Ilustríssima > Racismo na literatura brasileira é profundo e criminoso, afirma escritor Voltar
Comente este texto
Leia Mais
E por acaso, ilustre comentarista, quem não é "genuinamente branco" é tratado como branco? Não sofre a mesma discriminação de quem é "genuinamente negro"? daà sendo legÃtima a proposição de que deve ser tratado como negro. Esse temor de se reconhecer racista é que acho engraçado.
Continuando: Você deve ser branco, mas tem a mesma ilusao do Movimento Antirracista. Acha que aumentando o n° de negros diminui a discriminaçao. Estao enganados. Quem discrimina negros e seus descendentes continuará a fazer isso, nao importando o n° dos discriminados. Tem que haver pressao no Estado para fazer com que os racistas se envergonhem e educar seus filhos desde pquenos para nao seguir o exemplo dos pais.
Silvio, suponho que você se refere a mim. A sua filosofia é tao estranha que só um sociólogo poderia interpretá-la. De qualquer forma, nao só os meus comentários, mas todos os outros, se referem a ser negro ou mulato/mestiço. Como cada um é tratado nao está em discussao. Para quem domina o idioma português negro é quem nao demonstra mistura; quem é misturado é mestiço.
Como alguém que sabe ler e ainda por cima lê jornal, pode ter uma interpretação tão medÃocre de um texto tão claro? Não estou certo se a ignorância precede o racismo, ou se o racismo precede a ignorância. Certamente ambos sempre estão ligados.
Tom, você dá uma brilahnte aula sobre autores mulatos brasileiros e talvez algum negro entre eles. Peca em insistir na paranóia do Movimento Negro em classificar como negro quem nao é genuinamente branco. Quando vocês vao captar que com isso estao causando danos morais ao negar a identidade das pessoas? Você próprio cita "raÃzes negras". Se a pessoa tem só raÃzes negras, entao tem raÃzes brancas também, e assim é mestiço/mulato. Continua
Continuaçao 6 para Franco: E quem se atreve a dizer que sou negra é mesmo o que já escrevi no comentário anterior: ign...rante, racista e filho da p..ta! Pronto! E se tiver o atrevimento de dizer isso à minha frente, de quebra ainda leva uns tapas na orelha. Afinal acho muito bom a Folha estar divulgando com frequência sobre o assunto. Vou tentar escrever diretamente ao jornal e dar sugestoes para tentarem pressionar os órgaos competentes para se empenhar no combate ao racismo da maneira certa.
Cont. 5 para Franco: Com que direito os antirracistas querem arrancar as minhas raÃzes, acabar com a minha identidade e me jogar no mundo desgarrada., sem ninguém! Ou eu tenho que ir bater à porta de negros genuinos e obrigá-los a me aceitar como membro da famÃlia? Eu sou contra a injustiça, desigualdade e discriminaçao dos negros e sou uma defensora ferrenha das cotas para as universidades, mas nao sou negra, sou mulata com muito orgulho!
Cont. 4 p. Franco: Agora, para apoiar os realmente negros classificar todos os seus descendentes como negros (52% da populaçao bras.) está totalmente errado. Vou lhe dar o meu exemplo. O pai do meu pai era negro. Acontece que eu nao tive a sorte de o conhecer. Meu pai, que afinal era branco, por causa da mae, morreu jovem. Eu fui criada com a minha mae loira e a famÃlia dela em um bairro de classe média em SP, onde infelizmente nao havia negros.Infelizmente eu nunca tive contacto com negros.
Cont. para Franco: Já sabendo o que preconceito pode causar, começam a ensinar as crianças desde que nascem que o que diferencia as pessoas é o carácter e a inteligência. Nota-se desde o jardim da infância que para as crianças a cor dos amiguinhos nao importa. Acho que sobre este artigo alguém comentou que quem é racista vai continuar racista, e é a triste verdade. O racismo deveria ser combatido antes de surgir. Continua
Continuaçao para Franco: Deveriam aproveitar e falar sobre a escravidao, em que condiçoes os negros foram levados para o Brasil e as condiçoes sub-humanas viveram aà durante 400 anos. E que depois de libertados nao tinham nada e continuaram pobres. Que alguns conseguiram construir bens, mas a maio nao, etc., etc. Certamente você nao desconhece o que Hitler fez com os judeus de 1948 a 1945. A Alemanha está ficando cada vez + cheia de estrangeiros vindos de todo o mundo - muitos negros africanos.
Franco, você me chama de racista e ignorante, mas você próprio demonstra analfabetismo - leu o texto mas nao entendeu. Releia-o e verá que Tom cita vários mulatos como negros, até o Padre Anchieta entrou na lista. Negro é quem tem pele preta, tá bom? O que o Movimento Negro deveria fazer seria insistir para educarem as crianças em ,especial nas escolas particulares, ensinando que há pessoas de diferentes cores e tipos que umas nao sao melhores do que as outras.
Cont. 3: Por que uma pessoa dessa há de ser negra? Como jornalista você tem a obrigaçao de esclarecer o povo e nao ficar ficar distribuindo minhocas!
Cont. 2: O Brasil sempre foi conhec. e admirado mundial. pela miscigenaçao de seu povo. Na Europa o pessoal quer sempre saber a ascendência de alguém que nao parece genuin. branco. Quando ouve que um bisavô branco estava em cima de uma árvore esperando caça e jogou o laço na bisavó Ãndia que surgiu, levou-a para casa e se casou com ela, e uma filha dos 2 casou-se com um holandês, e do lado paterno a avó era branca e o avô negro, e o resultado disso é a pessoa à sua frente, eles ficam fascinados.
Continuaçao: Na escola sempre se aprendeu que Machado de Assis era mulato, mas agora vocês chegaram ao cúmulo de pintar a foto dele de preto e estampar no jornal. Esqueceram de colocar-lhe uma peruca com cabelo encarapinhado.O Brasil deveria dar exemplo aos USA de como combater o monstruoso e rançoso racismo deles, e nao começar a imitá-los. Espero ainda viver o dia em que criem o "Movimento Pela Igualdade De Todos Os Cidadaos No Brasil, Nao Importando a Sua Ascendência".
Acrescentem Laurindo Rabelo (1826-1864), militar, médico, poeta e professor. Quanto a Cruz e Sousa, tive contato com a obra dele na segunda metade dos anos 1980, e nunca soube que tenha sido descrito como branco. O livro escolar tinha uma foto dele, que não deixava dúvidas quanto a ser negro; o mesmo quanto a Machado de Assis, que nunca ouvi dizerem ser branco. No mais, há que lembrar que a crÃtica literária estuda os autores por sua importância, não pela cor da pele. Machado é prova disso.
Os americanos tinham fazendas de criação de escravos, podiam ensinar-lhes a ler e a escrever, a cantar nas igrejas, e ainda assim, sendo negros, eram escravizáveis. Era uma escravidão "moderna": origem das teorias racialÃsticas. Não à toa os nazistas se inspiraram nas leis raciais americanas.
O nosso, até chegarem os trabalhadores europeus no fim do oitocentos por inspiração das novas teorias pseudo-cientÃficas (e também depois do susto dos escravocratas com a revolução haitiana), era uma escravidão "clássica": o escravizável era o negro "bárbaro". Por isso tivemos tráfico até o fim da escravidão.
E por isso também, em todo o século XX, investimos tão pouco em escolas, o "escravizável" é ainda o diferente cultural. A cor da pele continua um Ãndice de uma diferença cultural.
Praticamente toda a nossa elite cultural até a grande migração européia do fim do século XIX era mestiça, não branca ou negra. A dificuldade está em usar os modelos mentais herdados dos movimentos anti-racistas americanos para entender o nosso racismo. Lá a separação é propriamente por cor de pele, aqui era, até então, cultural.
Querido amigo, Tom Farias, seu texto é brilhante.
Não pretendo discutir o racismo, visto ser, ele, tema complexo melhor debatido pelos que relatam perseguições étnicas, mas não deixo de perceber uma certa contradição ao saber que Machado de Assis, reconhecidamente negro, era escritor conceituado, autor de incontáveis obras e presença constante na imprensa do Rio de Janeiro, tendo sido fundador da Academia Brasileira de Letras, da qual é patrono. E isso há mais de um século.
Bom artigo, mostrando o número de grandes personagens de nossa literatura com ancestralidade africana. Seria até surpreendente não ser assim, dada a imensa quantidade de pessoas trazidas da Ãfrica ao longo de 300 anos. Mas há uma tendência de ocultar essa origem, a menos que seja evidente como no caso do Lima Barreto.
Muito bem, com ancestralidade africana. Esperemos que os jornalistas da Folha aprendam isso. Contudo nao se pode deixar de agradecer a eles por estarem frequentemente focando o tema. É o tal negócio, falem mal mas falem de mim.
O racismo e bastante real e precisa ser combatido. Esse combate se da na busca dessas figuras e na valorizacao de suas producoes, se elas assim merecerem. Dai a dizer q existe um complo historicp na literatura brasileira vejo um grande salto. A literatura brasileira como um todo e desconhecida, monopolio da inteligentsia brasileira, que nao parece querer abrir mao dele. Para valorizarmos os autores negros precisamos valorizar literatura primeiro, sem educacao isso nao ocprrera nunca
Machado de Assis e Gonçalves Dias não eram negros nem brancos mas sim mestiços, ambos mulato claros, 1/4 negros e 3/4 brancos.
Que alÃvio ver que ainda há brasileiros que conseguem raciocinar! Resta esperar que seja a maioria.
Esse raciocÃnio não procede. Chamarei filhos de negros com brancos de mulatos ou, se tiverem fenótipo quase predominantemente negro, de negros. Não está certo querer apagar os ancestrais brancos das pessoas, fazendo com que qualquer filho de negro com branco seja negro, para assim inflar o número de negros no Brasil. Estamos no Brasil, não nos EUA. Que nossa história de miscigenação, mesmo com ressalvas ao modo como ocorreu, não seja apagada para servir de farinha no caldo dos radicais.
Perfeita a sua interpretaçao, Barbara. Eu sou descendentes de vários povos, sou clara mas tenho fortes traços negroides. Chamo de ign..rante, racista e filho da p...ta quem disser que sou negra. Nao que eu nem branco genuino seja melhor que negro. Simplesmente negro é quem tem pele preta; quem tem mistura de diferentes etnias ( brancos, negros, Ãndios, japoneses, chineses) é mestiço.Outra classificaçao só mostra ig...ancia e racismo.
O seu comentário - racista diga-se de passagem - é a prova real de que o racismo precisa ser discutido, evidenciado, combatido.
Com todo respeito, a senhora não entendeu nada do que leu, só falou besteira, seu racismo ficou claro.
Machado de Assis era mulato. Mulato, 'filho de uma lavadeira açoriana branca e de um mestiço pintor de paredes, este, de mãe escrava', como descreve artigo do escritor português Ferreira Fernandes nesta Folha. A ala radical do movimento negro brasileiro quer nos impedir de usar os termos "mulato" e "mestiço" para designar filhos de negros com brancos; no caso de "mulato", alegam motivos etimológicos, como se tivéssemos que purgar todas as palavras da nossa lÃngua que têm etimologia desvantajosa.
No 'Olhos d'água', de Conceição Evaristo, as histórias são rasas e apelam para o sentimentalismo.A autora mata uma porção de personagens negros para que o leitor sinta pena deles. Erros ortográficos, superficialidade, apelo barato às emoções para mascarar uma escrita amadora, histórias curtas. Foi elogiado muito mais por motivações ideológicas - a autora diz que sua produção literária foi tardia por causa do racismo, quando na verdade foi porque ela não tem talento, mesmo - do que por qualidade.
Faltaram Cruz e Souza, filho de escravos alforriados, um dos nossos maiores poetas. E também talvez Castro Alves cujas fotos e de sua familia mostram um componnte de ancestralide negra embora seja ocnsiderado brando. Mas todos esses nomes foram grandes por que foram simplesmente gigantes, independente de virem a ser considerados negros ou não.
O problema é que para a esquerda, todas as disparidades que existem no mundo constituem evidências prima facie de injustiça e opressão. Tal crenças os fazem acreditar na justiça cósmica, ou seja, se o Paulo Coelho vende milhões de livros no mundo enquanto outros mal conseguem publicar no Brasil, isso deve ser culpa de alguém, ou de algo, no caso a discriminação e o preconceito. Pouco importa se o que escrevem desperte o interesse apenas de quem compartilha as suas ideologias.
O escritor Tom Farias foi indicado ao prêmio Jabuti pelo livro sobre Cruz e Sousa. Tenho a honra de poder ter assistido a uma palestra dele quando disse que abordar o tema do racismo lhe faz muito mal. Perfeitamente compreensÃvel, pois os olhares tortos de moradores de Ipanema, onde mora, devem ser tão doÃdos quanto a penetração de uma faca.
Ótimo artigo, vamos trabalhar e mapear, mostrar divulgar essas produções de escritoras e escritores Negros. Estou vendo um movimento de busca, interesse e valorização dessa literatura.
faltou referência a Babaqua
Muito bom artigo. Precisamos de um mapa do caminho pra essa literatura.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ilustríssima > Racismo na literatura brasileira é profundo e criminoso, afirma escritor Voltar
Comente este texto