Samuel Pessoa > Celso de Barros e o centrão Voltar
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Concordo, na hora de pagar imposto ninguém aceita mais. A sociedade americana que defende a atual estrutura de impostos é a mesma que está elegendo populistas como revolta contra a desigualdade. A conta não fecha, querem mais pagando menos. Esses impasses na história não são rompidos em consensos. Isso é muito perigoso dependendo de quem romper o consenso.
Não é comum eu concordar com Samuel Pessoa. Concordei desta vez. Realmente a esquerda não faz trabalhos mais consistentes para aprovar uma reforma tributária condizente com seus argumentos. Em tempo: eu sou de esquerda.
O PT deve e tem contas a acertar com os movimentos progressistas do paÃs. À hegemonia lulo-petista devem ser debitados alguns dos pontos levantados pelo colunista. É chegada a hora para a emergência de uma esquerda não dogmática e não sectária.
Perfeito! Eu que já discordei de muitas das colunas deste articulista, desta vez não tenho como discordar desta vez! O PT nunca teve a progressividade como central nos seus programas eleitorais nem governamental! Estou absolutamente tranquilo porque sempre votei no PT nas disputas presidenciais, inclusive no primeiro turno, com exceção de 1989, quando votei em Brizola!
Não temos muitas evidências empÃricas, ou estudos econômicos, de que a sociedade não é favorável à elevação da progressividade dos impostos. Isso mais parece o conceito de "vontade geral" de Rosseau, que era manipulado conforme as conveniências do polÃtico de plantão. Os partidos polÃticos perderam muito de suas representatividades, pois se envolveram em corrupção. Cabe aos "iluminados" economistas mostrarem à sociedade como alguém da elite paga menos impostos proporcionalmente à sua renda!
Parece que o articulista carece de ideias próprias, então, ataca o colega com uma argumentação pÃfia que não se sustenta. Espero que o Celso não se dê ao trabalho de *bater boca* com esse suposto intelectual, pois há temas mais importantes a serem tratados clamando seu talento.
Talento de quem? De Celso Barros? Tá lento...
O sr. articulista fala em "convencer a sociedade sobre ...". Ora, ora; os formadores de opinião estão todos no 1% ou 0,1% de que diz o texto. Logo, o jeito é cantar como nos ensinou aquele general-gnomo: "se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão". Mas parece que o tal general já mudou de opinião, meu irmão.
É evidente que o Centrão não tem ideologia, da mesma forma que é evidente que o mesmo segue a lógica do “quem pagar mais, leva”. E quem paga mais? Quem detém o poder econômico. Os ricos! Logo, a pauta natural do centrão é de direita, exceto nas poucas ocasiões em que a esquerda, estando no poder, consegue “alugar” parte do Centrão com cargos.
Esse "consenso na sociedade" é a forma que o colunista encontra para amenizar o "quem pagar leva". Nunca serão servidores ou o gasto social, nesse caso. Aliás, virou moda culpá-los pelas mazelas do paÃs, em que pesem favores estatais gigantescos com a festejada 'iniciativa privada'.
Indigência intelectual é atribuir os gastos relativamente elevados do governo no Brasil a governos de esquerda. O nÃvel dos gastos públicos se explica pelas metas da Constituição Federal de 1988 que esse colunista demonstra não respeitar.
isso é o que acontece quando economista se mete em ciência polÃtica sem mais.
Pessoa defende o Centrão como Delfim Netto, um de seus fundadores. Banalizando-se a corrupção restabelece-se a harmonia. Além do inferno só devemos temer juro e câmbio; este mata, aquele aleija. 'Centrão' é filme pornô com roteiro franciscano. Está pra nascer o economista que se contenha em falar só sobre o que sabe. Quando começou a comprar almas, o diabo criou o Centrão, o BC e os neoliberais para fazerem o Brasil de Baixo pagar os patos do Brasil de Cima na reforma tributária do Ipiranga.
Samuel Pessoa toca num ponto caro aos economistas: que função de bem estar social acopla a vontade popular ? A turma progressista teria uma função de bem estar social que exigiria tributação excessiva de quem tem posses e rendas. Mas o problema é que taxar propriedades está pra lá de complicado e a renda alta agrupa grupo privilegiados, mas de pequena dimensão em número de pessoas. Não temos respostas satisfatórias. O governo emprega batalhões. Aà estaria a mina. Tributos neles!
O Centrão do articulista deve ser outro. O real tem, sim, ideologia. É direita escancarada. Tem representantes dos carteis, das grandes corporações, do agronegócio, das empreiteiras, dos banqueiros e é favorável à economia de mercado. Se veste, às vezes, de esquerda só para chantagear o governo.
Mas o centrão esteve presente ao lado do PT durante seus anos no poder.
O centrão vai sempre apoiar retirar direitos trabalhistas e previdenciários
de onde o articulista tirou que, 'aparentemente, a sociedade não é favorável à progressividade dos impostos'? mais um achismo, dos muitos que vitimam esse paÃs?
Gostaria de saber em que manual de ciência polÃtica, de sociologia ou mesmo de macro-economia o colunista encontrou a afirmação de que "ter lado na polÃtica" equivale a ter uma "ideologia fechada". Nossos "conservadores no costume e liberais na economia" estão aà para mostrar que têm um lado muito bem demarcado na polÃtica, mas assumem ideologias variadas e, no caso, bastante incoerentes entre si.
Há outro aspecto a discutir. O INSS é o segundo maior custo do orçamento. Se retirar desse custo o pagamento do LOAS, o déficit do INSS some. Só fica o da previdência dos funcionários públicos, que é integralmente financiado por impostos. Parte do que é arrecadado em impostos é transferida para essa classe bem-aventurada, com renda média 80% maior do que a dos funcionários da iniciativa privada e aposentadorias pelo valor integral da última remuneração. Tira dos pobres, passa para os ricos.
Antônio, pode ter sido muito penalizada, mas dá show na turma da iniciativa privada com salário 80% maiores e aposentadoria pela remuneração integral. E mais: estabilidade no emprego. Na atual crise, já se foram 8 milhões de empregos, por enquanto. Algum na área pública? Não! É por aÃ, é a lei Robin Hood ao contrário: tira-se dos pobres, passa-se para os ricos. .
A categoria mais penalizada nas deformas previdenciária são os servidores civis
Neste ponto concordo com o articulista. Não houve, durante todos os governos ou campanhas do PT qualquer destaque no tema da progressividade dos impostos. Acho que é um tema urgente para atacar a desigualdade social no Brasil.
Análise interessante sobre a relevância do Centrão. Podemos afirmar que a estrutura tributária regressiva é defendida por esse segmento polÃtico há muito tempo.
A questão é: esse segmento polÃtico fará o que for preciso (à direita e/ou à esquerda) para se perpetuar, pois manobra ao sabor dos ventos
Uma reforma tributária progressiva decente teria que elevar as alÃquotas máximas do IFPF até 50% ou mais. O problema é que isso afeta os altos salários mas deixa de fora os PJ por exemplo.
Ou seja sempre pessoa fÃsica pagando a conta
Até quando vão insistir nessa história de que "A sociedade queria" a reforna da previdência?? Convenhamos...
Afirmar que o consenso polÃtico que se expressa é de esquerda é demais da conta.
É uma mistura de duas coisas: miséria intelectual e mau caratismo.
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