Marcelo Viana > A matemática das epidemias é feita com dados Voltar
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Um dado que deve ser levado em conta é a diferença da resposta imunológica de cada pessoa. A curva de crescimento exponencial do número de mortes parece ter cessado na Itália e Espanha, se estabilizando em perto de 1000 por dia. Não seria porque os mais suscetÃveis já ficaram doentes, e os que sobraram são mais resistentes?
José Cardoso, uma coisa é certa: quando a maioria de uma população fica imunizada, a curva de crescimento do número de mortes passa a ser descendente até chegar a um número estável de contaminados com que os hospitais e instituições de saúde conseguem dar conta de lidar. Enquanto não houver essa imunização chamada "de rebanho", o crescimento exponencial será preponderante. Provavelmente, Itália e Espanha já atingiram esse nÃvel de imunidade de mais de 50%.
Devido a nossa falta de conhecimento formal na área de biologia e, principalmente, na área de saúde, os modelos matemáticos atuais são ótimos para "prever" o passado. Para prever o futuro, esses modelos são muito falhos, infelizmente. Veja a bateção de cabeça estes dias daqueles que querem ter seus quinze minutos de fama. É tudo chute. Depois que a pandemia passar e ter os dados reais de fato, os modelos terão uma performance irretocável.
Toda equação matemática é bem definida, desde que seja equação de fato. A questão é a equação ou o sistema de equações representar a realidade com erro desprezÃvel. O mundo inanimado é muito mais fácil de representar formalmente, porém, quando há vida envolvida, o nosso conhecimento formal é muito incipiente ainda. Por isso, os modelos preditivos são um fiasco. Talvez, algum dia, com o avanço do conhecimento e com quebras de paradigmas arraigados, possamos ter mais sucesso com os nossos modelos.
Não há chute. o que há é um processo de elaboração teórica que leva a equações bem definidas. Usando o método cientÃfico. Acho que talvez você não tenha lido um artigo sobre o tema. Existe uma metodologia bem definida, nada de chute.
Desculpe-me sr.,a franqueza. Mas, o sr. está completamente equivocado. Quando na direção cientÃfica da ANIPES - Associação Nacional de Instituições de Pesquisa e EstatÃstica - vez por outra me deparei com extrapolacões e axiomas matemáticos com baixÃssima aderência com a realidade. Veja, no seu artigo o sr. despreza as variáveis e afirma que a epidemia, nesse caso, a pandemia, é feita com dados. Projeta contaminações e óbitos ignorando as realidades locais, regionais ou nacionais nas respostas.
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