A literatura está para a fake news como o sonho para a alucinação. É uma fake news honesta que se assume como tal.

Matéria interessantíssima. Em relação ao "romance de entretenimento" me veio à mente a obra de Luiz Alfredo Garcia Rosa. O filósofo, após publicar um denso estudo sobre a psicanálise, na coleção "Introdução à Metapsicologia Freudiana", restrita a poucos, escreveu romances policiais fascinantes, protagonizados pelo detetive Espinosa. Por meio destes, conseguiu levar ao grande público vários aspectos do estudo psicanalítico embalados na forma de delicioso entretenimento.

Há poucos dias, a FSP publicou um texto sobre literatura e até deu atenção ao emprego de vírgulas - uma gramatiquice (?) para alguns. Mais atrás, um outro texto estimulara quase uma centena de adjetivos xingatórios a um só politico. Álvaro Costa e Silva, jornalista, no primeiro caso. No segundo, o mesmo de hoje, escritor brasileiro afamado. É a vida.

Sérgio, toda vez que me deparo com a sua coluna a leio. Obrigatório pra mim. E esta última, em especial, dialoga imensamente com a maneira como me relaciono com os textos literários. Neste momento em que habitamos as trevas, a literatura tem me salvado das dores do enfrentamento de uma realidade tão hostil.

É impressionante! Não existe um texto da FSP em que o autor não insira ao menos uma frase contra o Bolsonoro. Parece uma competição de adolescentes bobos para saber quem critica e esculhamba mais o cara. Está ficando ridículo!

Obrigado!