Mario Sergio Conti > Num conto inédito, um Hemingway que ainda não parodiava a si mesmo Voltar
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Là O Velho e o Mar quando tinha uns 12 anos. Logo depois de Por Quem os Sinos Dobram. Na análise, Mário Conti guardou a casca, e jogou o suco fora. Há vários elementos em Hemingway. O macho glorioso, como quem quer provar alguma coisa. O escritor de frases telegráficas e potentes como um jab de direita. O americano irreverente que exibe sua independência ao Velho Mundo, mas que se embriaga na felicidade dos simples, em sua grandeza exemplar. O maior crÃtico do racismo de todos os tempos.
Vale a pena dar uma olhada no artigo de Robert Manning, de uma visita a Hemingway em Cuba. Acha no Google, Hemingway in Cuba, Robert Manning. Ano de 1965, quando EUA e Cuba já não se bicavam. Hemingway está todo ali. Esse do Mário Conti, eu não sei quem é.
Se dizem cultos, letrados, todos vocês -inclusive você que está perdendo tempo lendo esse comentário - mas vendem até o bagaço da laranja.
'A burrice é uma força da natureza'. (Nelson Rodrigues). Essa e outras estão disponÃveis na coletânea 'Flor de obsessão': 'As 1000 melhores frases de Nelson Rodrigues', organizada por Ruy Castro e custa só uma dúzia de laranjas maduras no sebo da feirinha de Pinheiros. Einstein arremataria o elegante comentário: 'Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta'. Fica em casa e cuide-se bem.
Sim, somos cultos e letrados, mas também gostamos de dinheiro. Algo contra? Ou grana rima com ignorância?
Maxima concessa venia, 'Por quem os sinos dobram' é o melhor de Hemingway. Está entre a centena dos melhores livros de todos os tempos. Não há sino que não dobre a esse selvagem da literatura. Se formos passar a régua com tamanho rigor, só se salvariam os russos; ninguém mais.
Maxima concessa venia, unicamente os russos desencadearam em mim a 'SÃndrome de Stendhal'. O que não implica deixar de apreciar e reconhecer os demais titãs da literatura universal. Henri-Marie Beyle, Proust, Balzac, Flaubert, Baudelaire, Rimbaud, Camus, Genet,
Vc já leu Stendhal? Então prepare para refazer a sua lista.
Este texto é interessante. Podia ser usado como exemplo de incompreensão, empáfia e glosa acrÃtica de outro texto. É praticamente uma paráfrase atualizada (mais ou menos) do artigo bem conhecido de dwight macdonald.
O artigo de Mario Sergio Conti é bom pelo tema. Mas é escrito com as tintas da incompreensão. Nos limites de um breve comentário, destaco: "“Quem está morto sempre aparece. Mormente se o morto se chama Ernest Hemingway”.Para todos escritores dignos do nome e para todos os leitores que gostam de uma boa prosa, Hemingway não está morto. Talvez ele se matasse pela segunda vez se lesse as opinioes desse texto.
Caro Conti, Primeiramente grato por brindar-nos com um tema delicioso, tão raro nesses áridos momentos. Permita-me apenas observar que os crÃticos consideram que a melhor obra de Hemingway é O sol também se levanta. Nela, o protagonista é um homem blasé mas frágil, amante da emoção e da beleza plástica das touradas, mas desiludido com o amor. Ao final, não é Jake (personagem autobiográfico?) o mais forte, mas a sedutora Brett, que parece brincar com meninos mimados e traumatizados pela guerra
Acabo de ler o inédito Pursuit as Happiness. Lembrei cada momento de minhas andanças por Havana e Cojimar. Fez-me esquecer a multidão de turistas chineses no Floridita, e me lembrou do cheiro e dos diferentes tons de azul do Caribe. A autenticidade, a beleza e a ironia de Hemingway são inconfundÃveis neste conto. Imortal, como seu autor.
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