Sérgio Rodrigues > Lockdown, blecaute etc. Voltar
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Viva Sérgio Rodrigues e seus textos porretas!
"...no alto escalão de um governo de semianalfabetos..." Qualificar como semianalfabetos é apenas uma meia verdade.
O tema é um dos mais interessantes que há. E o autor foi preciso. Está de parabéns. De fato, o enfrentamento a estrangeirismos desnecessários (se os podemos chamar assim) tem de passar pela educação do paÃs, o que decerto envolverá também nossa autoestima. Mas nossa classe média, que aprecia singularizar-se empregando palavras estrangeiras, gosta menos quando os termos (e as construções) se originam da plebe. Estes "estrangeirismos" a desqualificam. Mas a lÃngua se desenvolve também por aÃ, não?
O O historiador e professor da PUC-SP Benedito Prezia, indigenista dedicado, afirma que a cultura tupi era muito aberta à outras culturas e incorporava facilmente elementos desta última. Isso explicaria, em parte, a nossa facilidade em adotar o estrangeirismo na lÃngua falada.
Adorei. Vou dar um print e usar no meu próximo call.... Brincadeiras à parte, ..deixa os portugais morrerem à mÃngua, minha pátria é minha lÃngua.
O problema é que estes estrangeirismos são popularizados por jornalistas, que deveriam valorizar seu instrumento de trabalho, a lÃngua portuguesa. Hoje, temos construções anglófilas como a linguagem de telemarketing, tipo "vou estar enviando", em vez de enviar, "comentar sobre", tradução do inglês "coment on". É uma degradação da lÃngua. Os shopping centers nasceram como centros comerciais. Parece chique usar palavras importadas, mas é jeca mesmo, como admite o autor.
Enfim, um articulista que pensa na multidão, sem espÃrito de manada. Além do espÃrito de vira-lata (Nelson Rodrigues), ou Policarpo Quaresma (Lima Barreto) temos no Brasil essa bovina atitude de eternos colonizados. A lÃngua brasileira (sim, existe) é muito rica e criativa, basta ver o uso que dela fazem poetas, cantores, escritores reconhecidos aqui e no exterior. Já que S.Rodrigues pôs o dedo na ferida, vale lembrar os disseminadores de anglicismos nos cadernos de cultura dos grandes jornais.
Otimo artigo! Concordo com seu ponto, mas q doi na alma cada vez que ouco "case", "bypassado" etc, doi.
Isso não é nada. À medida em que os chineses aumentarem sua influência, vamos ter que aprender ideogramas que passarão a designar novos produtos e hábitos.
As palavras estrangeiras em uso no paÃs são na maioria inglesas em razão do poder econômico e cultural. Ninguém quer importar vocabulário de paÃses pobres. A influência de lÃnguas africanas na lÃngua falada no Brasil se deu porque, nesse caso, quem 'importou' foram os próprios falantes. E quanto a habeas corpus e déficit, se formos implicar com o Latim, vamos ficar sem o léxico que conhecemos e usamos.
Ótimo artigo. A linguagem é multifacetada,e dinâmica.Pena que temos um ministro da educassão.
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