Demétrio Magnoli > Pela esquerda ou pela direita, país não dá a mínima para a educação pública Voltar
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O estudo da Lancet referido por Demétrio foi realizado no inicio de Abril, quando não havia dados suficientes sobre o efeito do fechamento de escolas (e também de outras medidas de distanciamento) sobre o espalhamento da covid. Tanto que os pesquisadores tomaram por base estudos feitos para epidemias anteriores, como a SARS e a MERS. Era mais um “palpite educado” que um estudo conclusivo.
O autor se refere à reabertura das escolas na Europa, sem considerar as condições de infra-estrutura e higiene das escolas brasileiras, as dificuldades de logÃstica e financeiras para a reabertura das escolas e falta de apoio do MEC. Critica Dória mas silencia para a falta de apoio à s aulas à distância nas instituições federais de ensino (pelo menos plano de acesso à internet para alunos pobres). Na Dinamarca a taxa de infecção foi de 0,6 para 0,9 depois da reabertura das escolas (Folha, hj).
Demétrio, como sempre, desatualizado.
Não existe descaso. As discussões sobre retorno ocorrem desde o inÃcio do isolamento em março, tanto no ambiente público quanto no privado. Escolas privadas adotaram em grande parte o EAD, mas tal iniciativa não agradou a unanimidade de pais e alunos. Os relatos dos problemas diversos estão na mÃdia. Escolas públicas discutem aspectos sanitários e mecanismos de segurança no retorno presencial, dado que inquéritos junto de pais/alunos apontam dificuldade de acessibilidade ao EAD e aspectos legais
Apenas como comentário, o autor não recomendou o retorno mas, a prioridade para a educação e sua inclusão nos estudos para seu retorno. Nosso maior insucesso polÃtico é a educação. Veja quem nos governa!
O comentarista destila preconceito contra a luta organizada dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e remuneração, quem sabe se o trabalho docente fosse como alguns exemplos da antiga Roma, feito por escravos, assim, sem sindicatos, reprimidos,os professores seriam mais produtivos, deve ser esse, o mundo ideal do Demétrio!
Pois é José, todos que vendem a força de trabalho podem pedir demissão, os avanços obtidos na luta, permitem isso hoje, o que não significa que vamos deixar de lutar contra a exploração, ou você acha que não existe exploração? Me explique como o valor é criado, quem cria e quem se apropria, isso é justo? Ou apenas legal?
Não entendo a comparação. Um professor pode se demitir na hora que quiser. Existem muitas outras profissões alternativas.
Imagine um texto no qual o articulista fala sobre assunto que não entende (saúde) e mistura com assunto que entende ( educação); depois dessa imaginação inicial, imagine também que o articulista mistura tudo numa única proposta sem medir as consequências de suas ideias no mÃnimo esdrúxulas...pois é...a Folha publicou essa sandice em forma de artigo...
Sou ex-aluno do Demétrio, e acredito que esse descaso com a educação pública ,se arrasta a mais de meio século, seja ele com governos de esquerda ou direita. A educação ela só é prioridade na pauta do discurso polÃtico.
Artigo de uma figura que perdeu a credibilidade, virou um tonto que gosta de aparecer com ideias discrepantes. Fundamentalistas da saúde??? Médicos e enfermeiros morrendo às pencas e o jornalista com linguagem bolsonarista os ataca. Professores muitos são do grupo de risco e a volta às aulas os põe em risco. E a vida não deve ser esse produtivismo educacional que um ano de outros aprendizados não escolares decorrentes da urgência da epidemia não sejam importantes para uma formação humanista.
Além do texto importante, obrigado pela dica musical.
O pesquisador da Universidade de Washington em Seattle, Cristopher Murray, declarou recentemente que se a Febre Espanhola ocorresse hoje, mataria mais pessoas do que em 1918 em todo mundo. Ou seja, apesar do nosso aparente progresso, continuamos ainda mais vulneráveis aos efeitos das pandemias. Isso se explica pelo aumento do adensamento populacional, mas principalmente pelo adoecimento da população na forma de obesidade, diabetes e males relacionados. A gente indulge, os vÃrus agradecem.
Demétrio, leio e admiro muito seus textos daqui e dos livros. Neste caso, no entanto, creio que tenha misturado argumentos discrepantes para que seu enunciado fizesse sentido. Não quero nem posso eximir a esquerda de nada, mas ela parece ter entrado enviesada neste texto. Além disso, mesmo reconhecendo que qualquer perda é perda, não concordo sobre o "para sempre" em relação às habilidades cognitivas essenciais. Abraço
"Para sempre" é forte mesmo, mas as janelas de aprendizagem na primeira infância existem sim. O exemplo mais simples é o do "olho estrábico acomodativo". Se uma criança que tem essa situação, não usar tampão na idade certa, a probabilidade de resolver o problema "no futuro", é bem baixa. Habilidades linguÃsticas e sociais também estão sujeitas as janelas de aprendizado. Não é um mês de quarentena que vai prejudicar isso, mas ficar isolado muitos meses, é outra história.
Tem muito palpiteiro ,tipo o Demétrio,falando sobre a pandemia. Seria interessante ouvir a ciência e os infectologistas . Os paÃses que optaram pelo isolamento horizontal estão se saindo melhor e flexibilizando antes as medidas,ou seja, até ,economicamente, as medidas mais duras trouxeram benefÃcios. Isto sem falar em minimizar riscos de colapso de sistemas de saúde dos paÃses.
Assista o DR. Ricardo Zimerman, falando sobre volta das escolas. Professor de epidemiologia e infectologia. Uma vergonha o fato que o jornal dar espaço para o Ãtila, mas não para os epidemiologistas.
Perfeito. Deveria ser publicado em um cartaz na frente de BrasÃlia e afins.
Demétrio, admiro seu trabalho e o leio sempre, porém, permita -me discordar totalmente deste seu texto. Educação é banalizada no paÃs, porém, neste momento, não é adequado crianças assintomáticas se aglomerarem (e como!) em salas apertadas, e, depois, voltar infectadas pra casa contaminando seus avós (pois muitas vivem com eles).
Dou o valor devido à s ideias de Demétrio Magnoli. Sim, a inexistência de distanciamento social nas comunidades de baixa renda, associada à aparente insignificância da disseminação do vÃrus da Covid-19 entre crianças, parece apontar para a viabilidade de reabertura das escolas do ensino fundamental. Não esqueçamos, todavia, que a gurizada pode transmitir o vÃrus aos professores e demais servidores públicos nas escolas.
"Não esqueçamos, todavia, que a gurizada pode transmitir o vÃrus aos professores e demais servidores públicos nas escolas." E pelo visto Demétrio Magnoli não dá a mÃnima importância quanto a este fato não é mesmo!!!
Ele se esquece: a escola é uma comunidade. Alunos, técnicos e servidores com seus respectivos direitos. Se crianças não são vetores de transmissão do COVID-19, o que falta comprovar, técnicos e professores, que são adultos, pegam o bicho. Mas, quem se importa com os profissionais da educação no Brasil, de fato. Os da rede privada são considerados com babás, os da rede pública como responsáveis pela educação. Se morrerem, são carne barata para substituição.
O ponto do colunista está correto. Não faz sentido voltar o comércio, antes das escolas. Por acaso um shopping center não é uma comunidade? O que se pode debater (e o ideal era ouvir isso de médicos) é que talvez não seja hora de voltar nada ainda. Mas não faz sentido voltar outras atividades e manter escolas fechadas.
Sofre o articulista, daquele problema de encontrar assunto e "ser o Diferente".Na GNews, outro dia, tentou ensinar a seus colegas que há uma banalização da palavra GenocÃdio. Todos que ouviram o ministro Gilmar Mendes referir-se a GenocÃdio, entenderam perfeitamente a conotação dada a palavra (desnecessário o "puxão de orelha" do erudito). Aqui,foge de evidencias claras de que paÃses europeus fecharam as escolas, e apesar de terem feito um isolamento eficiente, voltaram com aulas espaçadas
Tá tudo certo, só esqueceu de ver que a pandemia aqui não está controlada, encher escolas só se for pra matar professores e funcionários. E algumas crianças, são menos afetadas, mas são.
O Sr. está muito enganado. Quando estudei em escola pública,na época do Regime Militar, era onde todos queriam estudar. Escola particular, era chamada de "PPP, Papai pagou, passou". Depois que os governos chamados de "democráticos" assumiram o poder, vimos as escolas públicas virarem o que são hoje, em sua grande maioria. Excesso de direitos e nada de deveres. Aluno bate em professor. É proibido reprovar um aluno. Só péssimos exemplos. Ah, desculpe, pra vocês era ditadura.
Contextualizando seu comentário, o ensino público na época da Ditadura Militar é para poucos, só depois quase no final da Ditadura e começo da abertura democrática é que o povão teve acesso ao ensino público, com a construção de inúmeras escolas e a não destinação efetiva de recursos públicos para promover uma educação melhor, esse é o fator gerador de uma educação menos profÃcua. Portanto, não era a Ditadura que fornecia uma melhor "Escola".
Errado, sr. Ribeiro. Aos fatos. Foi no governo militar (1966) que se assinou o famoso acordo MEC-Usaid para abrir o ensino à iniciativa privada. E foram ainda os militares que, em troca pela delação de professores esquerdistas, franquearam as portas a empresários como João Carlos Di Gênio, pioneiro dos cursinhos pré-vestibular, e outros investidores do ensino privado. Foi tudo calculado. Os militares da época sabiam, como os de hoje, que é mais fácil dominar um povo ignorante.
O Brasil está se tornando um paÃs cada vez mais triste de se viver!
É sempre assim: quem não trabalha na educação básica pública é cheio de soluções para ela. Além disso, erra no trecho raso em que diz que a preocupação da esquerda é só remunerar professores. E por que não deverÃamos remunerar bem os professores? As mesmas experiência e ciência, citadas pelo colunista, já cansaram de mostrar que professores bem remunerados é um dos fatores principais para melhorar a educação de um paÃs.
Não, Sô Zé... Pretendo valorizar quem precisa ser valorizado, independente de ser de esquerda ou direita. Mas, infelizmente, tem pessoas como você que olham para o céu e só vêem a remela dos próprios olhos. Fazer o quê, né Sô Zé? Risos...
...não pretendo a perfeição na escrita...naturalmente. Só pretende o salário.
Adriano, corretÃssimo seu comentário. Professores devem ser muito bem remunerados e isso devia ser pauta de esquerda, direita e centro (mas não é, os trabalhadores da educação que lutam por isso) e o argumento do erro de concordância com o objetivo de desqualificar é tÃpico de quem não tem argumento.
Bruno, releia o que escrevi antes de discordar. Vais encontrar o erro da sua argumentação pobre. Carlos, você só encontrou esse erro de concordância para desqualificar o que eu disse? Nossa... Estou bem na fita, então! Risos.... Pois, não pretendo a perfeição da escrita.
...professores bem remunerados são um dos fatores... quem defende os professores não deveria escorregar na concordância.
O comentarista diz que o articulista "erra" quando diz que a esquerda vê a educação com os olhos do sindicalismo, preocupando-se apenas com o salário do professor; mas, em seguida, pergunta por que não deveria haver essa preocupação... com isso, ele confirma o acerto da afirmação do autor da coluna. (p/MJ).
A elite não está protegendo os filhos. Crianças pequenas fechadas em apartamentos, sem interação com os pares e atividades ao ar livre, por longos perÃodos, terão sérios problemas cognitivos e de saúde no futuro. O custo virá para os filhos da elite também. Nos próximos anos veremos explodir doenças ligadas a depressão, imunidade, e os resultados acadêmicos caÃrem. Com ou sem acesso a internet (que nem é recomendável nessa idade). Não faz sentido abrir comercio e fechar escola.
Alexandre, o ideal é que ninguém se contamine, mas as crianças tem baixÃssimo risco com essa doença. Menos de 1% dos casos confirmados no mundo são em crianças e mesmo as que tem a doença, rarissimamente tem um quadro severo (algo como 10% precisam de internação - não é UTI, é atendimento em hospital). Ai é uma questão de ponderar custo x benefÃcio. Ninguém nunca fechou escola por causa do risco de pneumonia que mata 800 mil crianças todo ano. O Covid não matou 500 no mundo todo ainda.
O Melhor é todos se contaminarem não é mesmo!!! Me poupe.
O ilustre colunista já exerceu o magistério em escola pública? Evidente que não e por isso desconhece um fato elementar: a escola pública transformou-se num restaurante popular com atividade pedagógica, salvo poucas exceções. Os 200 dias letivos foram pensados para garantir 200 refeições. O ano letivo de 2020 está perdido para todos, em especial os mais de 40.000 brasileiros que faleceram e os muitos que ainda virão. Os alunos dispostos a aprender podem recuperar o tempo perdido. Os mortos não.
Demétrio , sempre sabedor das coisas. Até sobre a polÃtica americana sabe mais que os analistas de lá. Me poupe gênio.
Joao Marcelo, concordo com vc e cabe ressaltar o acerto do colunista: se a escola publica tivesse melhor qualidade o Brasil teria melhores condiçoes de escolha na hora do voto. Baixa qualidade educacional= baixa qualidade de vida .
Realmente Demétrio está certo. Se o paÃs e os brasileiros realmente dessem atenção a educação publica não terÃamos Bolsonaro como presidente e muito menos um ministro da educação que não possui sequer formação na área. Comando uma equipe de 30 professores que estão usando seus celulares pessoais e sua própria internet para manter seus alunos ativos com os estudos e em segurança neste perÃodo , tudo em parceria com os pais. Educação não se faz somente dos portões para dentro da escola...
Não valorizar a Educação ,Ciências e outras áreas de Pesquisas que trazem progresso faz parte do legado cultural e histórico deixados pela antigas metrópoles na época do descobrimento da América Latina.
Parabéns Sr. Demétrio.O que nós podemos fazer para mudar esta realidade é que precisamos descobrir de modo prático.Mudando governantes? A sociedade brasileira, em sua maioria, não valoriza a educação como deveria.Então, a sociedade é que precisa tomar a atitude de mudança.
Eles fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e a desigualdade vai se perpetuando.
Demetrio está certo. CertÃssimo. Em qual paÃs civilizado um um i d i o t a como esse Wein-traub teria resistido no cargo? A elite não liga para a educação. Nunca ligou. Aliás, até uns vinte anos atrás nem era assunto na imprensa. Lembro bem porque me escandalizava diariamente.
O que o colunista propõe é que nós que temos filhos os mandemos à escola para testar o acerto de sua hipótese cientÃfica. Se der errado será, no máximo, mais uma questão filosófica, não é? Péssimo!
We don't need no education...
Se os alunos forem para a escola antes do pico da pandemia, contaminarão os idosos que estão em casa.Não é só sabonete que falta nas escolas,mas também papel toalha e higiênico,com poucos vasos sanitários...Ê melhor perderem este ano letivo do que se perder vidas por causa dele.
Onde estão os representantes do “povo” e da “democracia” - Câmara e o Senado - q/não fazem valer os direitos das crianças das Escolas Públicas?
Sim é verdade que parte das escolas retornaram sua missão na Europa , mas tambem houve revezes , comparar os modelos como se bastasse um nome em um quadro de planejamento é anacrônico , pois como explicitado de maneira contraditoria , nao ha saidas simplistas de 60 dias para seculos de exclusao.
Antônio revezes há, mas tb há prioridades. Na Inglaterra escolas voltaram antes da reabertura do comércio. Aqui reabrimos o comércio sem dar condições mÃnimas pros pais trabalhar...
E caso de acionar o Min. Educação e Min.Publico em nome dos direitos desses alunos.
Os do mumumúúúú zumbirão que isso é mimimi, basta deixar esse texto algumas horas ao ar livre para constatar o enxame
Em Israel houve um aumento de casos duas semanas apos a reabertura das escolas, chegando a ter 130 casos numa só escola. Depois disso, a ordem é fechar escolas em que apareçam casos de Covid.
Eu fico pasmo com a capacidade das pessoas de pegar um caso e tentar transformar em justificativa para um comportamento irracional. Israel fechou duas escolas, por mais um pequeno prazo. O que significa isso diante dos 280 mil alunos que voltaram as aulas nas escolas reabertas, e que assim permanecem? A França também fechou por mais duas semanas 70 escolas, das 140 mil que reabriu. A dimensão dos números deixa bem claro que reabrir as escolas não é o ponto principal de contaminação.
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