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Não, doutor. A história não é bem assim. Sob o indisfarsável discurso do mercado, embutem-se, na tese, a desigualdade e o racismo. Por que se estruturaram mesmo? Sua explicação é muito meia-boca, como tudo por aqui. Essas pessoas ja estavam morrendo aos montes, bem antes da pandemia, que parece ter criado uma espécie de mea culpa tardio. Limpar-se da podridão histórica que é o Brasil. O tenente recalcado é só o bufão do trágico espetáculo das elites...
São artigos às dúzias como este que tornam esses fatos deploráveis normais, aceitos, apenas mais uma denúncia cheia de palavras e nenhuma efetividade. O articulista, profissional do direito, deveria se dedicar a mover algum processo que levasse esses criminosos à cadeia e à perda de seu cargo público, que desonram com tais atitudes. A imprensa deveria continuar a pesquisa do fato e não parar até haver condenação e punição. No entanto, tudo não passa de mais um artigo, mais uma denúncia vazia.
Essas atitudes do ser humano são milenares, e não vão mudar, apesar das leis, pandemias e outras tragédias que sempre assolaram a humanidade. É só lembrar da parábola do bom samaritano, por exemplo, onde após o desprezo e indiferença de muitos transeuntes, ao largo de uma vÃtima de violência, finalmente alguém teve compaixão dela e a socorreu. Apesar de tudo, ainda temos bons samaritanos hoje
Prezado Oscar, necropolÃtica é um termo que está na moda, mas penso que não precisa de aspas. Foi cunhado pelo filósofo camaronês Achille Mbembe, que estudou com Foucault e avança sobre as teorizações a respeito do biopoder. A Mbembe o que é dele!
Parabéns. Que mais vozes se levantem como a de Oscar e Freixo. Não percamos de vista os anseios de uma pátria mais livre, justa e solidária, conforme estampado em nossa Constituição.
Para que serve a polÃcia no Brasil? Para proteger os ricos e seus patrimônios, humilhar, torturar e matar pobres, principalmente os negros! É para isso que são treinados.
É preciso recriar os sÃmbolos nacionais. O hino foi gerado no pico da escravidão, e as cores da bandeira não expressam a saga dos africanos que erigiram as bases econômicas e sociais do Brasil. Na busca de um paÃs justo e solidário, urge a inclusão plena dos afrodescendentes, tendo a escola de trabalhar diariamente valores que muitas famÃlias ignoram, como a empatia, o respeito e a igualdade racial. Um beijo para a famÃlia do João Pedro.
Excelente artigo.
-- A necropolÃtica é efetivada por pessoas que só falam em Deus. Todavia, querem andar armadas e agredir enfermeiras. O presidente da República fala em famÃlia, mas diz 34 palavrões em uma reunião ministerial. Deus e famÃlia combinam com igualdade de condições sociais e respeito. Só o respeito à dignidade humana retirará a necropolÃtica deste jogo discursivo e prático de apoiadores do caos.
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