A realidade do país e muito diferente da realidade dos grandes centros urbanos. Enquanto a maioria da população não têm acesso ao saneamento básico (água potável e esgoto) e a moradia, prioridade das prioridades, assistimos a uma hipervalorização inconsequente do que é virtual. Enfrentar a miséria de verdade dá muito trabalho e é impossível só no mundo virtual.

Talvez o "novo normal" venha a demonstrar também a fragilidade de um mundo virtual, onde alguns privilegiados vivem na sua bolha, sustentados por uma grande massa de gente com os pés na realidade. Afinal não se produzem arroz, feijão, carne, casa, infraestrutura... somente no mundo virtual... O Corona vírus evidencia a necessidade de respirar; o excesso de contatos digitais não provocaria reação contrária, da necessidade de contatos presenciais para a humanização da vida?