Demétrio Magnoli > Fetiche da ciência serve para políticos fugirem à responsabilidade por suas decisões Voltar
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Concordo plenamente, nunca se errou tanto usando o nome da ciências, que também sofre os efeitos do tempo, maioria dos polÃticos e médicos erraram. O governo federal tem um militar que na batalha conta baixas e sabe Maquiavel” é mais fácil esquecer a morte do pai que a perda do patrimônio” mas não está de todo errado.
Se um politico ou autoridade fosse 'sociologo ou doutor em geografia humana' tambem deveria priorizar conselhos e expertise de epidemiologistas A desigualdade social subjacen te do kapitalismo escancara os alarmes de fome estrutural caso as açoes sanitarias mais incisivas continuem Demetrio sabe se esconder com fina retorica
Desinfetante na veia!
Falou, falou, mas não disse nada que resolvesse essa pandemia. Este coronavirus ainda não se sabe quase nada de seus efeitos na humanidade. Pelo sim, pelo não, a única coisa é se prevenir no que for possÃvel. A situação é lamentável, principalmente para os mais necessitados e desprovidos de tudo.
Artigo superficial e, a meu ver, revelando má fé. Uma roupagem rebuscada para o argumento - falacioso - de que a economia é mais importante que a vida humana. Como se a morte de dezenas de milhares de pessoas não fosse afetar gravemente a economia. E como se, encerrado o isolamento por medida arbitrária de governos, as pessoas voltassem todas a ter vida normal e a consumir de acordo com os padrões usuais.
Tenho observado o articulista sempre tendendo a defender os problemas econômicos como decorrentes do isolamento. Aqui e na TV. Estudos sobre a gripe espanhola mostram recuperação econômica melhor em cidades com medidas rigorosas de isolamento. PaÃses que não fecharam por opção o fizeram por desespero nesta pandemia. PaÃses muito pobres talvez não devam dar relevância ao vÃrus onde se morre de diarreia e pneumonia bacteriana comum. O isolamento permite algo: conhecimento da pandemia!
Daqui 100 anos Se Saberá a Melhor Resposta, mas Impostará?! ***Especialista é aquele que Sabe Cada Vez Mais,de Menos Coisa, até Chegar ao Nada; já o Generalista é aquele que Sabe Cada Menos, de Mais Coisa, até Chegar ao Nada!
Vou ser simplista, mas para resolver a questão do problema da economia, basta 20 ou 25 bilionários de cada paÃs doar 1 bilhão cada, para seu respectivo paÃs, vide a ação do Itaú recentemente, talvez amenizasse um lado da pandemia. O problema é: teriam eles coragem?
Não é fácil manter o equilÃbrio quando há um número considerável de fanáticos seguidores do nosso criminoso presidente da república, buzinando na frente de hospitais.Além disso, o manejo mais equilibrado da epidemia depende de condições, inexistentes para nós, tais como a testagem em grande escala.Somente em uma situação mais próxima da ideal, faria sentido adotar procedimentos mais flexÃveis. Certamente concordo que o "fetiche da ciência" é prejudicial à ciência.
Aos que não entenderam, apenas uma recomendação: podendo, fique em casa.
Resumo: o autor acha que tem que acabar com a quarentena para salvar a economia. E se morrerem alguns milhares de pessoas a mais por isso, paciência né Demetrio? Pior que o suposto fetichismo da ciência é essa tara de alguns colunistas de querer justificar o fim da quarentena com qualquer argumento tosco.
A ciência busca descrever (ou seja, compreender como a natureza funciona) e, a partir daÃ, prever eventos futuros. Quanto melhor compreendemos a natureza, mais acertada é a previsão. Ex: compreendemos bem a fÃsica de grandes objetos, que seguem as leis de Newton. Consequentemente, conseguimos projetar aviões que voem, e sabemos bem em quais condições eles cairão. Prever o futuro faz parte da ciência. A previsão pode falhar quando a compreensão de certo fenômeno natural ainda não é eficiente.
Caro Demétrio, seus argumentos elaborados salientam um pensamento do senso comum, isso quase todo mundo sabe, gostaria de ver sua ciência colocada em prática, isto é, o que ela pode ajudar realmente? e não ficar só nas abstrações estamos cansados de discursos vãos.
Você quer o quê? Que ele lhe desse uma vacina? Na medida em que teorizamos fazendo um balanço multidisciplinar da situação estamos derivando algumas diretrizes. Resumindo: uma combinação de isolamento social (para tentar controlar a propagação do vÃrus e tentar evitar o colapso do sistema de saúde) com relaxamento controlado, tudo com base em dados e mais dados que são gradativamente acumulados ao longo do tempo. Grosso modo, o resultado, em regimes democráticos é esse.
Desde a distinção humeana entre asserções descritivas e prescritivas, sabe-se que à ciência cabe apresentar modelos teóricos para a tomada de decisão polÃtica. E.g.: a diferença entre SP e RS não se deveria ao fato de aquele ser o epicentro da contaminação no Brasil, e não este? Agora, H. Arendt já nos dizia isso: a pretensão do cientistas não é somente a de descrever, mas prescrever, mas, uma vez apresentada a teoria, quem o faz, a seu tempo e modo, é o polÃtico, não o cientista.
A resposta à s perguntas de Magnoli pode adotar o caminho do meio. Numa emergência sanitária como essa, os epidemiologistas devem agir e orientar adotando os conhecimentos cientÃficos mais adequados. Quanto aos polÃticos (não os "politiqueiros"), estes tem que tomar decisões difÃceis, planejar, organizar e controlar o andamento de tudo que decidiram. De todo modo, ambos têm que levar em conta a dinamicidade da luta contra o vÃrus, ajustando sua participação na mitigação do problema.
Tanta verborragia para no fim concluir o que mesmo?
Em emergência sanitária, por favor recorra a epidemiologistas, que sabem bem sobre a necessidade de mobilizar saberes das ciências sociais, exatas, ciências polÃticas, direitos humanos. Sabem os limites da ciência e aconselham com base no bem estar coletivo e não em interesses particulares. Não recorra a empresas que se formam e lucram com as crises humanitárias.
Você disse, disse e não disse nada!
Diferente do que afirma o texto, na Alemanha a decisão de abertura paulatina foi feita sim com base em avaliação da área cientÃfica, a proposta não saiu apenas da cabeça de polÃticos.
Então se a epidemiologia e a matemática não podem ser um guia seguro para determinar a extensão das medidas de distanciamento social, parece que outras ciências como a economia, a sociologia e a geografia também não o seriam. O conjunto delas, poderia imaginar alguns, poderia tornar-se um guia confiável, mas será que isso é uma verdade? O único fato verdadeiro é que no Brasil e não na poderosa Alemanha os mais vulneráveis (pobres e velhos) morrerão por falta de leitos no SUS. Isso é ciência.
Com certeza! Tem estatÃsticas para fundamentar o que você disse. O comportamento da doença, a velocidade de contágio, o número de leitos hospitalares existentes e o número de leitos hospitalares necessários. Os remédios, a formação dos profissionais, as edificações hospitalares... Tudo aà é ciência!
No entreguerras do século XX surgiu a Gripe Espanhola. Foi o perÃodo de ascenção definitiva ao poder de polÃticos personalistas, emergentes das guerras de poder napoleônicas, que se proclamou Imperador. Sua visão elitista e preconceituosa influenciou o racismo e a xenofobia do nazi-facismo. Sua visão de supremacia nacionalista, a guerra entre os povos. De tudo isso o psicológica da populações ficaram abalados, o que baixa a imunidade fÃsica das populações, aà os vÃrus nadam de braçada.
Desde que a razão surgiu, surgiu também a superstição. Os humanos são os únicos bichos que tem superstição. Ferramenta muito útil, quando a razão não encontra explicação. Havia o deus do fogo, o deus do trovão e seus intermediários e corretores, os sacerdotes que cobravam sacrifÃcios. Hoje temos os pastores pentecostais que cobram dÃzimos. O que a Ciência não sabe dá para encher vários petroleiros e sair navegando. Mas melhor seguir com um timoneiro que conhece alguma coisa, do que nada.
Os microrganismo são seres vivos invisÃveis, e os vÃrus uma classe que nem se sabe se vivos são, já que não se nutrem, não tem metabolismo, não se reproduzem, apenas induzindo a célula invadida a lhes reproduzir o DNA ou o RNA. Como o trovão para o Homem das Cavernas, é misterioso tanto para os polÃticos que aqui gorjeiam, quanto para o homem comum. A patroa do pedreiro, ouviu da amiga e vizinha, que o pastor disse que é coisa do demônio. Nosso chanceler Arnesto, disse que é coisa de comunista.
O pobrema, chefia, é que a Ciência não é monolÃtica. Ainda bem. Assim há médicos que falam alhos, e outros que falam bugalhos, como o Dr. Osmar Terraplana. Demétrio, como Clemenceau fazem fé nos estadistas. É lÃcito. Eu também. Mas como diferenciar o estadista do pai de santo?
Ulha, Adonay, estamos quase brincando de jogral!! Cara, é o seguinte: pra diferenciar um do outro, normalmente é só esperar um pouco e avaliar os resultados. Quando não dá tempo, a gente pode ver qual é que pede dinheiro, e usar como critério. Se ambos pedirem, repare em qual promete coisas: quem prometer menos, é o estadista.
Mas a teoria cientifica tem que ter a pretensão do conceito, tem de mirar o absoluto como perspectiva, com abertura de que a alteridade da efemeridade da vida faz com que se busque outras soluções e tenha apreço por outras formas de soluções de problemas. Assim é a vida, e assim é a visão metafÃsica de Deus de Hegel, uma perspectiva absoluta de continuedade até a Vida Eterna, em suas várias formas. A abertura para o outro é fundamental para o ser humano.
O filósofo Hegel, na Fenomenologia do EspÃrito, fala em "Absoluto em Processo", na apresentação. Depois, na parte que vai da certeza sensÃvel à percepção, explana a partir do jogo de forças newtoniano. Ele tem apreço à ciência, mas com a visão do conceito, que se desenvolve a partir do conhecimento do "Outro". Depois na Ciência da Lógica, fala no terceiro excluÃdo, simplificando e fazendo um paralelo com a ciência é o velho jargão, "a exceção confirma a regra".O outro instiga o desenvolvimento.
O polÃtico atécnico e o técnico apolÃtico portam o vÃrus do facismo e são um risco à democracia, disse Bobbio (Entre duas repúblicas).
Ele mesmo pertencia a qual grupo? Depois da guerra se tornou representante da esquerda. Antes escreveu carta a Mussolini pedindo emprego.
Muito bom artigo. Os numeros sob pressão mentem. A conhecida frase mostra q ate mesmo a matematica tida como exata, na verdade, tambem pode mostrar o q o interessado deseja comprovar matematicamente. E matematica é ciencia tambem.
Muito blá-blá-blá pra dizer apenas que o isolamento deve ser retirado e os trabalhadores voltarem a dar lucro para os patrões. Se morrerem centenas de milhares, depois a gente vê. E ainda tem o desplante de querer saber mais do que Miguel Nicolelis. Fala com a presunção dos jornalistas a soldo pago pelo poder econômico.
O tÃtulo do artigo é muito mais interessante do que o conteúdo. O articulista infere do fetiche da ciência um fundamentalismo epidemiológico que não é o caso. Além disso, ignora um fator decisivo, a saber, a probabilidade de um colapso econômico agravado pela contaminação em maiores proporções. O autor não entende bem a ironia de Niels Bohr de que é preciso fundamentar descritivamente suas projeções.
Poucas vezes concordei tanto com uma coluna do Magnoli. Como dizia um personagem: tirou daqui.
Os polÃticos alemães fazem suas escolhas baseados em ciência sim. Simples imunização por contágio de pessoas fora do grupo de risco maior, dosando a flexibilização conforne o nÃvel de ocupação do sistema de saúde. Tudo baseado em epidemiologia e matemática. DM praticou enorme desserviço apenas porque teve uma idéia legal para seu artigo na folha.
"Fetiche" que Marx importou do portugues "Feitiço" para significar a poder da mercadoria sobre o consumidor foi mal utilizada nesse texto.
Seu Demétrio, você está sendo muito severo... A ciência não traz verdades monolÃticas, eternas e unÃvocas: em diversos casos, há mais de um modelo explicativo, que podem fundamentar decisões distintas; um determinado modelo também pode ser refutado e, se adequado num primeiro momento, pode não sê-lo conforme o conhecimento Avance. No presente momento, toda essa ênfase em ciência é para fazer um contraponto ao achismo tosco do nosso governante Bozo e de seus asseclas.
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