Quem faz a fama e o reconhecimento do astro é a imprensa através de sua fabulosa mídia. A culpa é de quem ? Afinal o torcedor ou admirador dos esportes em geral, quer a vitória de seu time e bate palma para todos, atletas, treinadores, massagistas, médicos, etc..., ou seja, não escolhe seus astros pela cor, mas pela capacidade profissional. Está na hora da imprensa assumir sua omissão ao longo dos anos.

Depois daquela copa foi treinar o River da Argentina. Foi recebido com muito carinho e respeito. Tudo mundo falava do "jogo bonito" (assim, em português mesmo), que era a filosofia do Didi.

Não só o Didi sofreu esse Poder da Hegemonia Branca, o Djalma Santos também, lembro que, quando adolescente, eu jogava no base de Salão do Palmeiras e na Lanchonete interna, nem usando Terno e Gravata o Djalma podia entrar, foi assim também com o Da Guia, que Mestiço de Cabelo Louro "Pixaim" treinava com a gente no Paredão externo. Lastimável, lastimável.

Muito se fala em Pelé, Garrincha, Maradona, Messi, todos gênios, mas Didi não fica atrás. Talvez o melhor meia da história do futebol.

Ótima crônica, Juca. Mas, não registrou a final do mundial de 1958. A seleção brasileira leva o 1.º primeiro gol. Há um jogador da nossa seleção que vai lá nos fundos redes, pega a bola, caminha até ao centro do gramado, põe a bola no chão, e diz: "agora vamos começar a jogar"; o nome dele é Didí

Juca cometeu um pecado mortal, não mencionando Didi no Real Madrid, ao lado de Puskas, Di Stefano e Gento. Registre-se o preconceito que Didi sofria, majestática e estoicamente, boicotado dentro de campo. Puskas e Di Stefano melindravam-se. Não só porque o Craque (melhor camisa 8 de todos os tempos e titular em qualquer seleção do mundo de todos os tempos) era bicampeão mundial, mas porque com a bola impunha-se altaneiro; Maestro dos Gramados. Nelson errou.Príncipe? Que nada. Imperador Etíope!