Demétrio Magnoli > Banalizar o genocídio é uma forma de vestir a omissão com os andrajos do radicalismo retórico Voltar
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Os 'excelentÃssimos' ministros do Supremo, que tanto se locupletam em criticar os outros e posar de paladinos da moral e da justiça social, deveriam tbm utilizar-se da autocrÃtica pra reconhecerem a sua cÃnica conivência ou a ação deliberada a favor de imorais remunerações pagas (pelo povo) aos juÃzes deste paÃs (inclusive as deles próprias), que não raro ultrapassam os 100 mil mensais... Quando, ministros e congressistas, derrubaremos os infames penduricalhos à elite do funcionalismo público..?
a inflação da liguagem tira o lastro daquilo que usamos para nos referir ao mundo e à s ideias. essa desvalorização tem consequências no esafacelamento de consensos sociais mais básicos. de todo modo, é um fenômeno amplo, e do qual o próprio magnoli participa. “bruxo da virgÃnia”, citado recorrentemente nos fóruns magnólicos, também não cumpre a mesma função hipérbólica? isoladamente ou em genocÃdios, o que se gosta de queimar não são as “bruxas”? jung disse que há sombra em TODOS nós.
Radicalismo retórico é dizer que "não é coveiro" ou perguntar "e daÃ, quer que eu faça o quê?" quando o assunto é a obscena quantidade de mortos. O colunista também esquece que é perfeitamente possÃvel matar um enorme contingente apenas deixando morrer. Violência retórica é apaziguar o descaso.
Concordo com o Demétrio. Gilmar, Bozo e Pazuelo se merecem. Quando o Gilmar voltar de Portugal vão se reunir para encher a cara de vinho do Porto e comer pão com leite condensado. 3 grandes picaretas! E os idiotas continuarão discutindo o significado correto de genocÃdio!
As comunidades indÃgenas, necessitam de forte proteção do Estado e foram intencionalmente abandonadas por este governo. O que está ocorrendo é a utilização oportunista, de uma arma biológica. Não se trata de simples omissão. O fato dessa arma ter sido naturalmente produzida, não exime o governo de responsabilidade. A eliminação ou eventual inviabilização de alguma das etnias indÃgenas, hora em curso, abarca e configura, amplamente o significado e o conceito de genocÃdio.
Perfeito o comentário. Tornou supérflua indagação que eu faria ao articulista sobre este ponto especÃfico.
Atenção, Folha de São Paulo: você me informou que Bolsonaro ligou para Mendes e Pazzuelo para Gilmar. Agora leio, informado por Demétrio, que foi Gilmar quem ligou para ambos. Exijo retratação.
Realmente estão usando e abusando na tipificação de um crime gravÃssimo, chamado de genocÃdio para qualquer atitude que possa colocar em risco a integridade fÃsica de pessoas ou até mesmo ao óbito. Isso tem outros nomes: imprudência ou negligência, que requerem indiciamento, julgamento e eventual condenação por tribunais comuns e não internacionais (que cuidam basicamente de crimes contra a humanidade em conflitos ou guerras)
Desde o inÃcio, Magnoli defende uma posição muito próxima à do governo, em relação, por exemplo, à necessidade de isolamento e quarentena. De todos os jornalistas da Folha, sempre foi o mais simpático à falácia do *deixa morrer o povo, desde que salvemos a Economia* propalada por Bozo. Precisa dizer mais?
Quando o Bozo for denunciado no tribunal penal internacional, você volta com a sua ladainha. Vamos ver ela se sustentar.
Fas cis toi des*
Retire seus andrajos fas cis tou dês e vista o manto da decência e da luta pela igualdade social.
Deixe de ser fas cid toi de, DM, e faça td exatamente como eu, RSM, acho q voce deve fazer, ser e pensar! Entendeu??
A crÃtica de Magnoli vai ao ponto certo, o 'radicalismo retórico' - supostamente interditado a um magistrado. Mas talvez ele mesmo exagere as consequências do exagero ('hipérbole') de Gilmar.
Seu palavrório pedante e cansativo, Magnoli, apenas demonstra quem vc realmente é...um bozo na ris ta ressentido, hehe
Esta suposta crÃtica ao colunista é tão...tão...pueril - é como a reação de uma criança que chama o coleguinha de 'feio!'...
Gilmar nem sabe o que é GenocÃdio.
Gilmar falou bobagens sobre GenocÃdio
Mata-se a saúde, a educação, o meio ambiente...guardadas as devidas proporções e num sentido lato sensu pratica-se um genocÃdio , não?
O colunista demonstra mais uma vez sua postura independente em relação ao tema - pandemia. Bem ao contrário dos que buscam aplausos fáceis e irrefletidos da grande massa e de alguns setores da imprensa.
Há uma insanidade geral, com pitadas de psicopatia. O supremo tirou das mãos do governo federal a condução ao combate ao vÃrus, vimos corrupção estadual e municipal. Bem ou mal em relação a mortalidade/habitantes estamos em 14, melhor do que USA, Canadá Suisa, Inglaterra, etc. Qto ao uso de mascaras por meses a própria OMS não aconselhou. H.Cloroquina também teve idas e vindas. Deixem de mi-mi-mi e vao catar coquinhos...
E é exatamente por isso que estamos em 14!
1.Demétrio já foi um dos faróis do bom pensar. A bateria anda fraca. Sou dos que combatem a corrupção, vulgarização e banalização do sentido das palavras. No entanto o uso por Gilmar, não se enquadra nesses casos, mas de uma questão objetiva.
Bem, Evans, parece que temos aqui uma contradição performativa: ou bem o delito é enquadrável como 'genocidÃo', ou no código penal, como 'charlatanismo'. Colaboremos para combater 'a corrupção, vulgarização e banalização do sentido das palavras'. A 'questão objetiva' visada por Gilmar precisa ser designada de maneira minimamente compartilhável...
2.Ao impor abjeta e autoritariamente o uso de um medicamento como a cloroquina baseado apenas em seu interesse ideológico, consensualmente condenado pela Ciência em todo o mundo, Bolsonaro e colaboradores incorrem no artigo 283 do Código Penal que tipifica o charlatanismo *Charlatanismo, Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalÃvel:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.*
3.Ao vetar o fornecimento de máscaras a grupos indÃgenas ameaçados de extinção decorrente da inação do seu governo em barreiras sanitárias nos aeroportos, portos e fronteiras do PaÃs, alegando falta de recursos o faz com dolo, posto que 75% dos 40 bilhões dispostos ao combate da Peste, se encontravam sem uso no MS.
4.O crime de genocÃdio, não é julgado apenas no Tribunal de Haia, mas em qualquer Corte Federal Brasileira, está tipificado na Lei 2.889/1956 que define e pune o crime de genocÃdio *Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religiosoÂ… c- submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição fÃsica total ou parcial;* J.Kubitscheck.
5.*Lei 7;209-1984 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: d- Crimes de genocÃdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; General* J. Figueiredo. Já houve julgamento e condenação por GenocÃdio cometido em 1993 por garimpeiros contra Ãndios, confirmado pelo STF em 2006, com César Peluso como relator. Em Haia, ou no Brasil, Jair Bolsonaro e colaboradores não escaparão do Julgamento da História, e não escaparão do Julgamento dos Homens.
Acho que a intencionalidade está caracterizada a) pelo conjunto da obra, impedindo a destruição de equipamentos de madeireiros e garimpeiros em terras indÃgenas b)exonerando fiscais c) reduzindo verbas de fiscalização d)armando invasores. Mas a intencionalidade se apresenta também especificamente quando veta o fornecimento de máscaras aos indÃgenas aprovada pelo Congresso, de forma cÃnica, alegando infundada falta de verbas, já que 75% dos 40 bilhões disponÃveis estavam sem aplicação.
Prezado Ayer, e se desÃdia e omissão forem disfarces para a intencionalidade, o que teremos?
Os argumentos do comentarista são fortes, mas não categóricos. Resta aplicar a 'régua' para definir a fronteira entre 'intencionalidade' e 'omissão'.
Demétrio, a você e ao General Fernando Azevedo, com todo o respeito, sugiro a adoção de uma régua para medir a partir de quantos milhões de mortos, como armênios, judeus, bósnios ou ruandeses, podemos considerar genocÃdio.
De fato, os malabarismos do articulista nada acrescentam à exposição do desastre, e omitem o essencial. A militarização das polÃticas públicas, ainda que só aparente o aparelhamento massivo dos postos de governo com militares e a flagrante incompetência, trata a população como inimigos e está inextricavelmente ligada ao racismo, de fundas raÃzes históricas. A mortalidade dos negros e pobres fala por si, para não citar a violência das polÃcias. GenocÃdio, sim.
Muito bom o argumento de DM. Atualmente, as pessoas tendem a exageros e ao uso de termos sem conhecimento da história. Fascismo foi usado sem parcimônia por gente que sequer sabia da existência de Mussolini. Cansei de receber mensagens de gente pobre, intelectualmente, receitando como resistir ao fascista JB. Isso com todas as instituições funcionando. Patético!
Bolsonaro debocha do brasileiro e dos seus eleitores, sabe que sendo eleito pode tudo; Povo ingrato e tão egoista que mistura religiao com governança publica, como so pensa no seu quadrado é ignorante, cordeiro e não reage frente aos desmandos daqueles que chegam ao governo os enganando para eleger-se. Durmo tranquilo, pois tendo o grave defeito de pensar no proximo, busco sempre pessoas com historico de respeito a vida, e que tenha no curriculo trabalhado para o bem estar social
O articulista faz piruetas retóricas apenas para polemizar em torno do conceito de genocÃdio. O mal maior ou os males do mundo não são estáticos, fixos, imutáveis, como não o são as linguagens, os contextos históricos e as próprias leis. Quando alguém nessa republiqueta tem a coragem de usar as palavras definidoras e denunciar as atrocidades, surgem os polemistas apegados aos seus repertórios filosóficos.
A pandemia é global e ampara a penalização internacional. Há nova jurisprudência à vista. O andrajo da tecnicalidade não exime o crime humanitário. À parte não haver um estado de guerra declarado, seja étnico, ideológico ou religioso, para lastrear a tipo penal tradicional do genocÃdio, o fato é que o morticÃnio há. De tal ordem que levou o Planalto ao córner, agora acuado. A polÃtica sanitária de morte em massa a céu aberto não será objeto da PGR de Aras. Aguarda-se o CF da OAB, além de Haia!
Demétrio, Reinaldo e Palocci militaram na 'Libelu'. Do trotskysmo ao neoliberalismo foi um passo. Uma coisa é desqualificar o cÃnico compadrio pragmático de Gilmar. Outra coisa é a leitura negacionista da jurisprudência mutante. Demétrio ignora solenemente o fato, para além da jurisprudência, da materialidade factual quanto ao genocÃdio dos povos da floresta. Demétrio banaliza, sim, os clãs tribais. Péssimo jurista. Infamante:'Um Povo Só'. Igual à tese de Weintraub! O genocÃdio é explicito!
Sobram crimes tipificados na legislação nacional - artigos 131 (perigo de contágio de moléstia grave), 132 (expor a vida ou a saúde de outros a perigo direto), 197 (obrigar alguém, com ameaças ou violência, a trabalhar ou não durante o perÃodo de instabilidade), 267 (causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos), e 268 (infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa) -, previstos no Código Penal. Haia é o próximo passo!
A reação 'acuada' do governo é fato objetivo, mas não assevera por si o tipo penal, tão-somente o reconhecimento das lambanças de diversas ordens.
Concordo. Carnificina é um termo mais preciso.
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