Aos poucos todo o viver passou a depender do dinheiro, sempre escasso para a grande maioria. Numa relação sadia com seus cidadãos, o Estado não deveria se agigantar para manter a população acomodada, desfrutando das migalhas enquanto os tubarões ficam com o filé manobrando o dinheiro como lhes convêm. Um povo forte, bem preparado, não precisa de Estado grande que interfira em tudo, mas que defenda os interesses econômicos, culturais e espirituais da nação.

Muito similar ao que temos no Brasil. Que triste!

Situações extraordinárias exigem ônus especial. Os gregos votavam aumentos de impostos se a comunidade helênica, matriarca da Democracia, necessitava confrontar persas e mongóis ou crises excepcionais. Tais aumentos incidiam somente sobre os ricos. Desde 05/10/88, o imposto sobre grandes fortunas - artigo 153, inciso VII, da Carta Cidadã -, não é regulamentado. A carga tributária foi de 24% a 34% de 1990 a 2020. Ricos repousam em paraíso fiscal. Pobres pagam os patos.

Antes que mais nada, meu caro Paul. Ninguém se atreve a pressionar a China, um poderoso império nascendo, a manter a sua própria casa limpa. Se, foi possível em 1969 colocar um homem na Lua, a humanidade reúne condições de combater mutações letais viróticas. Só a camada endinheirada deixar um pouquinho de se lambuzar nababescamente. “Tornamo-nos deuses na tecnologia, mas permanecemos macacos na vida.” Toynbee.