Mirian Goldenberg > Será que os casamentos irão sobreviver? Voltar
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Desde década de 50 do século passado constrói-se civilização lastreada em expectativas exclusivamente individuais ; o eu prevalece sobre o nos Seus sinais impregnam conceitos como liberdade independência status quo ‘direito’ se materializando na posse obsessiva e ‘marcas’ especiais Essa ‘construçao’ ideologica se revela em tudo : moradias bairros ser viços públicos e privados produtos relacionamentos sociais e amorosos È o império do Eu radicalizado Em bolsonares é o eu acima de tudo
Poucos previam ou tinham a experiencia de estar 24h juntos, sem nenhum momento pra si ou social... Nao estavamos preparados pra isso, enfim, conflitos diarios, mas ainda voto no amor!
Pessoas com 44, 37 e 53 anos de idade não são consideradas idosas. Os problemas conjugais prévios continuam durante e após a pandemia.
A pandemia só faz (ou fez) nos expor quanto a relacionamentos, temperamentos e caracteres. Era questão de tempo, agora não mais.
CONTINUAÇÃO: [...] Mas, quem sabe, para um Novo Mundo: mais humano, mais altruÃsta, mais solidário, mais empático.
[...] Tenho 61 anos e minha mulher 58. Completamos 31 anos de casados terça-feira dia 19 de maio de 2020. Estamos isolados dos nossos filhos. Um mora em Paris. Outros dois moram aqui em Palmas, capital do Tocantins. Nós estamos num apartamento que fica próximo à nossa casa. Temos comorbidades: Ela diabética; eu hipertenso. Nós dois nos descobrimos com o bacilo da hansenÃase em meio a pandemia e estamos em tratamento. Alguns menos empáticos talvez dissessem, – “estes já morreram”. Risos. Engano.
Isso mesmo, Nilton. Não há determinismo para quem tem boa vontade e amor pela vida. Vocês vão tirar de letra. Os tempos hoje são outros e, tirando a pandemia, a medicina está bem avançada oferece ótimas perspectivas de cura. É muito positivo vocês terem tido o diagnóstico. Vamos em frente mesmo :)
Que isso, Nilton! Força aê! Quem diria isso não são pessoas normais. Só pessoas insensÃveis e com psicopatias pensariam dessa forma.
Kkk me inspirou a rever Noivo neurótico, noiva nervosa, recomendo.
Um casal que não se aguenta diuturnamente por um bimestre, trimestre, ou mais, não era nem para ser um casal sob o mesmo teto. Essa conta não pertence à Covid. Como também não é conta da Covid a Ãndole tirânica de maridos confinados. Se não, se a Covid veio desmascarar a natureza humana em seus relacionamentos conjugais é, talvez, uns dos poucos efeitos benefÃcos de seu surgimento. O outro é desmascarar o capitalismo e desestabilizar os projetos de extrema-direita-terrivelmente-tudo pelo mundo.
As configurações de relacionamentos mudaram, inclusive sobre o significado de um casamento, logo, precisamos nos atualizar. Não sou casado, mas, se fosse, optaria por viver no meu canto e ela no dela. Se desse rolo, paciência, cada um fica no seu canto e não muda nada. Optar por viver junto exige uma série de renuncias que nem todos estão dispostos a enfrentar.
Rindo demais da coluna. Como as pessoas são dramáticas.
Espero que não! A maioria se casa por pressão social ou porque a bÃblia manda.
Na minha situação em especial, sou eu que cuido mais dos afazeres domésticos: botar roupa na máquina, pendurar, cozinhar diariamente, organizar a casa. Ele acaba ficando mais com a parte de ir ao mercado, passar aspirador, botar a louça na máquina vez ou outra. E também ele paga 90% das contas, então eu acho que é uma troca justa. Não temos filhos, então está bem tranquilo. Não acho que a convivência intensa é que seria um estopim.
Parabéns!
Se o casamento foi, acima de tudo, por amor, sim. Pois amar significa renúncia em favor do outro, dar espaço ao outro, compreender o outro, suportar as fraquezas do outro etc. O problema é que muitos se casam mais por paixão que por amor. E na hora do sexo, ao invés de fazer amor, simplesmente transam ( o que é muito diferente). Por aÃ.
O verdadeiro casamento sim, pois é na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, livres ou isolados, que, com muito respeito e assistência mútua e recÃproca que norteia essa relação. O problema é que a maioria dos casamentos é fake e no momento atual qual passamos, o " castelo de areia " desaba com pouco tempo. Triste realidade.
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