O que merece ser destacado é que na grande maioria dos casos filmados a filmagem contradiz a versão policial.

Continuamos o país da carteirada; falta exemplo. A única diferença é que com o advento das câmeras de celular, atualmente é possível gravar aquilo que sempre ocorreu.

A atitude do desembargador é bem comum, o desacato é cotidiano. O que choca é ele menosprezar a lei, sendo um funcionário público da área jurídica. É como um técnico de segurança de uma fábrica andar pela área de produção sem capacete, óculos e protetor auricular. Ao contrário da famosa frase do Pedro Aleixo na véspera do AI-5, não devemos temer, mas prestigiar o guarda da esquina.

Interessante o artigo, mas o assunto tratado não é regra, lembrei daquela guardinha que teve de indenizar um juíz em 20 mil reais porque o parou em um carro sem placa, ele sem documentos (dele e do carro) e cheirando a álcool segundo alguns. No tribunal valeu a versão do juíz de ter sido desacatado pela guardinha, pois é, juiz, formado, nomeado, com amigos influentes, melhor que você!

(continuando)... Assim, vc não pode nem perguntar ao policial pq qq coisa ele te enquadra como desacato.Chega na delegacia o delegado pouco se lixando pra isso elabora um BO com a versão fantasiosa e abusiva da polícia, muitas vezes mentirosa, sendo corroborado por um Ministério Publico ineficiente e pouco interessado em fiscalizar os abusos da polícia, que dá guarida a esses abusos.O fiscal da lei passa pano pra polícia, não fazendo seu papel de coibir isso e punir o policial.Isso tem q acabar.

O desacato tem um fundamento muito interessante e justo, que é permitir ao funcionário público exercer suas funções com dignidade. Mas o que fui constatando é que ele tem seu uso desvirtuado no Brasil.Ele é utilizado como forma da achaque, humilhação e arbítrio pelas polícias. Qualquer questionamento ou manifestação de indignação conta a atitude de um policial eles utilizam o "desacato" como justificativa pra te prender e levar na delegacia e responder um processo por vc exercer seu direito.

Vale notar que em diversas ocasiões a polícia tenta tomar o celular à força, dizendo que tem "direito de imagem". Não tem, por duas razões: 1 - está em situação pública, na rua; 2-está representando o estado.

Ao acobertar e proteger gente como este senhor os magistrados sérios sujam-se e desmoralizam todo o judiciário. Sem excessos, evidentemente, esta pessoa merece punição exemplar!