Alvaro Costa e Silva > Gatsby, o imbatível Voltar
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Outro dia, no café da manhã, meu filho caçula de 8 anos me questionou: 'Pai, qual é o escritor que o senhor não gosta?'. Fiquei sem responder. Uma semana depois me veio o autor que não me identifico: Scott Fitzgerald. Não me condene pela rejeição, culpe ao Ernest Hemingway. Na adolescência, tomei as dores do Hemingway e assumi o olhar para o Fitzgerald, como o 'pobre Scott'. Mas, com os anos, passei a admirar o Scott. Obra-prima e livro que te arrebata. 'Suave é a noite', me espera leitura.
No meu caso o culpado é Bukowski, que era um fã de Hemingway.
No filme de 1974, a cena das camisas mexeu muito comigo. E eu acredito que tenha mexido com muitos.
Robert Redford
É mesmo um livro e tanto. O comportamento da decadente e hipócrita alta sociedade americana nos anos 20. Logo depois, houve o crack da Bolsa de 1929 e afundamento do paÃs - e do mundo - na mais calamitosa depressão jamais vista. Li o livro duas vezes, sendo a segunda no original em inglês. E vi as versões cinematográficas de 1974 com Redford e de (2013?) com o DiCaprio. A primeira é infinitamente melhor.
Concordância total.
Me parece que o livro já foi para as telas quatro vezes, 1926, 1949, 1974 e 2013. Eu assisti apenas as versões de 1974 e 2013. A primeira com Robert Redford e a segunda com Leonardo DiCaprio. Fico com a de 1974 em tudo. O Gatsby de Redford se apresenta como deveria ser: determinado, distante, apaixonado, muito apaixonado e melancólico. Para mim um dos personagens mais melancólicos e trágicos da história do cinema.
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