Hélio Schwartsman > Melhor do que derrubar estátuas é reuni-las num parque dos enjeitados Voltar

Comente este texto

Leia Mais

  1. Cesar Ernesto Albieri Silvestre

    Aproveitando a onda: Exluam o nome de Getúlio Vargas de todas as ruas, praças, avenidas e falculdades, pois seus ministros militares faziam declaraçõs explícitas a favor do nazismo. O próprio GV enviou um telegrama desejando boa sorte na guerra a Adolf Hitler.

    Responda
  2. Dea maria Kowalski

    Em Budapeste, após a desmantelamento da União Sovietica, os monumentos, estátuas, que existiam na Hungria daquele período, foram levados para um parque criado para esse fim. São belíssimos e seria uma pena que tivessem sido destruidos.

    Responda
  3. DANIEL PLECH

    'Pelo menos em algum grau, é preciso separar as realizações das pessoas de julgamentos sobre sua biografia'. Exato, Schwartsman, um sopro de sobriedade e razoabilidade em meio ao turbilhão de hipersensibilidade, hipervitimismo e excessos de politicamente correto, que descambam pro anarquismo autoritário.

    Responda
  4. Adailton Alves Barbosa

    Esse tema ainda precisa ser muito discutido.

    Responda
  5. FRANCISCO PUCCI

    É realmente uma ideia interessante e viável. Terá, contudo, de ser alterada a cada geração, pela velocidade em que muda essa sociedade líquida. Destruir nunca, pois, pelo menos, as imagens servem de provocação à reflexão. Os destruidores estão ingenuamente varrendo para baixo do tapete a sujeira que deveria ficar à vista.

    Responda
  6. Jove Bernardes

    Não exitem pessoas estatuáveis, mas obras estatuáveis. Todos somos contraditórios. Temos é de parar de demonizar ou endeusar pessoas, e passar a condenar e elevar obras, atitudes, posturas.

    Responda
  7. Plinio José Marafon

    A Hungria fez isso com as estátuas dos comunistas

    Responda
    1. João Farias

      Tens conhecimento da coleção de estátuas? Informe-nos.

  8. José Cardoso

    Alguns casos são realmente escandalosos.Eu não sabia da existência da estátua do rei Leopold da Bélgica por exemplo. Durante algum tempo o Congo foi sua propriedade particular, já que nenhum país se interessara, em parte pelo difícil acesso. Contratava mercenários que recrutavam trabalhadores nas aldeias à força, matando e mutilando quem se recusava. Estima-se mais de um milhão de vítimas. É como uma estátua a Hitler.

    Responda
  9. Paulo Roberto Schlichting

    Totalmente de acordo.

    Responda
  10. Alan Moacir Ferraz

    Concordo com o articulista. Pensando bem não vamos encontrar muitos estatuáveis ao longo da nossa história. Talvez alguns com ressalvas.

    Responda
    1. João Farias

      Idem, ao passar dos tempos, ideologias e revisionismos, não sobrará um único estatuável.

    2. João Farias

      Idem, ao passar dos tempos, ideologias e revisionismos, não sobrará um único estatuável.

  11. Rui Ghedin

    Destruir estátuas não destruirá o passado da humanidade. A humanidade sempre caminhou direcionada por um instinto de sobrevivência e selvageria, valorizando três pilares, ser rico, ser vencedor, não ser muito diferente.A pobreza os derrotados e os contestadores também possuem suas histórias ,porquê distruir ou negar, na derrota e erro existe muito de ensinamento e aprendizado.

    Responda
  12. ALEXANDRE ROCHA SAFFI

    Melhor que isso seria colocar todas as estátuas e monumentos em rodinhas, pois de acordo com a corrente política vigente, seriam heróis ou bandidos. O Coliseu, por exemplo, obra de uma nação imperialista e colonizadora. O Parthenon, obra de gregos escravistas. E por aí vai...

    Responda
  13. Herculano JR 70

    De fato, não existem heróis.Se ñ forem uns a realizar, serão outros. A conjuntura, ou a base material, é determinante. E ñ deveria haver poder, pelo menos hoje, pq o poder de uns ñ faz ordem p os outros. O poder sim , deveria ser banido pelas barbaridades q fez e faz. Como os povos ñ tem ideias para o futuro agora perseguem o passado. Negar o passado e negar-nos a nos mesmos. E ou todos são inocentes, ou todos somos culpados.

    Responda
  14. LUIZ VALCOV LOUREIRO

    A URSS assim como outros regimes mais ou menos totalitários sempre foram pródigos em impor sua versão da história. Um monumento conta mais sobre os homenageandos do que sobre o homenageado. Borba Gato que era caçador de índios inimigos dos que os ajudavam na empreitada, também matou um representante da Coroa que incomodava seus negócios. Que se explique a sociedade a razão e o contexto da homenagem. Melhor do que apagar a história toda. Isso é que uma sociedade adulta poderia fazer.

    Responda
  15. Paloma Fonseca

    O vandalismo contra os monumentos está mexendo com nossas vísceras, corroendo as representações sobre um passado que parecia bem estável e inocente com seus monumentos erguidos em memória de Fulano ou Beltrano. Concordo que, olhando de perto, ninguém é herói; por outro lado, os monumentos respondem a uma necessidade humana de perpetuar pessoas e seus feitos, pelo menos os que interessam a uma coletividade em dado tempo.

    Responda
  16. José Oliveira

    Eu queria saber se são antirracistas ou um braço desarmado ou não do Talibã? Aqueles senhores que destruíram templos e imagens, que serviço prestaram a eles e à humanidade? e os outros muçulmanos, os protestantes, e os católicos? sobres estes últimos, leia, A chegada das trevas, de Catherine Nixey. Primeiro os monumentos e símbolos, depois o próximo. Delenda a História? Delenda o outro? Delenda tudo? Já fui mais niilista...

    Responda
  17. Ayer Campos

    A distinção sugerida ainda não é satisfatória. Há gradações mais sutis entre Churchill, Borba Gato é o traficante de escravos. Sempre lembrando que um hipotético e alucinatório governo militar nos trópicos provavelmente mandaria derrubar a estátua do Almirante Negro João Cândido, erigida no Rio com a presença de Lula.

    Responda
    1. MARCOS BENASSI

      Po.rra, que falta do Aldir e da Elis... Essa estauta ia dar fila na Roda.

  18. MARCOS BENASSI

    Caro Hélio, achei excelente sua ideia, que o colega Geraldo informa já existir. Ideia justa e precavida, por que se poderá cobrar entrada e, quando o Weintrolha falar sobre privatizar educação pública, manda-se ele calar a boca e administrar o parque. A bem da inovação, pode-se criar a Roda dos Caídos que, a exemplo da antiga 'dos Enjeitados', servirá para lidar com as figurinhas repetidas, permitindo-se sua adoção privada: p.ex., o véio da Havan poderá colocar o Borba Gato diante de suas lojas

    Responda
    1. Ayer Campos

      'Verdades intestinas do mundo?' Seguindo a metáfora anatômica, nada atenua a raiva quando o portador (do intestino, não da raiva) extrai suas disposições e falas das aflições que afetam sua extremidade visceral - suas hemorroidas malferidas.

  19. Paulo César de Oliveira

    Sem heróis, quem servirá de inspiração para os jovens?

    Responda
    1. MARCOS BENASSI

      Gente de verdade, Paulo, que, como os moleques reais, têm pai e mãe imperfeitos, colegas imperfeitos, educação precária na escola, propaganda espúria na TV, amores estropiados de todos os tipos e cores, fazendo dessa zona o amálgama concreto de onde derivam seus comportamentos. Passa-se, assim, menos raiva quando em contato com as verdades intestinas do mundo.

  20. Geraldo da Silva

    Foi exatamente o que eu pensei. Um museu só de figuras enjeitadas. Na Espanha existe o Valle de los Caídos, com as figuras da ditadura franquista. Pois bem, com a democratização ninguém hoje visita esse lugar aziago.

    Responda
    1. MARCOS BENASSI

      É por falta de escarradeiras, Geraldo. Pode-se também colocar no meio do parque um vomitório, que diz-que havia nos salões romanos de orgias, um precursor inventivo e arrojado dos métodos bulímicos contemporâneos.

De que você precisa?

Copyright Agora. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Agora.