Hélio Schwartsman > A nova face do racismo Voltar
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Racismo velado , mais um motivo para a oportunidade nunca ser igual para todos.
Esse professor, que não concluiu o doutorado na Argentina, e por isso não realizou estágio de pós-doutorado na Alemanha, não poderia realmente ter sido ministro da Educação, responsável por todo o sistema de ensino federal, pela Capes, FNDE e Inep: é algo grave se atribuir tÃtulos e experiências de estudo e pesquisa que não possui, e ainda querer gerir uma pasta responsável por fomento e avaliação de cursos. Mais grave ainda é aderir a esse governo.
Não se pode ser leniente com figura pública que embute no seu currÃculo obras e cursos inexistentes. Isso independe de sua condução de raça. Encobrir com o manto do vitimismo quando esse deslize é praticado por um preto é covardia, mas a maior covardia, no caso em questão, foi protagonizada pela FVG.
paulo eduardo se esquece que há ministros do atual governo federal que fraudaram suas informações curriculares e que andam leves e soltos, vendo jesus em goiabeiras afora ou passando a boiada na legislação ambiental. condenar fraudes é mais que elementar, mas o que não se explica (ou ao menos não ocorre a paulo eduardo) é porque a pena cabe a um docente negro e não a um *entrepreneur* branco de olhos azuis. em tempo, não conheço fundação sob o acrônimo FVG, mas sim FGV.
Concordo com as ponderações do colunista. É possÃvel que a rigidez das crÃticas tenham uma perspectiva racista aÃnda que não intencional. Por outro lado, a raça não pode eximir figuras públicas do julgamento público, fundado em elementos objetivos. Parece-me o único ato de covardia e oportunismo como colocado muito por Élio na coluna de hoje, é a nota da FGV.
A reflexão do Helio escancara a sociedade moderna; o racismo estrutural ganhou força em detrimento do explÃcito. No caso do quase ministro Decotelli, vejo que o bolsonaro tentou usá-lo como um troféu, um cala-boca aos que o acusam, com razão, de racista, porém, os erros do indicado acabaram reforçando o racismo nosso de cada dia, o que me parece injusto, pois os brancos também mentem descaradamente no Lattes. Esse evento motivou muita gente a aliviar suas mentiras no Lattes. Podem conferir.
CorretÃssimo, Valdo Neto! Lembra-se o que Bolsonaro respondeu quando lhe perguntaram o que ele acharia se um filho dele se relacionasse com uma negra? Ele quis foi afastar a pecha de racista com a nomeação de Decotelli. E a propósito: penso que mentir sobre CurrÃculo é um desrespeito com aqueles que trabalharam duramente para conquistar Formação. Seja branco, negro, azul ou vermelho.
A criança loira brasileira pode ser a melhor aluna do colégio , mas sempre será taxada de - polaka loira bur-- . Da pré escola ao pos doc .
Chamar uma loira brasileira de "East european girl" é o que? Elogio ?
fui censurado 2 vezes . adivinhem por que ?
Nada haver com racismo, quiz dar o jeitinho brasil e quebrou a cara, deixe de hipocrisia e assuma.
Estamos falando também do racismo implÃcito no jornalismo que tem pouquÃssimos negros em suas redações e não contempla a pauta das questões raciais com a relevância que merecem.
Helio está absolutamente certo. Que cada um de nós busque (todos) os preconceito escondidos no fundo dos nossos subconscientes.
Aconselho fazer o teste citado pelo colunista. Quem passar pode dizer que não é racista. Não é fácil.
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Não acredito q este D E B I L O I D E escreveu uma sandice dessas sob a pecha de querer mostrar algum conhecimento. Não há "outra espécie", seu semi a n a l f a b e t o. Essa comparação só seria cabÃvel ao se comparar vc (q tem o c* onde era p estar a boca e vice-versa) com os h.sapiens propriamente ditos. Seu comentário foi devidamente denunciado. Espero q o jornal tome uma providência e espante esta r a t a z a n a d volta pro esgoto.
Mas há um detalhe importante que deveria ser ressaltado. Os port. roubaram o Brasil dos Ãndios. Aseguir levram os negros para aÃ, contra vontade deles. Os portugueses eram gatunos, e todos os outros brancos foram para o Brasil saciar a sua fome, quando a Europa se encontrava na maior miséria - devido a revoluçao industrial. Quem deveria se sentir com + direito no Brasil e ter preconceito de quem?
Nenhuma espécie de preconceito pode ser aceita. Discriminação não está dissociado do preconceito. Não estamos mais nos defendendo de ataques externos para sobrevivência. Este argumento é tão racista quanto aquele que defendia a escravidão e suas mazelas com os argumentos da superioridade branca. Somente mentes racistas podem sustentar este tipo de argumento.
Excelente definição de racismo velado. Só nós, os negros sabemos disso. Decotelli foi sim vÃtima deste viés racista que, de acordo com a cor da pele, pode sofrer os rigores da lei e da crÃtica, e não menos óbvio, das investidas investigativas e demeritórias da imprensa que foi o que ocorreu neste caso. Sem querer justificar os erros cometidos pelo ex-ministro, mas este tratamento implacável não foi dado a outras figuras públicas (Alexandre de Morais, Dilma, Witzel e outros). Pergunto: Porquê??
Reconheço ser difÃcil ser colunista diario tem de achar assunto escrever alguma coisa. O texto não se aplica ao caso do professor. Branco ou negro o que vale é seu procedimento aliás ele reforçou o a falta de carater agora quando incluiu ter sido ministro quando sem a posse não chegou a ser!!
Brancos certamente não reconhecerão este tipo velado de racismo. Só nós os negros percebemos, sofremos e sentimos em inúmeras circunstâncias da vida. Engraçado que em situações semelhantes ocorridos com outras figuras públicas, o tratamento, o achincalhamento, a perseguição implacável não se deu da mesma forma como ocorreu com o ex-ministro. Na verdade o que impera nas mentes racistas é isto mesmo: se o erro for cometido por um branco, não é nada tão reprovável assim. Quanta hipocrisia!!
Prezado sr. Hélio Schwartsman, pelo que vi, o professor Decotelli não foi derrubado. Ele se derrubou pelas inconsistências no CurrÃculo. E, no caso, aconteceria até com qualquer um. Ora, todos sabemos que a imprensa está de olho atento nas personalidades! Como um sujeito infla o currÃculo daquela forma? Que isso sirva de lição para todos.
Estimados Edson Pereira e Leonardo Oliveira, vocês estão corretos ao indignarem-se com os outros pilantras citados. Merecem todo o nosso desprezo. E, lembrando o sr. Abraham Weintraub, se eu pudesse, os poria na cadeia (a começar, por ele mesmo, o Weintraub) - pelo menos até refletirem sobre o que é certo e errado. Mas, eu lhes pergunto: o que tem a ver os casos dos branquelas que vocês tão bem lembraram e o do sr. Decotelli? Ele tem um ótimo currÃculo, por que quis turbiná-lo?
Claro, Vicente! Esse pessoal que está passando pano para Decotelli, vitimizando um infrator doloso, não entende que a conivência em um caso não justifica a tolerância com o inaceitável noutro caso similar. É o contrário: o caso de Decotelli deve ser tomado como exemplo para a exoneração de Damares, Salles e outros ministros charlatões, tão desonestos e mentirosos quanto Decotelli. Possivelmente, Paulo Guedes também.
Não chama a atenção de vocês (brancos) o fato de que outras personalidades públicas que também cometeram o mesmo erro não tiveram o mesmo tratamento implacável, principalmente pela imprensa?? Figuras públicas como os ministros do STF Alexandre de Morais e Carmen Lúcia. A ex presidente Dilma. O atual governador do Rio de Janeiro Witzel. O atual prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivela. Todos inflaram seus currÃculos!! Porquê só Decotelli foi achincalhado e praticamente lixado??
Vicente, a Damares Alves e o Ricardo Salles também inflaram os próprios currÃculos, foram desmascarados e seguem lá até hoje. Pra você ver que não acontece necessariamente com qualquer um, daà o questionamento se houve racismo ou não no caso do Decotelli.
Não tem cabimento acusar os crÃticos de Decotelli de racismo, mesmo que velado, no lamentável episódio da falsificação do seu currÃculo ou rotular de racistas as pressões para a exoneração deste indigno ex-ministro de cinco dias. Ele nem deveria ter sido nomeado. Sua indicação foi uma absurda e inaceitável vergonha, que contaminou ainda mais a já tão desgastada imagem do MEC. Cabe até investigação criminal por estelionato deste oportunista espertalhão. Não se pode tolerar esta sua conduta.
Edson, quem está levando em conta a cor é você, e não eu, que sequer mencionei outra coisa como causa do meu juÃzo, senão o que Decotelli fez. Não seja tão preconceituso.
Quanto racismo e preconceito neste seu comentário!! Sem querer justificar os erros de Decotelli, mas chama-lo de indigno ou dizer que nem mesmo deveria ter sido nomeado tal posição não é preconceituosa?? O problema foi seu currÃculo turbinado ou a cor da sua pele?? O problema foi a falta de veracidade no lattes ou ele ser o primeiro ministro da educação no Brasil?? Falar em investigação criminal por estelionato?? Por favor Sr. Rafael Calegari, suas colocações denunciam o quanto és racista!!!
Como é que se chama o cara que põe legendas em fotografias ? Pois é. Avisando ele que os outdoors fazem parte de uma campanha de valorização do negro, através da divulgação de mensagens que haviam sido postadas em redes sociais. Não são, portanto, como as legendas dizem, meios de injúria, mas de defesa.
Acho de tremendo oportunismo um artigo raso como esse, utilizando a imagem do ex-quase ministro da Educação, no dia seguinte a ele ter lançado em seu currÃculo os dias em que esteve para ser empossado, como Ministro da Educação por 6 dias. MitomanÃacos e farsantes não tem cor, raça e credo.
isso aconteceu também com joaquim barbosa e luislinda valois.
O colunista não tem o menor constrangimento em escrever platitudes sobre o racismo. Há autores brasileiros negra e negros de agora e de antes, cujos livros são facilmente encontrados no mercado, que dissecam o racismo com escrita e análise de altÃssima qualidade. É difÃcil não passar à prática da vontade de ofender gente que tem acesso a um meio de comunicação tão potente e que é displicente no tema mais importante do Brasil. Complicado.
Na verdade, situações como essa só servem para reafirmar o privilégio branco e o quanto ainda falta para o fim do racismo: muito, mas muito mesmo.
2No Eua, o latino é mais discriminado q preto, nem cidadão americano pode ser, e por isso ñ faz manifesto como faz o cidadão americano da cor de pele preta. Racismo em nossos dias é discriminação da pobreza. Veja o caso dos nipo descendentes, ñ são discriminados. Pq são ricos e cultos, pois vieram de pais adiantado, vieram pra ensinar ñ aprender. Alias, no Brasil o racismo e ao contrario. Estrangeiros vindos da Alemanha, Eua, França, etc, tem prestigio. Nem perdem sotaque justamente por isso
Sim, racismo na verdade é a discriminaçao de raças diferentes da nossa. No Brasil, como já tem sido comentado ultimamente, há preconceito contra pobres, que um leitor classificou de pobrismo. Como descendentes de escravos, os negros sao os + pobres nao só no Brasil. É um cÃrculo vicioso, como sao + pobres nao sao cqualificados, ao contrário dos brancos que você cita. Esperemos que a mÃdia insista no assunto até que os nao negros sintam vergonha de discriminarem os negros e seus descendentes.
Caro Hélio, mais de uma vez mencionei aqui nos comentários a noção de *lugar no imaginário* da pessoa negra, tanto para o branco quanto para o preto. O garoto preto da quebrada cedo aprende que ser dotô não é pra ele; mais realista e condizente é a posição de traficante, com poder e respeito tangÃveis e com um caminho viável delineado bem à sua frente. Essa é uma construção sutil, mas composta por uma infinidade de brutalidades corriqueiras que se vive desde que se começa a andar e, [CONT.]
[Última] e uma mudança voluntária no comportamento para que tenha lugar alguma transformação. Cito um exemplo pessoal: cerca de 20 anos atrás, na *segurança* de Londres, me peguei atravessando a rua na madrugada quando em minha direção caminhava gente escura. Tive estranhamento e vergonha por me ver reagindo de modo incompatÃvel com aquela mistura de pretos e brancos, mais *igualitária* do que a nossa. Foi autopercepção essencial para compreender que ainda havia algo de podre na minha Dinamarca.
[CONT.] e, portanto, profunda e pouco acessÃvel. Vale também para o branco, de modo inverso: a barbárie, as piadinhas, a mera observação das posições exercidas por pretos na sociedade que o cerca; tanto para um quanto para outro, cria-se uma noção implÃcita de lugares sociais adequados. Aqui chego ao ponto que entendo essencial: isso só se muda por atos de vontade, nunca de modo natural. Deixando correr, essa construção se perpetua geração após outra. É preciso uma crÃtica pessoal [CONT.]
O racismo é muito mais sério e danoso q as pqs negligências ou diferenciações que o colunista elenca sumária e superficialmente. Aliás parece que o colunista não tem assunto para tratar do tema. O racismo estrutural é muito mais sérios. Cabe pouco nesse espaço, mas sério é o racismo se vê na predominância de negros nas covas e nas celas, e é muito mais do que mera disposição do guardinha quanto a um baseado. E as desproporcionalidade de negros nos bancos universitários, nas catedral, nos cargos?
Caro Luiz, ocorre que o grande racismo se compõe por pequenas peças, adicionadas ao longo de um tempo importante em nosso desenvolvimento. Por favor, dê uma lida em meu comentário acima, meio zoado por conta do sistema desta Folha, mas inteligÃvel com um pouquinho de boa vontade.
A queda do professor Decotelli é melhor explicada pelo antibolsonarismo. A questão da FGV poderia até ser contornada, já que ele de fato dá aulas na pós-graduação lato sensu; o problema foi ter incluÃdo no currÃculo o tÃtulo de doutor pela Universidade de Rosário sem ter defendido a tese. Ficou numa posição insustentável e os antibolsonaristas são implacáveis.
Ops, quem derrugou foi o bolsonarismo, pra não se desgastar, se fosse pelo anti, meu amigo, o do meio ambiente teria que estar fora faz tempo não é mesmo?
Tendo a concordar com você, Paulo. No caso do ministro, parece-me que ele enfrentou uma terrÃvel má-vontade para com o governo. A despeito de falsear seu currÃculo, provavelmente seria muito melhor do que seus antecessores; ocorre que, após um milhão de Bozonarices, 110% delas est.úpidas, a tolerância social está próxima do zero. E a est.upi.dez palaciana interna botou os últimos pregos no caixão ministerial.
Decotelli foi atingido muito mais fortemente no âmbito interno do governo, pela disputa das facções bolsonaristas, que pelo antibolsonatismo (esse atuou na mÃdia). Facções religiosas e ideologicas, além do centrão, fizeram enorme pressão para impedi-lo de tomar posse, pois tinham cada uma o seu nome para defender as suas agendas polÃticas. Os escândalos de fraude no currÃculo apenas fizeram ele perder o apoio dos militares, a faccao bolsonarista que havia sido agraciada com a indicação do cargo.
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