João Pereira Coutinho > Obsessão com a cloroquina nasce da ignorância, medo e desespero Voltar
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Aà está um conservador que dá gosto de ler. Pensamento original e não platonismo para o povo, como outro colunista filósofo tenta fazer aqui nessa mesma folha, todas as segundas.
A cloroquina é a panacéia que pode desafogar as nossas frustrações. Teremos motivos para continuar arrogantes, como sempre fomos.
Spengler já dizia sobre a decadência muito antes.
A apropriação privada, cada vez mais concentrada, da riqueza gerada pelo trabalho, está nos levando a barbárie. Alguém explica aà o por quê do parque industrial brasileiro não ter virado pra produção de equipamentos para o combate a pandemia? Come dinheiro público e não faz nada...
Autor bem limitado, olhou o mundo de 70 anos atrás e só encontrou a internet como novidade! Várias doenças ganharam cura, inclusive algumas novas. A revolução no tratamento dos câncers é indiscutÃvel, controlamos a AIDS. O autor quer mesmo comparar os carros de 50 anos atrás com os de hoje? Basta comparar os de 20 e vai ver muita diferença. A música "vulgar" sempre existiu e o cara fala da simplificação dos acordes! Bach, Mozart e Bethoven não tocavam na rua e a massa nunca soube quem eram!
Os costumes também evoluÃram consideravelmente. Pergunte a um gay, a um preto e a uma mulher se prefeririram viver no mundo de 70 anos atrás...
Uma das coisas que enchem o saco nessa quarentena é o aparecimento desses ensaios escatológicos a ponto de se perpetrar essa bobagem: as mudanças significativas são mais raras. Coutinho debocha da evolução tecnológica e faz perguntas ridiculas sobre carros voadores e resorts em Marte. Prefere ignorar os avanços que aumentaram a expectativa de vida inclusive por causa da cloroquina, um quimioterápico polivalente e de êxito terapêutico no corona virus. Melhor Windows 10 do que o 98 com tela azul.
No nosso rincão brazuca a decadência se manifesta, antes de tudo, na linguagem do dia a dia, uma espécie de protolinguagem assintática, com algum vocabulário mimético pra dar um arremedo fraudulento de simulacro de 'dintinção' à classe média ignorante - é a malta do 'empoderar', de 'a mÃdia', da 'resiliência'... Fico pensando como será a cara de um lusitano medianamente culto ao se deparar com as hediondas redundâncias (O Brasil, ele...) ou o intragável (vamos estar entregando amanhã...).
Caro Ayer, da minha pequena e singular experiência de viver e trabalhar em Portugal posso extrair alguma coisa. Sim, você tem razão no seu imaginar, eles ficam de cabelo em pé, como também o ficam pela fala popular de Moçambique, de Angola; olham-nos, colônias, com uma superioridade do que convencionei chamar de 'cosmopolita de aldeia'. Do alto de sua aldeola, despreza nosso linguajar impreciso, ao mesmo tempo em que se impede de ver nosso vigor e criação. Apenas um contraponto para debate, sim?
Ayer, concordo... ''empoderar' ...
DifÃcil saber quando começou essa decadência, mas não podemos esquecer que nossos maiores intelectuais e cultores da lÃngua (Silviano Santiago, Affonso Romano de Santa'Anna, Nélida Piñon) têm quase oitenta anos. Portugal, Angola e Moçambique têm revelado grandes escritores quase todo ano, enquanto nestas plagas...
Na campanha de 2008 o Obama usou uma velha frase, mas que sempre que é pronunciada causa ruÃdo: "Não adianta passar batom em um porco porque ele continuará sendo porco." Apesar das maravilhas da tecnologia moderna, algumas coisas permanecem as mesmas, inclusive o fato de sermos ameaçados por uma criatura dez mil vezes menor do que um grão de sal. Por outro lado, os smartphones poderosos convivem com a falta de água encanada e esgoto, sarampo e malária. Qualquer obsessão é perigosa.
Excelente artigo. Pobres de nós! Porém, realisticamente, não é de se esperar que esse vÃrus venha a trazer algum crescimento ao indivÃduo ou à sociedade. Se o ser humano funcionasse dessa maneira, nossos erros não se repetiriam através da história. Em circunstâncias como essa a questão básica passa a ser: como afastar aquilo que me impede de continuar sendo e vivendo exatamente como antes. O que se busca é um retorno ao de sempre. O resto é enredo de novela.
Verdade, o que impera é a nostalgia pelo mesmo passado recente que o colunista, não sem razão, execra. Mas a permanência do vÃrus, caso não seja descoberta a milagrosa vacina ou o santo remédio para a cura , ameaça o simples retorno ao agora idÃlico passado pré epidemia. O mundo talvez não seja o mesmo daqui para a frente, o que não significa que será melhor, para isso precisarÃamos de uma mudança mais profunda, interna, muito mais complexa num mundo de superficialidades.
Realmente, perto da eletricidade e do motor a combustão, que vieram no final do século 19 e inÃcio do século 20 tudo o mais parece ter menos impacto. Mas é como dizer que perto de aprender a andar e falar lá pelos 2 anos, nada mais representa realmente uma grande novidade, e nossa vida é uma lenta decadência...
É triste constatarmos o vazio existencial das últimas décadas. Os sinais se faziam claros pela drogadicção e doenças mentais tão frequentes. Infelizmente a milionária indústria farmacêutica abocanhou a desgraça alheia em benefÃcio próprio. Infelizmente as áreas psi, engolidas pelo neoliberalismo, passaram a culpar prioritariamente o indivÃduo pela sua tristeza, negando a gritante influência do coletivo despedaçado que nos tornamos. Torço para que seja um renascimento!
O progresso que experimentamos em termos principalmente das comunicações via rede social, trouxe junto a peste ou o vÃrus, como queiram, das fake news, que além de se prestar aos retrocessos, alimentam o ódio!
A humanidade esta vivenciando um perÃodo onde só o essencial tem valor. Nada de supérfluo, apesar de, aqui e acolá, estarmos observando um pouco de consumismo desenfreado, muito por egoÃsmo e medo, mas nada comparado ao que tÃnhamos antes. Estamos consumindo, em doses adequadas, alimentação, cultura, informação, saúde e educação. O básico. Será que vamos descobrir um novo mundo após a pandemia? Como já questionaram, será um novo renascimento?
Seu texto é muito bom e concordo com quase todos os pontos, mas queria deixar uma dica: não use os corpos femininos como exemplo de ganhos de qualquer espécie, aquele trecho sobre a forma da atriz é dispensável para o raciocÃnio e, na verdade, o enfraquece. Lembra as propagandas direcionadas aos homens, frequentes até pouco tempo, nas quais aparecem carrões, lanchas, jatos e modelos deslumbrantes, como se o conjunto fosse formado por coisas da mesma classe...
Ótimo texto! Inevitavelmente sombrio, porém ótimo.
Ótimo texto! Espero que possamos ver o final desse remake da idade das trevas.
Quando aprendemos a gostar de estudar, passamos a buscar a causa de tudo. Eu estudei FÃsica, e agora estudo Filosofia; entre as Leis Universais e os Axiomas básicos busco a essencia, o porquê das coisas. JPC, assim acredito, observa o mundo do prisma das relações de poder e busca entender o mundo desta perspectiva. A ciência polÃtica não muda nem vai mudar, a não ser que Cristo volte e dê um golpe. Dessa perspectiva, Júlio César seria um exponte inovador entre nós. Nada de novo no front.
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