João Pereira Coutinho > Vivemos entre a vontade de sermos livres e a vontade de pertencermos a alguém Voltar
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Uma mulher casada, bela, sensual ao redor de 30 anos de casamento, história de uns 15 amantes, amores em série, em casa com o marido sentado em um sofá pensava meio indignada: "O que esse entulho está fazendo na minha frente?!" Atualmente da classe nédia para cima 80% dos homens e mulheres casados já tiveram pelo menos um caso extraconjugal - mulheres sempre em série e homens numa configuração radial, isto é, 2 a 5 amantes ao mesmo tempo.
Cada vez mais o João Pereira Coutinho nos brinda com textos de elevada qualidade. Pena que alguns leitores façam comentários açodados, sem reflexão. Essa ânsia de opinar sobre tudo e todos é um mal dos tempos atuais, por conta das redes sociais. Leiam, releiam, reflitam. Não dói. Quem sabe um dia também consigam escrever ótimos textos.
Por outro lado, a quarentena, ao nos forçar a uma convivência próxima 24 x 7, nos permitiu entender melhor o outro ou a outra. E reforçou muitos laços. Essa visão de que só houve aumento de separações eu a considero como tendo um viés negativo para as relações duradouras. Elas são possÃveis e contradizem o consumismo (até de corpos) que caracterizam o mundo contemporâneo.
Yuval N. Harari, em seu "Uma Breve Historia da Humanidade - Sapiens" , p. 51, descreve o pensamento dos adeptos da teoria da "comunidade antiga", e esta afirma que aspas as infidelidades frequentes que caracterizam os casamentos modernos e o Ãndice elevado de divórcios, sem falar da profusão de complexos psicológicos que acometem crianças e adultos, todos resultam de forçar os humanos a viver em famÃlias nucleares e relações monogâmicas, que são incompatÃveis com nosso programa biológico aspas!
enquanto isto em Portugal, terra do colunista, algo foi feito para prevenir o amor mantido a sexo, abriram os motéis mais cedo, mais só entrava um de cada vez. Vai comentar sobre futebol, Caio.
Li o texto com a impressão de que está se confundindo "amar" com "possuir". Como se amar fosse incompatÃvel com o viva e deixe viver. Foi descrito uma mistura do amor romântico com o platônico, em que se ama a idealização da pessoa amada e não ela própria, ou se ama a idealização do próprio amor projetado em alguém. É uma visão egocêntrica e pouco empática com a pessoa com quem se relaciona. Amar tem a ver com convivência e respeito à singularidade do outro, não é um cargo Ãntimo a ser ocupado.
Acho também que é possÃvel amar e ser livre ao mesmo tempo, não há uma terrÃvel escolha a ser feita aqui. Talvez as pessoas precisem refletir mais sobre o amor e a liberdade.
Muito bom!!
E tu, bom homem, desejas pertencer a quem? Desejas que te comam ou queres permanecer pela eternidade à vista daquele que te ama?
O amor romântico se tornou - o espÃrito em condições sociais em que o espÃrito está excluÃdo - , como dizia o Marx. Com o declÃnio das religiões virou o ópio do povo.
Coutinho, ao lê-lo, presentifiquei "A história do amor no Ocidente" de Denis de Rougemont. BelÃssimo texto.
Não tenho provas, mas a forte convicção de este tal de Pascal Bruckner copiou LuÃs Vaz de Camões!
teste
Esperamos do amor o que nem ao menos temos a dar pra pessoa amada...
O terceiro parágrafo foi só pra não ficar mal em casa? Rsrsrs
A postagem de comentários não está funcionando, por 'tilt' do 'sistema'.
Solicito a supressão dos comentários redundantes, resultantes de falha do sistema. Grato, Ayer
JPC chega à maturidade intelectual (e afetiva) com um cabedal de experiências bem refletidas e elaboradas. O texto supera toda a literatura e filosofia (de autoajuda ou não) produzida até agora sobre esse tormentoso assunto. Para ponderação: será que um assunto tão relevante para a subjetividade contemporânea só poderia ser pensado e escrito com tamanha lucidez por um expoente da tradição conservadora?
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