Hélio Schwartsman > Podemos usar cobaias humanas? Voltar

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  1. Marcelo Ribeiro

    Isso é um ato em prol da humanidade. São voluntários que assumem os seus riscos. Isso aconteceu em Chernobyl e em Fukushima quando voluntários adentraram no coração nuclear dessas usinas para consertarem vazamentos radioativos. Antiético, desumano e imoral é o SUS entrar em colapso por falta de leitos e UTIs para pacientes com Covid-19, enquanto na rede hospitalar privada sobra leitos e UTIs. Vamos lá governos (federal, estadual e municipal) e Brasil S/A e Ltda, paguem essa conta.

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    1. Renato Canineo

      Apenas gostaria de observar que o nível de informação dos voluntários de Chernobyl a respeito do que se passava estava longe da realidade catastrófica da usina.

  2. Alexandre Matone

    O verdadeiro motor da descoberta da América por Cristóvão Colombo não foi apenas a procura de riquezas na Ãndia. Foi o enorme pavor dos cristãos-novos endinheirados da Espanha de irem parar nas fogueiras da Inquisição. Três deles foram os principais financiadores da primeira expedição de Colombo, que partiu à meia-noite do último dia em que judeus poderiam pisar em solo espanhol, antes de sua completa expulsão. Uma viagem dessas acarretava um considerável risco de morte para os navegadores.

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    1. Alexandre Matone

      Bibliografia - Sails of Hope: The Secret Mission of Christopher Columbus - Simon Wiesenthal.

    2. Alexandre Matone

      Colombo estava em busca das 10 tribos judaicas perdidas, na Ãndia, e assim, de um local para onde os judeus e cristãos-novos, como ele próprio, poderiam fugir. Levou com ele um tradutor do hebraico. Os financiadores tinham a esperança de que essas tribos judaicas, perdidas desde a época de Sanheriv, pudessem lutar contra a Espanha e Portugal, por eles.

  3. Juan Vera

    Helio a analise de ético e não ético vale para qualquer situação de vida. Seria interessante verificar como atuaram os cientistas e qual a aceitação do mundo quando se trabalhou sobre descobrimento de outras vacinas ou medicamentos para acabar com pandemias. Por exemplo, variula, tuberculosis, sífilis, poliomielites, etc.

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  4. Eitan Berezin

    No início da medicina era comum pesquisadores se auto inocularem com agente infeccioso. Em 1901 mais ou menos os Drs Emílio Ribas Adolfo Lutz e outros se deixaram ser picados por mosquitos que haviam tido contato com doentes graves de febre amarela para comprovar que os mosquitos eram transmissores. Hoje isto não seria permitido.

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    1. Alexandre Matone

      O diabetes mellitus tem esse nome porque a urina do paciente tinha gosto de mel, em contraposição ao diabetes insipidus, por deficiência de hormônio antidiurético, da hipófise, em que a urina era insípida, ou seja, não tinha o gosto doce, característico da falta de insulina do pâncreas. Eram outros tempos, em que alunos destemidos, que queriam impressionar, eram de extrema importância.

  5. PAULO TAUFI MALUF JR

    Um experimento em anima nobile dessa natureza não só feriria a Declaração de Helsinque como também poria em dúvida a sanidade mental de seu eventual proponente. Alem de escabroso, seria inconclusivo, pois não se saberia se o inoculado que permanecesse são assim estaria por sucesso da vacina, ou se pela própria natureza da virose, que não desenvolve doença em boa parte de infectados. Ademais, uma das propriedades da vacina, a duração da proteção conferida, tampouco seria esclarecida.

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  6. Chang Up Jung

    O colunista, embora acompanhado da esposa que é médica, continua sob o manto do pânico por um monstro invisível. Continua falando como se a praga estivesse em se entorno e faz inculcar o seu medo aos leitores que prezam o jornalista. Não seria melhor, nessas incertezas, observar os fenômenos de um microssistema para entender o macro? Por exemplo, entre os conhecidos, amigos e parentes do colunista, qual foi o percentual dos que se infectaram com esse vírus, se internaram ou morreram?

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    1. elzimar fernanda nunes ribeiro

      Para um parasita a invisibilidade não é fraqueza, e sim força. A propósito, a esposa do colunista adoeceu de covid-19, como ele comentou há alguns dias atrás.

    2. Anselmo Silva

      Cálculos estatísticos e matemáticos tradicionais pouco importam aqui. Pelo que se vê até agora, qualquer um no microssistema pode compor um grupo de risco sem sequer saber. Ninguém tem como prever se, ao adoecer por esse coronavírus, sairá de um hospital andando (ou numa cadeira de rodas, o que seria bom) ou embalado num saco direto para um contêiner refrigerado. Sinta-se à vontade para arriscar-se na sua bolha de 1%.

    3. Fausto Lusvarghi

      Monstro invisível?

    4. Paul Muadib

      Nunca um caso de realidade pessoal pode ser exemplo para uma realidade maior.

  7. Francinete Fernandes de Sousa

    Sim. Os jornalistas, pois eles se sentem imunes a tudo. Cavam as covas, agora ddeveriam se apresentarem p deitar. Palavrastem força, dependendo de como usa-la vc pode fazer pessoas morrerem. Muitos de vcs tem as maos sujas!

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  8. Herculano JR 70

    Etica é pacto, e pacto se faz pela vida, ou pelo menos a maior quantidade de vida. Vive-se pela causa não se morre por ela. Se um individuo resolve dar a vida por uma causa so pode estar doente, moral ou ideologica/e, e nesse caso a etica é permitir que um maluco possa tomar tais decisões. Tais tipos de altruismo ja matou muita gente. Homens bomba normalmente são jovens, nunca vi um velho se imolar. Eles tem causa, mas aprenderam a se precaver, desconfiam de causas que matam a si ou outros.

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  9. Marco Antonio de Carvalho Filho

    O pensamento utilitarista na ciência pode levar a consequências drásticas, acho temerária esta ponderação de a sacrificar a vida de um para o benefício do grupo. Alguém poderia argumentar que aquele que se sacrifica decidiu de forma autônoma escolher o sacrifício. A história da ciência nos mostra, e o continente africano oferece vários exemplos, que os voluntários "autônomos" em geral são provenientes das populações mais vulneráveis. Os voluntários quase nunca são das camadas mais privilegiadas.

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  10. Arnaldo Vianna de Azevedo Marques

    Por outro lado. Temos uma pandemia política que nasceu em 1988. E esta não tem cura. É da cultura. Centrão com sua sabedoria patrimonialista das capitanias hereditárias bota qualquer governante de joelhos. Cargos. ”pudê”, “tomaladacá”. A pergunta que não quer calar. Afinal Calabar era um traidor ou um homem de visão?

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  11. MARCOS BENASSI

    Parece-me que aquilo efetivamente crítico nesse cenário não é a ética da ciência a servir à população mas, sim, a ética da empresa que, através do risco assumido por indivíduos, eventualmente desenvolverá um produto. Poderão os participantes arvorar-se co-desenvolvedores e, portanto, merecedores de uma pequena parte dos lucros do produto? Porque, em um sistema capitalista, é essa a jogada, não? O ganho é positivamente correlacionado ao risco.

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  12. Paulo César de Oliveira

    Se o sujeito pode correr o risco de escalar o Everest pode também correr o risco de tomar a vacina e, quatro semanas depois, se deixar contaminar pelo coronavírus. Uns 50 voluntários já bastaria para saber com certeza se a vacina é ou não eficaz. Sendo voluntários jovens e saudáveis, mesmo que a vacina não funcionasse a chance de morte é bem baixa. Pode-se até pagar uns 100.000 dólares para cada um que se apresentar para o experimento. Vai ter uma grande fila de gente tentando se inscrever.,

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    1. Alexandre Matone

      Cabe acrescentar que nessa fase do estudo, a vacina já deu certo em roedores e primatas...Quantos políticos assumem o risco de serem presos e roubam um dinheirão do erário público? Mas com Covid-19, não tem primeira, segunda e terceira instâncias, e não adianta a cumpanheirada dizer que o cara é o cidadão mais honesto do mundo!

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