Minha sogra ficou doente de Covid-19, está ha vários dias internada, apesar de todas as precauções tomadas ela se contaminou, minha esposa se recusa a aceitar a doença, mas segue acompanhando a mãe. A vida já estava bem difícil com o isolamento, tornou-se um pesadelo, não sei como sairemos disso. São muitos aspectos a serem levados em consideração, mas o que mais me assusta é o de impotência diante de uma situação totalmente sem controle.

Sim, tenho me sentido muito cansada e com dificuldade para me concentrar. E sempre preocupada e com medo de me contaminar ou de que alguém da minha família adoeça. Às vezes parece um pesadelo.

Nossa, sem duvida um dos melhores textos! Percebo que ao me culpar sobre estes tipos de anseios, estou sendo igual a muitos nesta quarentena. Sábio foi Nietzsche em sua concepção trágica: VALE A PENA VOCÊ ENFRENTAR O DESTINO, AINDA QUE NO FINAL VOCÊ SEJA DERROTADO POR ELE. Procuramos dar sentido às coisas para sobrevivermos diante do sofrimento.

Juliana, como esse texto chegou num momento necessário. Agradeço pela oportunidade de acessar suas ideias e de refletir com elas.

Excelente leitura. Lembra a narrativa de Primo Levi, que no desespero manteve o foco apenas na sobrevivência para prosseguir. Separadas as diferenças, é de se indagar se é justificável apenas o grau de comprometimento da nossa percepção da realidade.

Juliana, ótimo texto! Toda a rotina foi alterada e as operações mais corriqueiras, como fazer o supermercado, envolvem agora alto nível de risco. Todos os rituais de limpeza, todo o esforço para manter o distanciamento, todo o medo de ter sido contaminado mesmo tomando todos os cuidados e não ter a menor ideia de como será o amanhã, é mesmo exaustivo. E para piorar o comportamento irracional e bárbaro de parte da população brasileira nos deixa sem esperanças.

Que bom compartilhar e compreender esse sentimento que está me angustiando!

Juliana, esses dias eu estava questionando sobre a apatia que tenho sentido, e o livro que veio em minha mente foi o "Em busca de sentido" do Frankl. É bem isso, o cansaço individual, um cansaço coletivo e a contagem dos dias, mesmo sem saber quantos dias faltam. Ótimo texto, parabéns pelo trabalho!

Obrigado! Muito obrigado. Parabéns!!

Muito bacana e interessante sua reportagem, Fou esclarecedor para mim. Parabéns.