Ilustrada > Livro 'Alienação e Liberdade' revela enigmas do Frantz Fanon psiquiatra Voltar
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É uma enorme frustração para um branco paulistano como eu, nascido e criado num bairro de imigrantes portugueses e italianos, como eram meus avós, chegar aos 60 anos, sem jamais ter conseguido dividir a experiência do racismo, que meus amigos de pele negra sentiram toda a vida. Tudo o que eu pude fazer todos esses anos foi me solidarizar com eles, e sapecar discursos anti-racistas para os racistas. Mas não é a mesma coisa. Sempre me foi impossÃvel sentir o que meus amigos sentiram a vida inteira
Tenho os dois livros dele, Peles negras, máscaras brancas e Os condenados da terra. Este último uso em meu trabalho de pesquisa. Vou comprar está nova. Até bem pouco tempo, os franceses não liam Fanon pq ele coloca o dedo na ferida e expõe as agruras e crueldades da colonização francesa. Hj é um dos mais lidos lá. Recomendo a leitura dos livros a todos.
Me lembrei de Eric Williams, autor do clássico historiografico *Capitalismo e escravidão* (1944). Williams também nasceu no Caribe e morreu por causa de um câncer. Será que Fanon leu Williams, ou simplesmente eles fazem parte de toda uma geração que teve acesso a uma boa formação nas metrópoles e contestou o colonialismo a partir de sua própria experiência da colônia e do racismo? Essa história geracional, de matiz negra, parece ser muito fascinante.
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