Excelente texto. Assistindo novamente aos jogos na íntegra, estou vendo que a seleção de 70 era uma excelente seleção, mas como tudo no mundo, com suas falhas. Mas o que fez a seleção ganhar a copa foi o fato de que cada um fez o seu melhor quando precisava, e falhou quando podia. Felix falhou em alguns gols, mas foi um leão (desculpe o trocadilho) contra a Inglaterra. Por fim, concordo com o Juca e o Tostão sobre Didi. Não teve o reconhecimento como treinador por questões não futebolísticas

Assisti a todos os jogos daquela copa. Foi a melhor seleção de futebol nos últimos 50 anos. É simples e incontestável.

aquela seleção era composta por bons jogadores, mas o brasil ganhou a copa de 70 por causa de pelé e por causa do calor. felix era um frangueiro, piazza, volante, era escalado de zagueiro, everaldo era um lateral fraco (todos os gols foram pelo lado dele) e só foi escalado porque medici era gremista. medici caiu, everaldo também. era muito dificil fazer gol, por causa do esquema, mas pelé e o calor ajudaram a que eles saissem. o mesmo esquema, repetido até 74, se mostrou um fiasco.

A CBD, hoje CBF, era formada pela corriola que terminou no xilindró. A picaretagem corria solta, exceto Machado de Carvalho. Saldanha e Didi seriam muito superiores. Zagalo pegou o bonde em 70 porque Aimoré e Feola eram da corriola carioca. Pepe e Coutinho eram muito superiores a Vava e Zagalo em 58/62. Zagalo cortou Ademir da Guia, Dirceu Lopes por Miranda e PC. Dadá e Rivelino eram queridos de Médici. Edu no banco em 70 foi pura sacanagem. Edu foi o melhor das eliminatórias, disparado!

O Brasil teria logrado melhor resultado e feito ainda mais gols, inclusive com um futebol mais bonito e desenvolto, caso Edu (e não Paulo César Caju ou Rivelino) houvesse atuado pela ponta esquerda. Simplesmente porque Edu faria na ponta esquerda o que Jairzinho fez pela direita. Não teríamos passado o sufoco inglês e o aperto uruguaio. Tostão está devendo fazer jus ao mais injustiçado craque de uma seleção brasileira, nunca escalado por Zagalo, sequer um minuto em 70/74: Edu Molejo, do Santos.