Ilustríssima > Modernismo foi expressão de domínio político da oligarquia do café, diz pesquisador Voltar

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  1. JAQUES BRAND

    8. Resumindo. Pena que São Paulo tenha escolhido pra si o destino de cidade do interior dos Estados Unidos, quando poderia liderar na formação de uma nova civilização nos trópicos. Já não se fazem olig arcas como antigamente. P.S. Era tudo muito cuehcão. Não se vê na foto uma única mulherzinha.

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  2. FERNANDO MUGGIATTI

    Que bela discussão. Depois de ler " Em busca da Alma brasileira" do Tersio e "Metropole a Beira Mar" do Ruy, pensei ter esgotado o tema. Mas agora descubro essa obra, de que não tinha noticia, do Professor Berriel: Tiete, Tejo e Sena - a obra de Paulo Prado. Maravilha.

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  3. Rafael Gallina Delatorre

    Me parece que a visão de Paulo Prado é mais regionalista, criando mito do bandeirante, que o Eça de Queiroz. Só conheço o texto do Eça de Queiroz, mas, apesar de formular algo parecido com relação às raças que formam o Brasil, não o faz de forma depreciativa. Trata todos os componentes mais cientificamente , sem emocional e propagandista.

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  4. Rafael Gallina Delatorre

    Muito interessante esta análise. Ficou claro a relação oligárquica dos modernistas. Era uma consolidação do domínio da República pelos paulistas, que se verificou na História. Interessante ver que hoje ocorre política semelhante, mas substituindo o café pelo mercado financeiro. O Brasil compra o excedente e adquire uma dívida, joga dinheiro no mar. Semelhanças mas diferenças.

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  5. JAQUES BRAND

    7. (...) e como se viu a partir de 64, acomodadas ao papel de sócio menor dos grandes capitais transnacionais, preferiu (a elite paulista neorrica e micheltemerosa) a um papel de líder de uma nova civilização (como poderia!) o papel de moderna cidade do interior dos Estados Unidos. Felizment, a cultura brasileira talvez já possa passar sem centros sintetizadores e sem locomotivas, organizando-se hoje em Rede e alcançando a condição de Grande Arquipélago, semelhante ao que nossos irmãos iberoamer

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  6. JAQUES BRAND

    6. (...) A reconstrução de sua vida pública. Para tanto, o Rio conta com duas reservas de talento riquíssimas: - a de seu povo velho, que sabe inspirar e se inspirar, e a de seus intelectuais, refugiados nos novecentos mestrados e doutorados. Quanto a São Paulo, o incrível paradoxo é q, chegada finalmente a oportunidade histórica de ocupar o lugar do Rio de Janeiro na cultura brasileira, suas elites, já totalmnte desPauloPradizadas, pauloSkafizadas, e como se viu a partir de 64 acomodadas no pap

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  7. JAQUES BRAND

    5. (...) o encantamento, o trabalho. Do velho Rio federal ficou apenas a esperta malandragem de federalizar os seus menores problemas municipais. Mas o Rio que desde os anos 60 vive uma eterna terra-em-transe, paralisado sobretudo pelo extraordinário equilíbrio de sua cultura ("poised on its own vibration"), deveria reivindicar a bandeira caída, a arte esquecida, da fazeção-de-síntese-de-Brasil, o que passa sobretudo por uma condição de dificílima realização: a reconstrução de sua vida pública.

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  8. JAQUES BRAND

    4. Seus intelectuais refugiaram-se nas dobras da vida universitária, guardando nela algo do antigo esplendor -- contudo não mais como protagonistas de uma síntese cultural em eterno processo mas apenas como meras fontes de imprensa. Os sebos do Rio testemunham o que foi a vibração cultural do Rio até os anos 60. O Rio ainda guarda a fonte de renovação cultural mais preciosa -- ele tem um povo velho. São dez, talvez mais, gerações de cariocas a reinventar o mundo, a língua, o encantamento, o trab

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  9. JAQUES BRAND

    3. Profundamente golpeada pela transferência sem-olhar-para-trás da Capital para Brasília e liquidada segura-lenta-e-gradualmente pelo golpe de 64, a perda da cidade (e da cultura) do Rio de Janeiro como lugar sintetizador da teoria de Brasil foi a imensa perda que o regime acarretou a todos os brasileiros. Perdemos todos o nosso lugar de síntese. O Rio municipalizou-se irremediavelmente. Sua extraordinária vida cultural, sua imprensa vibrante e vária, ficaram para trás. Seus intelectuais refug

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  10. JAQUES BRAND

    2. Tendo sido cabeça da Colônia, corte no Império e Distrito Federal na República, por quase 200 anos, o Rio gloriosamente chamava pra si todas as questões nacionais, municipalizando-as, considerando-as como suas. Sua população representava então a consciência nacional. Um mecanismo reverso a recompensava por este exercício constante de monitoramento do interesse nacional, mediante a federalização de seus problemas locais, que eram afinal os do D.F.

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  11. JAQUES BRAND

    1. Com todo o respeito aos polemistas e passando ao largo de todo o seu azedume (polêmica tem que ter!), o tema Rio e/ou São Paulo importa mais do que outro qualquer (e ainda bem que foi tangenciado nessas linhas do professor). Ora, o Rio antes de lhe quebrarem as pernas sabe-se bem que foi o lugar de síntese do Brasil; o lugar de acolhimento de todas as modalidades de Brasil, que recolhia para depois devolver como teoria de Brasil a todos os Brasis.

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  12. Rogério Pena Siqueira

    Quem dera as oligarquias produzissem hoje tanta cultura e arte! Eles hoje só produzem dominação e só fazem investimentos alienadores e que colocam as pessoas cada vez mais a sevicio de seus lucros! (E a serviço)

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