Com o devido respeito discordo do articulista, a pandemia não aprofundou as desigualdades, estás são pré existentes ao Coronavírus, somos um país desigual e preconceituoso, morrerá mais negros (sou negro) , porque a grande maioria ocupa a base da pirâmide social, sendo um dos nefastos reflexos de mais de trezentos anos de escravidão.

o algorítmo dos leitos de uti vai deixar a enfermaria toda branquinha, lotada com aqueles que sempre tiveram melhor alimentação, moradia e acesso as condições de tratamento.

Fundamentalmente, a discussão nos leva para a questão da pobreza, porque não são apenas os negros que estão mais expostos, mas também os latinos nas grandes cidades dos EUA e Europa, indígenas, imigrantes, enfim os mais pobres. A esquerda sempre veicula a pobreza à falta de bens, mas essencialmente a pobreza resulta da prática de certos comportamentos, os quais os pobres não podem ou não querem abandonar. Não podemos mudar o fato de que novas pandemias virão, mas podemos mudar os conceitos.

Porque os negros são os mais pobres.

Essa divisão não acrescenta em nada. Depois farão perguntas como: porque o corona vírus mata mais homens? por que mata mais idosos? porque mata menos gays, porque mata menos mulheres? e por aí vai......

Só uma elite muito cínica pra negar a importância da discussão racial num país onde durante séculos este componente determinou oficialmente a estrutura das classes sociais. Os números estão aí pra dizer que o acesso a saúde de qualidade, cada vez mais mercantilizada, irá determinar os atingindos entre os trabalhadores mais pobres em especial os negros. Graças a muita luta ainda temos o SUS, sem isso seria pior ainda...

Alguns leitores insistem com a argumentação de que raça resume-se a critérios biológicos, enquanto sambemos que historicamente a "raça" foi utilizada como argumentação para dividir seres humanos, entre inferiores e superiores, dos que devem trabalhar dos "administradores", daqueles que devem morrem dos que serão mortos. Raça foi utilizada para discriminar, explorar e escravizar. Quando ela é utilizada para mostrar suas perversidades surgem silenciadores condenando o termo.

Estranho que, entre as informações que levaram o autor do artigo a assim raciocinar estejam excluídas as estatísticas fidedignas de um portal (https://transparencia.registrocivil.org.br/registros), as quais dão conta de que o Covid-19 não está causando letalidade maior em relação à media dos óbitos dos últimos anos pelo País afora.

O autor do artigo cita vários trabalhos alheios, até recentes, para concluir dessa forma, que considero leviano. Se até as autoridades especializadas na Saúde estão perdidinhas com o vírus da moda, não seria o autor do artigo para ter em mãos informações confiáveis para falar assim.

Thiago, convém utilizar o termo raça para apontar a desigualdade social e econômica entre seres humanos? Lembro-me do historiador Joel Rufino dos Santos dar preferência ao termo cor para designar as diferenças fenotípicas que se traduzem em desigualdade: raça remete a teorias raciais do século 19 que serviram para legitimar regimes segregacionistas (judeus, negros etc.). Ou você considera indistintos os termos? Se puderes desenvolver esse tema em outra oportunidade, agradeço.

O vitimismo é a arma mais eficiente dos oportunistas. Não à toa são todos marxistas.

Se a Suely ensinou algo sobre raça p vc ensinou muito mal e vc além disso não foi pesquisar e sai por aí disseminando fake news. Vou te ensinar então, raça só tem uma, a raça humana!

Texto brilhante, doloroso e oportuno. Eminentemente real.

Ótimo texto! É preciso mais que nunca expor quem serão as principais vítimas do Covid19. E a medida que se expõe, muitos mostram o desprezo por essas mortes.

Embranquecimento moderno.

Patético artigo. Luta de classes? Me poupe.

Seu Thiago, essa é uma realidade que, na atual condição de medo generalizado, ficará ainda mais enterrada a sete palmos. Em cova rasa, nossos concidadãos pretos; em um buraco bem fundo, nossa miserável consideração por quem se encontra no subsolo social e econômico. Bem sei que esta é só mais uma crise em meio à continuada resistência a que nossos irmãos pretos são obrigados há 500 anos. Sobreviverão a mais esta. Sobreviverá também nossa indiferença?