Opinião > Entregadores de aplicativos precisam ter contrato de trabalho? SIM Voltar
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Bem escrito
Disse tudo!
Perfeito!
O nobre Procurador tem razão. Isso ocorre por conta de um Estado omisso que flerta com desvalores liberais. Esse bico travestido de trabalho está em simbiose à economia de caráter neoliberal. Eis aqui um exemplo claro que estamos inseridos na conjuntura de auto-regulação do mercado. Fecham-se os olhos para o que é conveniente, ainda que seja imoral!
Ótimo resumo!
Ambos os artigos foram muito bem escritos e, embora antagônicos em suas conclusões, creio que já existe uma solução que abarcaria os pontos trazidos nos dois textos. Trata-se da Parassubordinação, figura do direito italiano que já passou da hora de ser adotado no brasileiro. É um meio termo entre empregado e trabalhador autônomo, caracterizado pela dependência ecônomica do trabalhador em relação ao tomador do serviço. O Brasil já copiou tanta coisa do direito estrageiro, por quê não tentar?
Não resolve. Também na Itália os entregadores protestam e fazem eventos grevistas...
No filme “Sorry, we missed you” (no Brasil intitulado “Quando você não estava aqui”), Ken Loach escancara a falácia da “liberdade” desses “empreendedores”.
As vidas dos entregadores deixaram de importar, como se fossem robôs e não seres humanos, seus argumentos até funcionariam em perÃodos do Brasil Colônia, não nos dias de hoje. O mesmo que ocorreu com as empregadas domésticas, deve acontecer agora.
Gostei do debate promovido pela Folha ao publicar os dois artigos na mesma seção. A narrativa de que os trabalhadores de aplicativo são "empreendedores" quer encobrir a responsabilidade de empresas multinacionais que sugam a energia de milhões de trabalhadores. Seria o mundo perfeito para o capital: sem risco, sem gastos com meios de produção, só o lucro. Seria, não fosse a reação que já ocorre mundo afora como a paralisação do dia 1/7 no Brasil e ganhos na justiça do trabalho na Europa.
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