João Pereira Coutinho > Por que motivo devo salvar um jovem delinquente e abandonar um velho exemplar? Voltar
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Li ontem um texto no Brasil de Fato com esta precisa discussão muitÃssimo mais aprofundada e empreendida por bioeticistas. A Folha não deveria colocar discussão tão séria, complexa e urgente sob a responsabilidade de uma pessoa leiga no assunto que sequer situa a problemática no campo da Bioética, mas apenas menciona o utilitarismo, corrente da Ética, de maneira vaga e descontextualizada.
Artigo interessante. Se houvesse apenas um leito de UTI e dois enfermos, um com mais de 60 anos, presidente, e outro, jovem, egresso de uma instituição de recuperação de menores infratores, quem teria prioridade?
Iremos para Gattaca?
Esse colunista é genial. Inteligente, com humor ácido. Pena que pelos comentários de alguns leitores, percebe-se que abunda o analfabetismo funcional.
Para o fascistóide colunista, todo rico é um herói e todo pobre um encargo, daà q não hesita em sugerir seu modelo de eugenia. Deve ser admirador dos heróicos Joesley e Odebrecht, esses ricos q tanto contribuÃram para a comunidade, sem interesses e ganhos pessoais. Por outro lado, deve execrar os pobres faxineiros e lixeiros, q nestes tempos de epidemia ajudam a manter o ambiente são. Será q ele vai agir como o Trump e dizer q foi uma ironia?
Prezado Senhor Ricardo. Sou um apreciador e admirador de seus comentários mas, dessa vez, parece-me que o senhor se equivocou. De fato, o colunista é um tendente ao direitismo, mas no artigo de hoje ele se posicionou adequadamente quanto ao utilitarismo nessa escolha sobre quem salvar na pandemia do Covid-19. Releia o texto.
Está no texto: Mas o problema do pensamento utilitarista não está apenas na possibilidade de gerar situações moralmente repulsivas como essa.
Por favor Ricardo, se fizer uma leitura atenta do artigo ajudaria você a entender melhor.
Nesse trecho, o colunista diz claramente que dar preferência aos ricos seria uma situação moralmente repulsiva. É uma crÃtica ao utilitarismo. Você não entendeu nada.
O colunista deu esse exemplo como um situação moralmente repulsiva que poderia ser gerada pelo pensamento utilitarista aplicado a esta questão, não como algo que ele defende, isso está explicito.
Cara... Você não entendeu nada mesmo, né? É isso aÃ! Nos tempos de extremismos radicais, discutir demarcações éticas é ininteligÃvel.
Fui o único que percebeu a aberração disfarçada de neutralidade utilitarista quando o articulista afirma que o pobre é um "encargo". Encargo porque tem o trabalho desvalorizado, explorado, aviltado. Encargo por que trabalha? O rico que "gera empregos" vai ser facilmente substituÃdo pelo herdeiro com camisa polo com desenho de jacarezinhos, substituÃvel como qualquer outro... A direita é incorrigÃvel.
Você é outro que não entendeu nada. O pobre como encargo é uma noção utilitarista, justamente o que ele critica.
Nós médicos não somos preparados para fazer esse tipo de escolha, a não ser em casos extremos, como seria o caso de alguém em morte cerebral em um respirador necessário para outro paciente com chance de sobrevida. Mesmo assim, não é confortável a escolha. Temos que fazer tudo o que esteja em nosso alcance para que isso não ocorra, ou pelo menos seja uma raridade. Neste momento, o isolamento social.
A decisão é da equipe médica, seguindo os critérios técnicos e éticos.
Excelente opinião. Faço apenas um adendo: no último parágrafo faltou a informação "falar sobre a morte e antecipar minhas decisões". Uma das principais maneiras de tirar a pressão que os médicos estão tendo sobre a tomada de decisão é que cada um de nós documentemos nossas próprias decisões (o nome do documento é testamento vital), mas isso significa nos reconhecer como mortais.
Essa dúvida utilitarista vs humanismo puro é difÃcil de responder, principalmente em casos que é difÃcil de "tabelar". Um ótimo filme que colocou essa questão em casos extremos é o "Abandon ship", de 1957 (creio que ainda tem no Youtube).
Sem falar que, no caso de uma doença nova como a Covid-19, os médicos não sabem exatamente, de forma cientÃfica, quais caracterÃsticas pessoais representam uma maior chance de sobrevivência. Por hora, é pouco mais que um chute qualificado. E se, após meses de escolhas utilitaristas, se descobrir que várias pessoas com boas chances de sobrevivência (por um motivo hoje desconhecido) foram “desenganadas”.
É melhor que haja um critério simples que todos entendam. Senão vai ter familiares agredindo funcionários de saúde para assegurar tratamento para os seus. Como dizia o Pascal, o ideal é os melhores governem, mas como não há acordo sobre quem é melhor, que seja então o filho mais velho da rainha. Assim se evita a guerra civil.
Muito bem, está no nÃvel 1 dos artigos que eu tenho lido!
Pelo mesmo motivo que o médico militar terrorista vai matar a sua mãe no hospital
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