Hélio Schwartsman > Voto flexível Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Excelente oportunidade de testar o voto facultativo que há muito já deveria ter sido implantado.
'Pelo menos neste pleito, o voto deve ser facultativo'. Neste pleito só não, Schwartsman, em todos! Voto facultativo já!
Extremamente relevante a opinião do Hélio Schwartsman. É uma alternativa emergencial e responsável. O voto facultativo neste ano corrobora com o esforço de reduzir as aglomerações e mantém o calendário eleitoral previsto.
Que se busquem alternativas, o que não pode é a esperteza dos grupos que queriam adiar. São os mesmos que ganharam as mais recentes e estão queimados.
O pior não é o dia da eleição em si, mas as campanhas municipais, que envolvem intenso contato com a população. Serão aglomerações durante alguns meses que antecedem ao dia do pleito. E não adianta falar que dá pra fazer tudo "online" porque haverá aglomerações. PolÃtico é polÃtico...
Já que precisa de emenda a constituição para adiar as eleições, poderia aproveitar para acabar com o voto obrigatório. Se bem que as sansões são tão leves que na prática ele já é facultativo.
O TSE abriu no dia 19, em sua página na Internet, consulta pública para coletar contribuições de órgãos e entidades a respeito dos impactos da pandemia nas eleições municipais de 2020. O bom seria flexibilizar a justificativa eleitoral, de modo que aqueles que não se sintam seguros possam se ausentar do pleito, justificando online. O presidente do TSE já se manifestou no Roda Viva a respeito das medidas sanitárias que podem ser adotadas para o eleitor (e o mesário) se sentir seguro ao votar.
E os mesários, o colunista se esqueceu deles? Além de ficarem muito mais tempo expostos ao público, estão sujeitos a multa se não comparecerem, o que não ocorre com os eleitores, que tem a opção de justificar sua ausência via correio, mesmo com o voto sendo obrigatório
Bem lembrado, Tersio, os mais expostos serão os mesários, que ficam o dia na seção eleitoral, ao contrário dos eleitores, que votam em questão de minutos (podem até ficar meia hora ou uma hora na fila, mas em geral não têm de manter proximidade com o eleitor e demais colegas durante oito ou dez horas). Aqueles que vêm risco 'a própria vida poderão justificar o voto.
O voto tem q ser livre a qq tempo. Mas, sempre bom lembrar, q se vota pra rodar o poder, q é corr+upto na essencia, como limite ao poder, ñ para escolher o melhor representante, como nos querem fazer crer. Gera contradição: vc vota pra limitar o poder mas ele te obriga a votar e nem esse poder vc limita. Mais importante q discutir eleição é no que seremos representados. Qto menos serviços e poder no estado a representação e menor.
Parece muito apropriado para o momento discutir esta questão; entretanto, creio necessária uma discussão ampla sobre a obrigatoriedade do voto. Um direito conquistado a duras penas pode nos ser imposto como obrigação? Podemos criticar a escolha do eleitor Bozófilo, mas não seu protagonismo: sua imensa maioria sairia de casa para expressar sua vontade. E os progressistas?
Continuo querendo volto facultativo. Gostaria de experimentar a sensação de ir votar não porque sou obrigada, mas porque fiz a escolha certa para tal ou tal cargo, seja por impulso conservador ou progressista.
Não gosto do termo 'progressista', dentre outras coisas, por isso: como um qualificativo tão autocongratulatório pode suscitar dúvida sobre 'sair para votar'? O 'progressista' seria o comprometido com o progresso e com a justiça; como ficar na intenção sem o gesto? Na 'brecha' entre a intenção e o gesto, o desejo ou crença no 'progresso' poderia esmorecer?
Este texto sensato e oportuno traz à tona uma questão importante de caráter mais geral: o voto obrigatório. Sei que o tópico é complicado, mas penso que as últimas eleições nacionais mostraram de sobejo que o voto compulsório tende a incitar sentimentos negativos e obsessivos entre a intenção sóbria, pré-racional, sob contraditórios, e o ato decisório final, na urna - de descarga afetiva.
Melhor ainda seria flexibilizar o voto presencial e introduzir outras formas. O voto por carta existe nos EUA e Alemanha, por celular em Portugal, etc.
Caro Gustavo, reconheço que essa pode ser uma discussão interessante, mas não creio que seja viável. Nossos velhos hábitos de encabrestamento do eleitor, o controle contemporâneo do território pela milÃcia e pelo tráfico, e, não menos importante, a influência afetiva e espiritual dos Neopastores sobre seu rebanho, não recomendam formas de voto que permitam controle individualizado das escolhas dos cidadãos.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Voto flexível Voltar
Comente este texto