde FHC. Pelo que o 'liberal' falou sobre 'complementares', fica mais ou menos assim: "eu, empreendedor bonzinho, fico com o bônus; você, governo malvado, fica com o ônus.

Quando a sociedade é desenvolvida seu Estado (e até empresas estatais) funciona bem. Nos subdesenvolvidos tende a ser um enxame de corporações lutando por sua parte do botim.

A tese dos liberais é sempre a mesma. O capitalismo é bonzinho, não vai matar ninguém. Só traz o bem. Estamos vendo agora a grande ajuda na crise que estamos passando... no máximo, um alquinho gel...

A sociedade em equilíbrio depende, da igualdade desde o nascimento nas necessidades básicas, isso se consegue com metanoia levando as pessoas, que são na realidade o que os economistas teimam em dizer mercado, a pensar no coletivo de forma solidaria, a entender que a igualdade deve ser uma meta e a equidade deve ser conseguida com a participação de todos e regras muito claras que façam parte de valores e princípios.