Curiosa celebração da inação covarde, criminosa mesmo, de nosso establishment. Tentar transformar seus defeitos congênitos em virtudes... e pelos comentários percebe-se que muitos compram.

Em 2022 elegeremos Luciano Huck e Sérgio Moro, no ano seguinte, será nomeado ministro do Supremo. E o Brasil voltará a se desenvolver de forma sustentável como nos tempos de FH e Lula 1.

'A democracia, com vagar sacramental, empurra o tumor para fora.' Caro Vinícius Mota, li sua coluna de hoje na Folha e o arremate da mesma foi simplesmente BRILHANTE. Nossa esperança é que no final, a democracia sempre prevalecerá.

Exatamente no dia em que o Brasil completava 520 anos de seu descobrimento (Há quem diga que foi em 26 de janeiro do mesmo ano, por Vicente Pinzón), uma reunião que mais parecia um autêntico programa de índio! Não, os índios eram gente boa!

Fico a me perguntar: No governo Dilma esse tipo de reunião nunca existiu? No governo Lulla, idem? Lembro de uma pérola da Benedita da Silva, quando ministra de coisa alguma - "...que um negro poderia se negar a ficar ao lado de um branco...", uauuu, isso sim é democracia, acirrar os ânimos raciais no Brasil. Nada como criticar apenas a consequência, que tem como causa a eleição de 2002.

Viva a democracia com imunidade. Minha paranoia agora é com relação a militares- milicianos. Poderia comentar algo a respeito?

"Tumor" é o termo feliz e exato do desastre bolsonarista. Mas ainda falta muito para extrair o mal. E a ferros.

Menos, Vinicius. Os otimistas andam mal informados. Vivemos outro país: o Bolsonaristão. Há uma Irmandade Bolsonâmica disposta a realizar sua Jihad em nome do Messias. Surgiu um Estado Bolsonâmico. Não sejamos pudicos nem farisaicos em censurar a linguagem do Califado de Bin Abu Jair. Millôr dizia que os palavrões expressam 'os mais fortes e genuínos sentimentos'. De fato, o Legislativo está 'em cheque' e o Judiciário posto em xeque.

O drama psicótico da reunião foi manifestado, ainda, pelo super Ministro Paulo Guedes - aquele que pagou o passe do ex-ministro Sérgio Moro para ingressar no governo. Para falar do congelamento dos salários dos servidores, Paulo Guedes afirma que colocou a bomba no bolso do inimigo. Que inimigo? Será que ele considera os servidores públicos como inimigos? Inimigos de quem?

O articulista escreve com uma clareza jamais vista. Precisamos de mais vozes que defendam a democracia e as instituições, nesses tempos sombrios.

Se tratarmos o paciente como se não houvesse remédio esperando que o próprio corpo combata o mal que o aflige corremos o sério risco de morrer com a doença. Vacina ainda não temos, não desenvolvemos os anti corpos necessários tampouco, basta ver a vaguesa do art. 142 da CF, mas temos remédio, temos a lei, temos a Corte e temos impeachment, só falta o povo nas ruas. Fora Bozo!

O formato da prosa com Vinicius começa nossas semanas encoraja nosso otimismo institucional. Seus textos ( objetivos pequenos ensaios) são um tributo à intelectualidade jornalística. Tenho prazer de lê-lo toda segunda e, ao final do dia, relê-lo como um exercício de informação. Congratulações meu grande jornalista!

Conselho de quem já lutou o bom combate: A esperança dança/ Na corda bamba com sombrinha/ E a cada passo dessa linha/ Pode se machucar,/ Mas a esperança equilibrista/ Sabe que o show de todo artista/ Tem que continuar...

A democracia no Brasil, ao contrário do que muitos pensam, está consolidada. Como bem escreve Vinícius acima, as instituições reagem às tentativas autoritárias com vigor, e dentro da lei, empurrando o cancro para o lixo, que é o seu lugar. Mas a sociedade como um todo, deve estar atenta a estas investidas ditatoriais, mesmo desprovidas de qualquer qualificação, tanto na sua forma, como de quem as emite.

Certo. Num país , que já se tornou nação, essas proteções do estado democrático são eficientes e funcionam automaticamente , por assim dizer. Mas o BR que ainda eh só um país e mal enjambrado, precisa maiores cuidados e atenções. Sua democracia está na UTI, e está entubada. O corpo médico não pode nem sair de perto. QQ deslize e lá se vai ela, ainda jovem, porém cheia de comorbidades.

Sinceramente, penso que um pouco mais de realismo permite afirmar não que o tumor autoritário está sendo extraído, mas sim que está tomando conta do organismo, assumindo ares de metástase, até que conseguirá suprimir a democracia de vez. Não vejo esse otimismo todo descrito no artigo.

Melhor leitura dos últimos dias! Belo texto.

A conclusão do artigo talvez seja um pouco precipitada, contudo a descrição da reunião é muito boa e para ser perfeita precisaria incluir a palavra miliciano.

Bom texto Vinicius. O problema é que nosso tumor não é isolado, e passível de expurgo por este corpo chamado Brasil. Ele é uma metástase. Na medicina, como na política, o tratamento deve ser sistêmico, atingindo todos os órgãos afetados ao mesmo tempo. A grande questão é saber a droga e a dose certas, e se o paciente as aguenta. Outro complicador é que, na democracia, o médico e o paciente são um só. Ele, e apenas ele, é senhor de seu destino.

Caramba!! Muito bom!!

Como dá satisfação ler um texto conciso, forte, coerente, claro e de esperança. É exatamente isso que acontece. Assim como o virus é expulso pelo sistema imunológico, esses virus que estão sendo combatidos pela democracia serão neutralizados com o tempo. Resta ter paciência e esperança.

Excelente!

Parabéns!

Que assim seja , Vinicius . Que assim seja .

Seu Vinícius, a gente até aceita o descompasso das velocidades, tudo bem, é do sistema. No entanto, enquanto isto ocorre, Como lidar com a alergia?