João Pereira Coutinho > Será que os nascidos entre 1985 e 1995 vão marchar pela democracia liberal? Voltar
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O texto do xará português é muito bom, mas acho que não reflete exatamente a realidade dos millenials brasileiros, e sim, os europeus e norte-americanos, que, de fato, parece um horizonte bem difÃcil mesmo...
João é o conservador que eu odeio amar. Estou portanto amando discordar dessa coluna. Precisa andar mais pelo Hemisfério Sul, onde as coisas acontecem ao contrário, não só as estações. Por exemplo, nunca nos sentimos tão prósperos em 2008. Bolsas de estudos, linhas de crédito, oportunidades de emprego, Internet... Ia falar sobre o futuro, mas primeiro vamos "estudar" este passado. Parar de procurar padrões no Velho Mundo. O Brasil, antes da geração perdida, tem uma História perdida. Comece daÃ.
Esta análise de Pereira não serve para o Brasil, pelo menos. Ela faz do estudo sobre jovens europeus e norte-americanos um paradigma para o Mundo. Ora, a tomada do Estado por ditaduras deixaram estragos mais recentes, pelo menos, entre jovens latino Americanos e dos paÃses africanos pós independência. Ou seja, não há como comparar. A geração de 1964-1974 pagou a conta nas décadas de 1980, e 1990 uma década perdida para os Brasileiros, Crise econômica produzida por governos ditatoriais..
Sou muito mais o R Kurz quando enqudra a democracia liberal , capitalista, como democracia totalitária que deve ser destruÃda
Sou um millenial. Penso que sou uma grande exceção. Ao contrário dos meus amigos, consegui um bom emprego em um momento de crise, não sou niilista (poupo recursos, acho, inclusive, que até demais), não sou apático nem antipático quanto à democracia. Acho, aliás, que ela é o pior regime de governo com exceção de todos os outros. E, sobretudo, marcharia por ela caso ela corresse risco. Não obstante, entendo e me atemorizo com o que escreveu o colunista. Em que crises econômicas derivam?
Não acho que os mais jovens são o problema, os mais velhos que esqueceram as lições do passado ou cristalizaram uma visão de ser contra tudo que é novo são o real oroglema, no Brasil é assim. Os mais jovens estão vivendo experiências e vão trocar à medida da decepção, experiência nao se passa, se vive. As vezes o aprendizado é pela dor. O grande problema é que problemas infinitamente menores que uma guerra são tratados como tragédias por quem não tem um problema tão grave.
Em alguns casos como o brexit, o apoio decisivo vem dos mais velhos e não dos mais jovens. Nos EUA, o apoio maior ao Sanders (que não é tão radical como pintam) vem dos mais jovens.
Bom artigo para reflexão. É como se lhes (aos millenials) faltasse um futuro para sonhar. A cada ensaio de projeto de vida um tropeço numa hecatombe. A vida segue em frente. Parece não lhes faltar resiliência. Sou mãe.
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