Opinião > Ciência e democracia Voltar
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Texto rico e coerente, além de oportuno.
O problema clássico de demarcação entre ciência e não ciência sempre existiu. Continua até hoje. Caracterizar o método cientÃfico como composto de 2 fases é simplificar demais. O cientista formula hipóteses, mas não se apega apenas a evidências. As teorias não salvam os fenômenos; os dados não refutam teorias. São outras teorias de maior conteúdo empÃrico que deslocam teorias antigas cujos "dados" ou "fatos" deixaram de explicar o mundo. Contudo a ciência é a maior solucionadora de problemas.
Contudo, no dia a dia não somos movidos somente pela razão, mas também por emoções e paixões, que integram o ser humano e condicionam a razão. Ou seja, o se humano é mais complexo do que a ciência é capaz de explicar....
A tensão entre ciência e democracia tem aumentado nas últimas décadas, mas dificilmente encontraremos soluções baseadas no idealismo. A realidade é que temos que conviver com polÃticos que rejeitam fatos cientÃficos, cientistas que não sabem diferenciar fatos de valores e controvérsias no próprio meio cientÃfico que aumentam a tensão. Mesmo que tivesse interesse, o leigo não precisa entender a tabela periódica para apoiar a ciência e entender a importância da ciência para a própria democracia.
Para o leigo, o importante é entender que a ciência é um empreendimento moral, guiado por valores que deveriam ser pertinentes para todos e não apenas para os cientistas. A visão do leigo sobre ciência e cientistas possui um viés que os próprios cientistas ajudaram a construir, ou seja, o de eles formam uma elite que possui os detalhes e consequentemente são os únicos que podem opinar. A comunicação da ciência exige diálogo com quem não a estudou ou nem tem interesse por ela.
Excelente texto.
Parabéns professor! Fui seu aluno de BioquÃmica e lembro que tivemos discussões sobre esse tema depois das aulas
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