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Cansada de pedir autocrÃtica ao petê, a Folha agora defende a autocrÃtica da imprensa. A dos EUA, claro...
Um conhecido, o Astolfo RÃtere, acredita ter a solução final para os problemas fundiários da Amazônia. Em sua opinião, não faz sentido ter Ãndios morando na floresta, diz que detesta a expressão “povo indÃgena”. Então ele defende que todos sejam levados a comunidades que chama de Tabas de Concentração, onde possam viver e trabalhar juntos, pois segundo ele o trabalho liberta. Mas está com dificuldade de achar meios de divulgar suas ideias. Será que a Folha topa? Liberdade de expressão...
O erro do editorial da Folha é não considerar que a mÃdia norte-americana defende desde sempre posições polÃticas claras, reúne colunistas e editores em torno dessas decisões e consequentemente seu grupo de leitores. Ao não cair na falácia da falsa imparcialidade, inexistente quando o exercÃcio da profissão exige escolhas editoriais diárias, a mÃdia nos USA tem lado e toma posição, o que fortalece os princÃpios da transparência e da lealdade com os leitores. A Folha apenas se defende.
Parabéns pelo corajoso editorial, Folha. Assino embaixo! Só lamento que alguns ministros do Supremo, em tese guardiões da Constituição e dos nossos direitos basilares, não pense o mesmo quando se trata de crÃticas à corte suprema e aos ministro.. e espero não entrar no rol de investigados em razão dessa minha crÃtica a eles..
Boa provocação, Alex. Ameaça real à integridade fÃsica ou institucional pode, sim, ser enquadrada como tipo penal, o que legitimaria a abertura de investigação.. contudo o inquérito aberto por iniciativa do STF (o que, por si só, já é bastante controverso) é muito mais amplo do que isso, com o nÃtido objetivo de intimidar aqueles que criticam o STF e seus ministros.. aos que o fazem de forma vulgar a ou desrespeitosa existe a ação de danos morais por difamação e injúria, mas ñ justifica censurar
CrÃticas pode mas ameaçar também pode ??
Discordo. Em português econômico: não pode dar palco pra maluco. Abraços.
Eu discordo: liberdade de expressão é um dos fundamentos da democracia
Esse artigo me lembrou o que vi hoje nas redes. Um cidadão dos que erradamente são chamados "de bem", derrubando cruzes que lembram as mortes pelo Covid 19 em praia do Rio de Janeiro. E penso, não há possibilidade de dialogo com quem age dessa forma, ou quem, como o republicano quer jogar o exercito contra o povo. Acho que a atitude do New York Times, trouxe luz ao tema chamando a reflexão e condena dos que vem acontecer as coisas e não se manifestam.
Hipocrisia de quem modera = censura comentários do leitor
Que hipocrisia. O mesmo jornal que corretamente critica quem pede intervenção militar, vem agora dizer que a liberdade de expressão é um direito absoluto? Eu por acaso tenho direito de publicar um artigo defendendo morte a negros e indÃgenas? Todo direito tem limites. O culto cego à liberdade de expressão e o isentismo da imprensa contribuÃram para alçar ao poder proto-fascistas como Bolsonaro e Trump e a disseminar o negacionismo cientÃfico em relação a aquecimento global, vacinas, Covid, etc.
Ver comentário do leitor Juan Vera acima.
Tema dos mais espinhosos. Seu comentário tem muita força de convencimento. O exemplo do Times é ilustrativo sobre como é possÃvel balançar entre os extremos do pode e do não pode. Tendo a me manter entre os que defendem limites. Aqui, o exemplo bárbaro do destruidor de cruzes fulmina a defesa da liberdade irrestrita. Mas é só uma opinião.
é porque intervenção militar é inconstitucional e ato criminoso. em qualquer paÃs sério, seria crime de traição
Lamentável a atitude do NYT, de que sou assinante (assim como da Folha ).
O erro da Folha. Um monstro mata leões e criancinhas. Quem alimentar o monstro prepara-o para matar não apenas leões. Moral da história: A Folha deveria nao apoiar a polÃtica economica do atual governo de extrema direita, inclusive a Reforma da Previdência que ela tanto defendeu. Agora, o monstro por ela nutrido devora a liberdade de expressao.
A liberdade de expressão não é ilimitada. Crimes contra a honra são o exemplo mais comum a ser lembrado quando nos referimos a limites. Um artigo exaltando a pedofilia, o racismo ou a agressão a jornalistas não poderia ser publicado, podendo configurar até apologia ao crime. Sinceramente, não entendi a opinião do jornal.
PeraÃ, exemplo seu fajuto
Supondo que Bolsonaro, através de seu gost writer de mÃdia 02, encaminha para a FSP um artigo tecendo crÃticas ao STF, ao Congresso e a grande mÃdia. E chama a população para manifestações na frente dos veÃculos de imprensa, em especial na FSP, Rede Globo com uso de violência para mostrar a indignação de alpoiadores. Ainda, com o apoio de forças militares de Estados e União, em desobediencia a governadores. A FSP publicaria o artigo?
Jamais. A crÃtica ao NYT é incorerente, pois a Folha publica tudo de quem ela sabe que segue o seu perfil polÃtico, evitando-se "constrangimentos editoriais". Caso entreviste alguém que é considerado como "oposição" aos seus princÃpios, é pinçado palavras e frases, trazendo informações à tona, para reforçar o que quer acentuar na divulgação. Não estou dizendo nada demais, pois é uma posição que ela assume, publicamente. A pluralidade é importante, mas o bom senso é fundamental!
O NYT ainda tem muito a aprender com os jornais brasileiros, que vivem numa bolha de liberdade em meio à miséria e ignorância do lado de fora do vidro.
Acho que uma coisa é liberdade de imprensa e outra é obrigação de publicar qualquer abobrinha em seu próprio jornal. No caso, nenhum jornal deve ser censurado por publicar o artigo do senador, mas nem por isso o NY Times tem obrigação de publicar um artigo com o qual não concorde. Um jornal tem direito à sua opinião, e ser coerente com ela.
Liberdade de Expressão é um valor fundamental, caro à Democracia. Mas, me pergunto sobre o limite que se deve por sobre a defesa de ideias que atentam contra as bases desse modelo de estado, e até mesmo contra o processo civilizatório. Armar toda a população incita a anomia, com seus efeitos nocivos à convivência social. Note-se que algumas ideias já tiveram desdobramentos, com espancamento de jornalistas. Pode não haver amanhã!
Editorial corajoso em um tempo que os grupos extremistas querem silenciar seus oponentes.
Concordo, o artigo em questão foi escrito por um senador do estado democraticamente eleito com direito a uma opinião (errada ao meu modo de pensar), porque não publicar, com as ressalvas do jornal
Ideias são apenas ideias, e somos livres e inteligentes para acatar ou não! Uma sociedade perfeita e imperfeita, e plural, cheia de contrastes. O caos e bem-vindo, precisamos dele para sair da zona de conforto, testar nossos limites, aprender e seguir em frente, devemos sempre agradecer aqueles que nos apontam outros caminhos!
Isso é bom para o debate plural de ideias, mas é preciso se ater que, certas idéias devem ser extirpadas da sociedade, pois valorizam o ódio e a desinformação. Falo isto porque existe uma certa ingenuidade na imprensa brasileira de achar que, trazendo à roda opiniões extremistas e as contrapondo a opiniões sérias, estão valorizando o debate plural. Na verdade, o que estão fazendo é legitimimando o discurso obscurantista e o colocando em um patamar de seriedade ao olhos do leitor.
Chega de pilantragem, ou o Ocidente proÃbe as ações de doutrinação neo marxistas ou então que se liberem também a pregação do nazismo, fascismo, imperialismo, colonialismo e todas as demais ideologias totalitárias dos séculos passados. Não é apenas porque o marxismo saiu vitorioso na 2a guerra mundial, diferentemente das demais idelogias do mal, algumas suas irmãs gêmeas, que deve ser tolerado pelos defensores das democracias. Xô comunistas!
É evidente no artigo, a quem tem o mÃnimo de atenção e boa fé, a artimanha, já bem manjada, dos comuno-fascistas p/ se passarem desapercebidos por seu totalitarismo e intolerância; colocam que #defende liberdade de expressão quem tolera enfáticamente a divulgação das ideias que mais despreza# tentando assim criar narrativa que abra caminho p/ sua guerra ideólogico-cultural, ao mesmo tempo em que fingem se opor ao nazismo e fascismo, ideologias irmãs à sua e tão nocivas quanto.
Impressionante este editorial da Folha . A mÃdia do Brasil nunca admite os seus erros , como pode cobrar do New York Times ?
Uma das raras vezes em que o aparelho de mÃdia neomarxista globalista esquerdista pós moderno nova ordem mundialista etc acerta.
"Ainda assim, são apenas ideias". Não, quase nunca são apenas ideias e, quando são, podem até ter maior impacto do que as práticas sociais. Tomando uma conhecida frase do filósofo grego Epiteto (50 d.C - 135 d.C) "não são os fatos que abalam os homens, mas sim o que se escreve sobre eles", se as práticas racistas são condenáveis, as ideias também devem ser.
O editorial de hoje - O erro do New York Times - me lembrou outro erro gravÃssimo e que também não teve a devida mea culpa, pelo contrário, falo das reportagens acerca da escola base que acabou com a vida de uma famÃlia, e que esta folha foi condenada pela justiça, mas não aceitando fazer uma mea culpa recorreu da sentença.
Ora, com base no artigo, a Fsp precisa fazer sua mea culpa. Nunca vi por aqui algum artigo favoravel a Bnaro, explicito, como são os contra. A Fsp pode argumentar q ha unamidade. Bem, se sabe q a unanimidade é bur+ra. Sera q tudo e ruim? Sera q 30% q o apoiam, boa parcela sem ser radical, estão completamente equivocados? Ñ ha um so simpatizante a escrever? A midia ñ consegue esconder suas tendencias, ou ate, mesmo, confessemos, as pressões q ela sofre muita vezes.
Esta justificativa dos editores da Folha é a mesma dos proto-fascistas bolsonaristas de que os absurdos que defendem, como fechamento de congresso e STF, bem como seus posicionamentos racistas contra indÃgenas e negros, são apenas opiniões e estão garantidos pela liberdade de expressão. A Folha publicaria artigo defendendo o nazismo, por exemplo? Não sejam hipócritas, pois já recusaram artigo defendendo posições da esquerda revolucionária.
Na verdade, o problema do James Bennet com o New York Times começou vários meses atrás quando ele também autorizou a publicação de um cartoon sarcástico envolvendo Netanyahu e Trump. O cartoon foi considerado anti-semÃtico e cabeças começaram a rolar desde então. Admiro a transparência desta matéria da folha. Talvez ela pudesse, portanto, se posicionar em relação ao episódio do cartoon também. Foi certo ou errado publica-lo?
Esta elegante especulação sobre conflitos intergeracionais requer, do observador não engajado, duas notas. Primeiro, os 'velhos' libertários podem estar subestimando o conceito de enunciado ou proferimento 'performativo', que os jovens estudam na escola a partir da obra 'Speech Acts', de John Searle. Segundo, nós da patuleia desconfiamos que os 'filtros' de censura prévia de textos propostos à publicação operam em circuitos da imprensa corporativa muito mais ignotos e obscuros do que sonha etc.
De fato, ao criar suas próprias "tendências", os jornais e periódicos acabam promovendo uma espécie de censura, a algum tipo de conteúdo, que, em tese, contrariaria algum de seus postulados editoriativos. Reclamar de que? Eu, por exemplo, rejeito a leitura de conteúdos escatológicos. Não me acrescenta nada.
E quando vocês dão espaço aqui para figuras como Marco Feliciano, que já disse um milhão de besteiras, inclusive que africanos são descendentes amaldiçoados de Noé? Não basta apenas saber o valor das opiniões, mas saber o valor das figuras por trás delas também.
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