Demétrio Magnoli > Pandemia leva a guerra estúpida entre 'arautos da vida' e 'campeões da economia' Voltar
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O texto mais sensato que eu encontrei sobre a atual crise. É nesta hora em que o corporativismo arreganha e mostra os seus dentes, vindo de todos os lados, da esquerda e da direita, dos empresários colbertistas e da nata do funcionalismo público. Ninguém quer abrir mão dos seus privilégios para ajudar no combate à moléstia e ainda querem mais mordomias, vide o famigerado "auxÃlio-covid" dado aos sacri_pantas dos procuradores do Ministério "Público" de Mato Grosso.
O texto mais sensato que eu encontrei sobre a atual crise. É nesta hora em que o corporativismo arreganha e mostra os seus dentes, vindo de todos os lados, da esquerda e da direita, dos empresários colbertistas e da nata do funcionalismo público. Ninguém quer abrir mão dos seus privilégios para ajudar no combate à moléstia e ainda querem mais mordomias, vide o famigerado "auxÃlio-covid" dado aos sacripantas dos procuradores do Ministério "Público" de Mato Grosso.
O governo (via Banco Central) "inventa" dinheiro, sim, Deméter. O que não quer dizer que possa fazê-lo de forma ilimitada. Veja, a respeito, os trabalhos recentes de Lara Resende (para ficar em um economista brasileiro e de credenciais acadêmicas indiscutÃveis). Um imposto sobre grandes fortunas pode ser interessante para reduzir a desigualdade, mas não é necessário para financiar polÃticas mais agressivas de combate à crise atual.
Não há conexão óbvia e necessária entre emissão de dinheiro e inflação. As teorias que defendiam isso caÃram em descrédito entre economistas ortodoxos e heterodoxos.
O governo inventa dinheiro, mas o povo pagará com inflação. O governo poderia aproveitar os juros baixos e emitir dÃvida pública ou usar as reservas internacionais. Um imposto sobre grandes fortunas poderia aliviar temporariamente a situação de caixa.
O bolsonaro fica acreditando no astrólogo...Quem quer sair está equivocado porque existem inúmeros exemplos da letalidade do vÃrus.A economia se recuperará em um ou dois anos, uma vida perdida jamais.
Infelizmente, falar em taxar grandes fortunas ou diminuir super-salários do judiciário (por exemplo) atinge a camada mais alta da nossa sociedade que jamais abre mão do que tem nem com o paÃs na beira do precipÃcio e um presidente que só aumenta o buraco. O corte na carne dos milionários tinha de ter sido anunciado logo de cara. Vejamos como esses ricos brasileiros vão reagir quando a queda no precipÃcio começar de fato para todos. Surpreende é gente da classe média reclamando...
O nobre comentarista tenta fingir que está sobre uma corda bamba (pessedebista?), mas seu discurso mostra claramente que tem lado. Opióide, meu amigo, como resultado da crise? Quem pode pensar nisso, senão um pequeno burguês da classe média? Jamais me passaria me cabeça. No final de tudo, sua preocupação é o deficit público, seus rendimentos na bolsa, o crédito do Brasil nas agências de rating. Não adianta fingir que está preocupado com os pobres. Seja honesto. Fica mais bonito.
Demétrio falou em guerra entre duas opções e acrescentou mais estupidez ao debate. Vou ficar com ArmÃnio .
Esta concorrência entre a vida e a economia e non sense. A priorizacao pela vida não significa a destruição de infra estruturas, plantas industriais, sistemas de dados ou fechar o campo. Um lapso que precisa ser vencido. Estados e mais ricos precisam colaborar e em 3 a 4 meses volta bem melhor com atividades aceleradas. Mas mudanças na forma de gerir a economia, produzir e distribuir riquezas ocorrerão para o bem de todos.
ME's fechadas ou vendendo 10% a 20% daquilo que vendiam antes, com custos maiores (ex.: delivery gratuito) já geram uma massa de empobrecidos devedores donos de ME's. Em poucos dias a falta de alimentos na mesa dos mais pobres poderá gerar crise social catastrófica de proporções desconhecidas. A visão do próprio umbigo: funcionários públicos e jornalistas do isolamento continuado - com ganhos fixos mensais a 10% do que hoje recebem, juntando-se a nós, ainda defenderiam o lockdown ?
O amigo com certeza não tem essa preocupação, fala bonito, tem instrução, vai poder trabalhar home office, ou nem trabalhar, está querendo é que os outros vão lá fora morrer para sua vidinha continuar boa. Lamentável. Seu discurso (e dos que defendem a prioridade da economia) não enganam ninguém, só os que querem ser enganados.
Qual a parte de "taxar as grandes fortunas e bancos" e "assegurar o funcionamento de pequenas e microempresas" você não entendeu?
Uma opinião extremamente sensata! Pôr o andar de cima pra pagar alguma conta nessa vida!
Desde a famigerada reforma trabalhista e previdenciária somente os pobres fazem sacrifÃcios e pagam as contas. O desemprego e a pobreza no Brasil não emergiu agora com o CoronavÃrus. Desde o governo Temer a pobreza e o desemprego aumentam aceleradamente no paÃs.
1% da População Global Detém mesma Riqueza dos 99% Restantes, diz estudo! Anthony Reuben, Da BBC News!***Óbvio quem Deve Pagar a Conta da Pandemia, mas Não Se Iludam!
Garanto que nenhuma pessoa nesse 1% é servidor público.
Magnólio, arauto mor do esquerdismo nacional e campeão do relativismo, presenciando a derrota de sua seita e de cima de seu muro isentista (des a ver gonhado disfarce neo-marxista) vem disfarçar a farsa da velha elite mes qu inha que tramava contra Bolsonaro , mas deu com os bh urros n'água. Aà tomam mais uma coça do próprio povo e estão até agora perdidos a procura de casa. Mas então #Bolsonaro perdeu#, rssss!
Hilde, robô da gangue de fake news! Ignora a ciência e vomita as mesmas asneiras dos milicianos de BrasÃlia. Tente entender o texto ao invés de criticar o autor! O Brasil já é o décimo terceiro em número de mortes pelo Coronavirus e você fica aà defendendo sua ideologia cega de reacionário! Temos sim que taxar as grandes fortunas para financiar as classes de empreendedores mais humildes. Hilde vai ler um livro!!!
Seguinte: assim Não Dá! Vamos organizar essa orgia. Prá esquerda radical o colunista é um vendido ao Capital Rentista, que embora nunca dantes lucrado tanto, derrubou Vestal Roussef. Prá direita que baba, o autor é e..., ah maligno, sempre foi um cumunista disfarçado. Vamos por opções: A) Demétrio é agente do Imperialismo Ianque B) Demétrio, agente de Havana, responde ao espÃrito de Fidel, que semanalmente baixa num terreiro do Tatuapé para passar instruções C)Vácuo na cabeça da EsquerDireita.
Hildebrando. Pensei que a estupidez e a ignorância tivesse limite, mas após ler este seu comentário, mudei de ideia!
esse governo de c.r.e.t.inos já era, Eremildo.
Sim. Inteiramente de acordo com os dois últimos parágrafos. Economia de guerra. Tributação Emergencial para financiamento das medidas.
"O humanismo com vista para o mar é tão nocivo quanto o negacionismo que nasce do desprezo pela ciência". Genial, Magnoli!
A parte final do artigo tem minha total concordância. O conjunto geral é puro sofisma: não passa pela cabeça de ninguém razoável (exclui-se portanto os terraplanistas de sempre!), desde analistas à formuladores de polÃtica pública responsáveis opor cuidados à saúde buscando preservar vidas e atenção redobrada aos custos econômicos e sociais da crise. Então, qual a razão do artigo a não ser sofismar e se mostrar intelectual chique supostamente na contramão?
Primeiro às grandes fortunas. Bilionário brasileiro mora aqui, ganha um monte de dinheiro aqui e parece detestar investir no Brasil e contribuir nas emergências? E depois (ou junto): não seria razoável fazer, como é no imposto de renda, um escalonamento de corte de salários de servidores públicos? Quem ganha menos tem corte menor, quem ganha mais tem corte maior. Talvez houvesse uma dificuldade administrativa em fazer isso tão às pressas, mas sou servidora pública e acho razoável pensar sobre.
O governo inventa dinheiro sim.
"vista para o mar" são os lotes que as imobiliárias da fé oferecem .
Poderia ter mais legitimidade se tivesse apoiado uma reforma trabalhista mais justa, que deveria incluir essa classe privilegiada e, ao invés de ser a primeira a entrar nas reformas, teve até aumento de salários pagos com dinheiro público.Como sempre, sobrou para os mais fracos, mas naquele momento ninguém reclamou, porque os mais fortes entregaram o sacrifÃcio ao deus Mercado, pois todo avarento não se incomoda com quem pagará a conta, desde não seja ele a arcar com o prejuÃzo.Agora, soa falso.
#Bolsonaro perdeu#; Para a militância Bolsonaro sempre perderá, por exigência do ego (ou do bolso). E enquanto montam suas narrativas intermináveis o povo que trabalha, neste fim de semana, está decretando quarentena vertical e o fim da desmonte da economia nacional. Cumpra-se!
Já era, na.ne.zão! Acabou!
O Corona e a verdade.Exatamente um mês atrás, no dia 27 de fevereiro, o prefeito de Milão, Beppe Sala, compartilhou nas redes sociais um vÃdeo para convidar a população a levar uma vida normal. No corona a Itália do tal do primeiro mundo deixa seu belo exemplo. O bunga-bunga do Berlusconi deixou seu exemplo agora revelado pelo vÃrus letal. Evviva la Torre di Pisa che pende, che pende ma sempre sta su.
A extrema imprensa e seus aliados que montaram o circo da extrema quarentena p/ derrubar a economia e o Governo estão sendo humilhados por Bolsonaro e agora me vêm com esse pseudo-artigo, que só ilustra o inÃcio de sua capitulação, tentando manter algumas aparências p/ a militância: #Bolsonaro perdeu!#. Pat ético.
Hilde, o Eremildo, é o cara mais louco que já conhecemos aqui. Ele é a maior expressão da tragicomédia que virou o paÃs do bolsonarismo. Hilde é lisérgico.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Tava demorando ! Quanto tem o dono da Ambev? Vão tirar a empresa dele como fez a Venezuela? Essa receita nunca deu certo pois o valor arrecadado é pequeno para a gastança imaginada pelos governos. Esse é o mote da esquerda: Gastar o dinheiro que não existe( Ou aumentando dÃvida ou inflação ) e taxar as grandes fortunas. Receitas para o desastre. Somente com q diminuição das despesas dos governos ( que cresce ano após ano, basta ver no site do Bacen) é que teremos futuro.
"Só com a diminuição das despesas do governo..." Pasmen, se em tempos normais esse mantra era o que dominava, com a crise monumental que viveremos continuar defendendo isso beira à demência! E taxar grandes fortunas e outros ganhos da super riqueza brasileira são não só medidas necessárias como urgentes! E isso nada tem a ver com acabar com o capitalismo.
Diminuição das despesas do governo = pobres que se lasquem! Os ricos ainda não pagaram um centavo da conta dos ajustes e seguem pagando menos impostos que pobres e classe média! És um deles ou só mais um ota.rio que come feijão e arrota camarão?
Demétrio, não há uma coerência entre essa coluna com a outra anterior, não ficou claro o que você quer dizer, parece-me que você se contradiz. Lembre-se que a mensagem ter quer ser boa para o receptor e não só para o emissor.
Tem gu erra sim, e quem começou foi a Corporação p/ os privilégios e pixulecos capitaneada por pet ebas e Centrão, e na qual o articulista tem lado distribuindo a culpa aos liberais apenas por agirem reativamente, em #legÃtima defesa#. E, nessa guerra, a elite me squinha perdeu mais uma batalha. Agora choora pete zada!!
Acabou, gado zumbi! Seu Boxo já era! Não se elege mais nem pra sÃndico!
Tem gu erra sim, e quem começou foi a Corporação p/ os privilégios e pixulecos capitaneada por pete bas e Centrão, e na qual o articulista tem lado, distribuindo a culpa aos liberais apenas por agirem reativamente, em #legÃtima defesa#. E, nessa guerra, a elite mesquinha perdeu mais uma batalha. Agora choora pete zada!!
O choque foi grande, até anda falando sozinho! Melhor procurar ajuda psicológica! Na faculdade de veterinária tem de graça.
Oh Hildebrando, o que você diz é respaldado numa pura concepção subjetivista, isto é, só tem validade para você, parece-me que você é um ser solipsita. Opinião embasada no senso comum não tem validade para a ciência. Pense nisso!
Esse é o caminho, não tem outro, quem tem dinheiro vai ter que pagar a crise do coronavÃrus, quem tem dinheiro vai perder, taxas, impostos emergenciais, corte de privilégios, é o canal. Classe média, funcionalismo, ricos e empresários vão ter que por a mão no bolso.
Com este 'manifesto', Magnoli se alça ao topo da liderança intelectual em torno deste momento e suas soluções. A proposta de imposto extraordinária (embora de discutÃvel eficácia, como apontou um comentarista) é coerente com a posição que manteve desde o inÃcio, alertando para a falácia da disjuntiva 'saúde x economia'. Demétrio é dez.
Com certeza o dinheiro deve vir dos grandes bilionários, pois de certa forma esse montante que eles possuem é tirado de toda massa civil que os ajudou de forma direita ou indireta a terem esse montante; pois bem, esse cenário revela-nos que o capitalismo é bom só para o empresário de classe média alta para cima, o capitalismo não seria mal se houvesse justiça na distribuição de renda acumulada, isto é, por que sempre o empresário tem que ficar com 80% do bolo que muitos ajudaram a fazer?
Eu acrescentaria os aposentados que ganham mais que o salário mÃnimo, que também tem renda garantida. A questão é essa transferir dinheiro de quem tem renda para os que não tem. Só fabricar dinheiro vai dar scheisse mais a frente.
O Brasil possui 206 bilionários que, juntos, acumulam uma fortuna de mais de R$ 1,2 trilhão. Um imposto de apenas 3% por ano sobre isso arrecadaria R$ 36 bilhões, mais do que 1 ano de Bolsa-FamÃlia.
Caos midiático brasileiro maximiza os danos catastróficos da COVID 19. Sobram adjetivos maquiavélicos e faltam ações humanitárias contra a pandemia. Mais notÃcias, menos comentários pessoais.
O que são os " altos salários do funcionalismo público"? Se a lógica é transferir renda de quem ganha mais para quem ganha menos (estou de acordo) então a contribuição com parte dos salários para a crise deveria ser de todos aqueles que mantiverem os seus altos salários. A classe média, em geral, tem toda a renda comprometida com financiamentos, plano de saúde, mensalidade escolar e etc. Não seria melhor taxar as fortunas e div que não fazem a economia girar ao invés de afundar a classe média?
Força, Maria, especialmente para lidar com oportunistas pseudoliberais de plantão.
Maria também sou servidora pública. Acredito que não era de nos que Demétrio falava, é sim de servidores que chegam a receber acima do teto constitucional como sabemos que existem.
Estou totalmente de acordo contigo Maria. Ele enfiou os servidores públicos no texto sem a menor coerência com a lógica de taxar os ricos.
E tenho grande responsabilidade. É justo arrancar 2.400 reais de minha remuneração, comprmir minha renda e colocar-me em dificuldade financeira sendo que exerço minhas arividades regularmente, mesmo durante esse perÃodo de quarentena? O Estado não tem outros meios? Demétrio diz sobre inflação... A demanda está no buraco. Emitir moeda neste momento e auxliar quem não tem nada não vai dar pico de inflação. Essas coisas compensam-se. Esse discurso é engodo. O Estado tem alternativas, mas má vontade
Ganho 15 mil brutos no judiciário federal. Com os descontos compulsórios (recorde-se que houve aumento da contribuição previdenciária em 350 reais a partir deste mês) e com os financiamentos, minha renda lÃquida fica em 8.500. Tenho 3 filhos e trabalho excessivamente. Estou trabalhando neste sábado remotamente. E vou à justiça federal resolver questões urgentes. Semana passada mesmo, diligenciei o recolhimento de 450 mil reais ao erário. Eu não estou a passeio lá.
Muito equilibrado. Faltou apenas o colunista dizer como pretende que a categoria a que pertence contribua. O problema é realmente de todos - e principalmente dos que têm mais. De todo modo, até por dever moral numa situação como a de agora, sempre que se exige a contribuição dos outros é preciso também abrir a mão e o próprio bolso.
A saÃda é correta, mas vamos pagar agora pela hegemonia do pensamento neoliberal, que martela a de redução de impostos como panacéia. Todos, inclusive a FSP, serão contra qualquer aumento de impostos. Assim, não poderemos conversar a sério.
Salvo engano meu, desligamento indefinido de produção e consumo, que embasaria a tese defendida pelo artigo, não está sendo proposto ou defendido por ninguém. Por outro lado, sem entrar no mérito das medidas sugeridas, a pergunta: quando há paÃses mobilizando 12% e até 17% do pib em recursos públicos para ajuda a setores vulneráveis, já se chegou aqui ao limite do possÃvel?
Houve engano de sua parte. Em dado momento ele afirma que a estratégia de confinamento (...) tem nÃtidos limites e deverá terminar antes do fim da pandemia.
Com o devido respeito, se não há data definida, em cada localidade, cada Estado, se há a probabilidade de prorrogar...entao há indefinição no sentido estrito.
De fato. Salvos do vÃrus, morrerão de inanição. Há porém um outro cenário possÃvel. Quando todos comemoravam sucessos, Nishimura, imigrante que se tornou industrial, com um Hay-Kay jogava água na fervura. *Depois do dia, vem a noite*. Quando nas crises, todos se desesperavam, vinha com outro. *Depois da noite, vem o dia* Não errou nunca. O Carnaval de 1919, após a Gripe Espanhola, foi o mais alegre e louco. Após a crise de 29 e a II Guerra, o Mundo viveu a maior era de prosperidade.
Prezada Rita de Cássia, acho que você não entendeu. Aquela alegria toda, era a alegria até certo ponto egoÃsta de estar vivo. Era a alegria de quem escapa da morte. Uma alegria escandalosa, como um riso histérico. Outra questão, é que mesmo dentro da maior tragédia, a Esperança não morrerá, jamais. E novos e belos frutos nascerão, como a melhor homenagem à queles que se foram.
Sem dúvida foi muito alegre para quem não enterrou pai, mãe ou filho. Comentário de quem não tem empatia nem mesmo pelos seus.
Caro Demétrio, embora bem intencionada, sua proposta é ingênua. Fiquemos só na tributação sobre grandes fortunas. Qual seria a base tributável? Patrimônio, certo? Um percentual dos grandes patrimônios anualmente. Mas como seria cobrado? Em um mundo globalizado, o patrimônio na forma de recursos financeiros é volátil e as portas dos paraÃsos fiscais estão sempre abertas. Ou seja, haveria uma colossal fuga de capitais do paÃs. O mesmo se aplica em relação aos bancos.
Caro Luiz, você está certo. O que eu quis dizer é que o caminho não deve ser via "imposto sobre grandes fortunas", que é de difÃcil implantação e execução. Tributação dos dividendos, que só não existe no Brasil, seria uma forma mais eficaz. Concordamos que o cenário de absurda concentração de renda que se intensificou nas últimas décadas tem que mudar, O problema é que enquanto existirem "paraÃsos fiscais" e a indústria dos planejamentos tributários, arrecadar dos mais ricos será muito difÃcil.
Sim, você tem razão. Sempre haverá quem procure fugir à tributação. Mas se esquece que há, no Brasil, um mercado consumidor, de bens e serviços. Bancos e demais empresas vão simplesmente abandonar o paÃs? Os nossos ricos irão todos morar em Miami? Vão esconder os iates e jatinhos na garagem, junto com os carros importados, para fugir dos tributos? O capitalismo socializa os custos e, no nosso caso, os prejuÃzos, mas privatiza o lucro. Lembra do PROER?
3) Alterar essa realidade exigiria uma sociedade com alta consciência social, capacidade para compreender os processos e conduzir as ações, o que não se vislumbra em um paÃs como o que elegeu o atual presidente.
(cont.). Na forma de bens tangÃveis (imóveis, veÃculos...) obrigaria o contribuinte a vender suas propriedades para pagar tributo. DifÃcil, já que confisco de propriedade não daria certo, concorda? A acumulação de riqueza e a consequente desigualdade (pobreza) é inerente ao sistema capitalista e a organização polÃtica criou um fortÃssimo sistema de proteção aos detentores dessa riqueza.
Aplausos. Nem sempre concordo com suas posições, mas sempre reconheço e admiro sua inteligência. Neste momento, ainda que temporariamente, é preciso buscar recursos onde de fato existem. Não é inteligente querer sacrificar assalariados. São essas pessoas que movimentam a economia, pagam escola, dentista, academia, supermercado e geram renda para informais. Esse poder de compra será necessário para reativar a economia. Bancos não farão isso.
Não sou defensor da redução de salários, seja para a iniciativa privada, seja para o serviço público. Como disse, são os salários que movimentam a economia e serão necessários na hora de reativá-lá. Todos os salários. Infelizmente, sei que haverá desemprego e em alguns casos, redução do valor do salário. Em outros comentários, tenho defendido justamente a tributação dos lucros bilionários dos bancos, taxação de grandes fortunas e de especulação financeira.
Mas se esses assalariados são funcionários públicos aà vale reduzir os salários? É inteligente?
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