Vinícius Torres Freire > Três cenários de horror e uma saída para o mundo depois da pandemia Voltar
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Que saudades do Paulo Francis!
Quanto mais leio estes colunistas da Folha, mais tenho saudade do finado Paulo Francis, daquele texto direto, sem conectivos. Aquele velho bebedor de uÃsque, de cuja ideologia eu nem era fã, fazia um jornalismo à frente de seu tempo; o jornalismo de que precisamos hoje.
Há um bom tempo que pretendo conhecer melhor as idéias de Acemoglu. O artigo me pareceu um bom incentivo. Até que me deparei com a perola do articulista: "Na idiotice do debate brasileiro, seria chamado de “ortodoxo” . Ora, penso que exista material escrito por pessoas com menos pedantismo juvenil e arroganciazinha patética. Já não tenho paciência pra tais efusões.
Os instintos primitivos, as variadas formas de violência social são agravados no Bolsonaristão. Todo indicador social acusa aumento do nÃvel de mal estar provocado pelos filhotes da ditadura no poder e sua legião de templários inebriados pelo mais obscuro fundamentalismo polÃtico e religioso. O trote não é de carga à cavalaria, embora cavalariços espumem à espera da razia. Keynes é insuperável e 'up to date'. O posto Ipiranga, Hayek,Mises,Friedman gritam de calças e pires na mão:S!O!S!
Então, e a FSP dá espaço para notórios medÃocres como lisboa, pessoa, fraga, mendes, Schwartsman, delfin, uma tal de sonia ou sofia e até para pedantes atrevidos como beltrão. Manter esse último como colunista chega ser irresponsável. FSP, renove-se, imediatamente.
Não há defesa da social democracia porque as lideranças polÃticas e a imprensa são comprometidas com seu oposto, a ponto de no Brasil equiparar o maior partido social democrata a oposto da extrema direita neofascista. Os próprios social democratas chegam ao governo e viram liberais.
HL Mencken (que falta ele faz!) disse que o homem comum prefere a segurança à liberdade. Poucos entenderam a profundidade dessa afirmação, historicamente confirmada pela criação do Estado protetor. A frase teria mais efeito se o termo comum (average) tivesse sido ordinário. Felizmente, esses seres passivos (ordinary) não fazem a história. Ela é feita por homens ( e mulheres) de ação, onde o braço é ligado ao cerebro. Cromwell que o diga.
Arnold Toynbee, historiador inglês já em 1929, resumiu o dilema na equação Desafio X Resposta. Sociedades que identificam e dão respostas rápidas e intensas a desafios, prosperam. Sociedades sem desafios ficam estagnadas. Sociedades incapazes de reconhecer e dar resposta adequada colapsam. Os exemplos apresentados são infinitos. É o caso da Covid-19. Sociedades, independente de seu regime, como a chinesa, que deram a resposta certa na hora certa, vão vencer. Às demais restará o Pântano.
Ao contrário do que se imaginava, comunidades pobres como as do Continente Africano estão dando respostas certas, ao contrário de muitas sociedades avançadas. O mesmo tem acontecido nas favelas brasileiras. A qualidade das respostas dessas duas sociedades ao Desafio, pode representar avanço significativo na longa, difÃcil e magnÃfica jornada da Civilização. Mais um exemplo para a longa lista de Toynbee.
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