"O teto de gastos está por um fio, como se esse fosse o problema. [...] Sem essa âncora fiscal, certamente não navegaríamos a crise com juros baixos." Qual contrafactual ela sugere? Que com a taxa de desemprego sendo pressionada para próximo dos 20%, ainda assim as taxas de juros ficariam na casa dos 12% a.a. se não existisse o teto dos gastos? Faz sentido, para quem não produz e vive "alocando riqueza" velha.

"A qualidade da educação vai mesmo melhorar quando 70% do Fundeb vai para aumento dos salários de servidores que gozam de estabilidade?" Ué, não entendi. A autora está afirmando que a qualidade do serviço prestado é inelástico em relação ao preço do serviço? Então a ARX pode cortar o salário dela pela metade que ela vai continuar sendo igualmente produtiva.

Nossa economia cheira uma inflação das boas por vir... E essa história de nota de R$ 200,00 só condiz com a antecipação desse martírio... Economiza-se na fabricação de notas de R$ 100,00, mas extrapolam a demanda por notas miúdas para troco... Essa medida só faz sentido se aumentar a inflação e, consequentemente, desvalorizar a moeda... Logo...!!?

Na ponta do lápis. Imposto sobre Grandes Fortunas não regulamentado desde 05/10/1988. Alíquota de 0,5% sobre riqueza e rendas acima de US$ 1.000.000,00. 0,75% acima de US$ 5.000.000,00. 1% acima de US$ 50.000.000,00. 1,25% acima de US$ 100.000.000,00. Alíquotas baseadas nos países que aplicaram o referido tributo desde os anos 70, de forma permanente ou temporária. Deixou-se de arrecadar do Brasil de Cima o montante de US$ 1.444.000.000.000,00. Sem falar nas benesses fiscais acumuladas.

Atrás dos números há pessoas. Esse devia ser o tópico frasal de um texto desses.

O texto não traz uma vírgula de novo ao debate sobre o estado das coisas que ora condicionam a dinâmica da economia do país. No mais, a análise mercadista de conjuntura é tipicamente estreita e enviesada. Ainda assim, independente de escolas, é desejável e às vezes necessário alguma dose de racionalidade na gestão das contas públicas. Racionalidade nada tem a ver com o bate cabeças ora em curso no governo em relação ao equacionamento da questão fiscal. Surpreendem os comentários ao artigo.

“A qualidade da educação vai mesmo melhorar quando 70% do Fundeb vai para aumento dos salários de servidores que gozam de estabilidade?“ Sim, vai. No longo prazo, melhores salários atraem melhores profissionais, e melhores profissionais prestam um serviço melhor. Nenhum país do mundo que tenha boa educação paga mal seus professores. Mas boa educação no País é a última preocupação da colunista...

Toda essa conversa neoliberal, quase que em tom de ameaça, vigora no Brasil desde FHC. O que conseguimos permitindo a desindustrialização e abraçando o capitalismo financeiro? mais pobreza, mais violência e, incrivelmente, mais propostas de arrochar mais ainda o trabalhador e os pobres. Os neoliberais já ganharam o suficiente explorando o Brasil, vão-se embora gastar seus dinheiros salvos nos paraísos fiscais. Os pobres farão a revolução e o Brasil será um lugar decente para se viver.

As mesas de operação suam frio à busca de 'hedge'. Calça ou saia nas mãos. Ouça o ex-presidente do BC, secretário Henrique Meireles, em março: 'agora é comprar dólares'. Atestado de default técnico e da bancarrota extra-oficial. A garota Solange omitiu a carga tributária antes de FHC: 23,4% do PIB. Ao final de FHC: 32,4%. O aumento foi para servir a dívida. O 'segredo' do Plano Real foi só trocar a 'inflação galopante' pelo 'endividamento crescente'. Imposto maior foi gasto financeiro maior!

Proposta neoliberal que vigora desde 2016 no Brasil: menos gasto, menos imposto sobre ricos, mais imposto sobre o resto, mais lucro para poucos, muito menos PIB.

Disse a colunista: “Propomos, então, mais impostos, mas desde que recaiam sobre os ricos.”. Onde ela vive? No Brasil, com certeza não é, pois todos os impostos propostos por quem está no poder recaem sobre pobres e remediados, nunca sobre os ricos que a empregam e, indiretamente, pagam para ela escrever colunas como esta.

Quem vai continuar a defender teses ( corta investimento público, deixe o mercado...) que o melhor da ciência econômica hoje mostrou serem equivocadas? Ganha um doce quem souber.

Quando se fala em gasto público, o foco deve ser financiar o desenvolvimento das pessoas de menor renda. Logo, quando recursos são contingenciados, é o desenvolvimento do pobre que está em jogo. Assim, perpetua-se a pobreza e o subdesenvolvimento. O estado precisa gastar e garantir que as crianças possam ser profissionais valorosos para a economia. Se para isso é necessário edividar-se, que se faça. É como um estudante que contrai dívida para fazer faculdade e pagar quando estiver empregado.

Compartilho da repulsa registrada nos demais comentários. É um texto hermético, que expressa indignação sem sequer propôr nada. A vagueza do texto parece estratégica: consegue a compaixão dos predispostos. O pior é saber que colunas aqui nesse mesmo jornal já tentaram responder a pergunta da manchete (claro que essas ideias não foram comentadas no texto). E eu pergunto: qual o projeto de País se pretende financiar?

Que tal taxar os ricos? Resolveria tudo mas parece que nem a colunista nem o Guedes cogitam aplicar tal heresia...

Existem 2 problemas: a eficiência do gasto e o sub financiamento. Eficiência importa sim, e o Brasil tem muito a melhorar. Mas achar que apenas ganho de eficiência resolve é papinho neoliberal. Claro que garantir pagamento dos professores melhora a educação. Ou são paredes e carteiras que dão aulas? Recursos humanos são a base para uma educação de qualidade. Melhores professores vc atrai com melhores salários. E sim, impostos diminuem a desigualdade. Assim como gastos sociais. Lamentável

É assustador o quanto vocês desprezam o Brasil e seu povo. É assustador demais. Por isso que tão de mão dada com governo nazistoide e genocida. Só no bate e assopra, só na crítica superficial. Bolsonaro e vocês, tudo a ver. Ricardo Salles e vocês, tudo a ver. Genocidas que falam economês.

Vocês liberais precisam sumir do mundo, são muito desonestos e segregacionistas.Só pensam em garantir a velhíssima sociedade de casta e só enxergam o Brasil como um quintalzão produtor de matéria prima e capital fictício pra meia dúzia ficar mamando. O resto que se dane, somos só um corpinho a ser estuprado e jogado no mato depois que não servimos mais pra "produzir". Desprezíveis. Faz 4 anos que destroem completamente o tecido social e a própria economia e insistem com as mesmas ideias falidas

A desonestidade intelectual de sempre nos neoliberais. Artigo horroroso, entupido de falsos conceitos e desesperado em blindar os bilionários deste país - essa casta que não serve de nada, exceto pra meia dúzia que vive próxima dela. Combater o rentismo, reorganizar a economia do país a partir de um plano sério de reindustrialização? Distribuir terra e garantir moradia pra liberar energia criativa e produtiva na população, pra quem sabe sermos uma sociedade menos violenta e segregada?Pra que né

Minha senhora, é muito bom criticar tendo um bom salário numa plataforma como essa. Acontece q não temos um ME com conhecimentos suficientes para entender q quase toda dívida é em real e tem solução plausível, o q temos é Paulo Guedes com suas idéias dos anos 80, e um presidente q não consegue presidir nem a própria família.

Pensamento racional muito bem elaborado, falta combinar com o milhões de desgraçados desassistidos à beira da inanição. Falta combinar com os professores da rede básica que ganham 1600,00 para 40h em sala. Esse texto é uma peça arrematada do pensamento econômico mesquinho dos fiscalistas. É nauseante lê-lo.

75% da população dependem do SUS. Com certeza a articulista tem convênio médico.

Enquanto lá fora os ricos estão pedindo pata serem tributados ,aqui essa mulher querendo Extinguir os gastos sociais

"...nos últimos 20 anos aumentou se em 20% a carga tributária, e qual foi a melhora no serviço público?..." O SAMU, UPAS, Farmácia Popular, Institutos Federais e aumento de universidades tá bom, pra começo de conversa, minha senhora?

Bom dia Alexandre! Vc acha mesmo que são os primeiros? O individualismo atravessa toda a sociedade. Não sou ingênuo! Isso é ideologia. O coletivo deve ser preponderante ao indivíduo. Senão uns acharão mais importantes que outros e vão querer privilégios sobre o suor de outros. Se tu achas isto justo, entendo. Não concordo, pois gera uma fratura que corria as relações. Aí é uma enxurrada de problemas. São ideias e fatos.

Seria prudente, por exemplo, reduzir o número de deputados na Câmara Federal e nas Assembleias estaduais. Um corte de 50% seria razoável. Teto salarial igual a vencimentos de ministros do STF, sem nada mais.

Cidadã vá a Central do Brasil, pague uma viagem de trem, vá pelo ramal Santa Cruz, desça em todas as estações de Deodoro até o final da linha, e visite a vizinhança das estações e verás o grosso do Brasil que é surrupiado há séculos. Ande po Inhoaiba, Cosmos, Tancredo Neves, Padre Miguel. Esse povo que construiu os prédios das Universidades, dos Hospitais, das Fábricas, dos Aeroportos, as Vias públicas, os Aterros, as demolições dos morros, ets. Pra usufruto dos poderosos. Morte a opressão!

É óbvio que está com medo de que em algum momento os ricos paguem mais impostos, como é em todo o mundo civilizado.

E o pessoal continua achando que dinheiro dá em árvore...

Não é por outro motivo que as bolsas estão em alta mesmo nessa situação econômica desastrosa. Melhor ter um ativo real como ações de boas empresas do que títulos de dívida de um governo falido. O caminho é esse.

O Guedes é um dos melhores economistas do mundo para proteger a grana dos muito ricos e milionários. A senhora agradece.

Parabéns pelo artigo

Que conversa mole! Como a senhora é estudada, sua análise não é ingenuidade. É má fé.

Por que, em um momento em que se chega a notícia de 90 mil mortes pelo corona vírus, cujo alvo majoritário são as populações pretas e periféricas, a senhora escolhe publicar um artigo defendendo políticas de austeridade, que, aliás, são políticas da desigualdade e do racismo?

Essa doutrina fundamentalista neoliberal é o grande inimigo dos trabalhadores. A articulista precisa andar nas quebradas do país, assistir aula em escolas públicas, frequentar o SUS, seria uma ótima experiência para acabar com este discurso hipócrita, sem fundamentação e dados que repetem como mantras.

Prezada economista, uma tributação justa e equitativa da renda e do patrimônio não é só desejável como de rigor. Ora, Qualquer país minimamente avançado tributa mais a renda e o patrimônio - inclusive heranças -, do que o consumo, porque pessoas que pensam minimamente no desenvolvimento do país sabem que tributar o consumo, como aqui tributam, com altas alíquotas, penalizam os mais pobres em demasia e trava o crescimento econômico. Você não estudou isso na PUC Rio? Estranho...

O neoliberalismo mofado ainda tem seus defensores. Um país que aumentou seus bilionários e também seus miseráveis de fato não precisa repensar seu desenho política e econômico, não podemos gastar vamos deixar tudo guardado nos bancos, escambo é uma boa economia, gastar com salário de professor? Não, trabalhar por amor, já dizia o famoso tucano. Vamos passar a boiada e fingir que essa gente do mercado financeiro se importa com algo ou alguém para além do seu umbigo.

O neoliberalismo mofado ainda tem seus defensores. Um país que aumentou seus bilionários e também seus miseráveis de fato não precisa repensar seu desenho política e econômico, não podemos gastar vamos deixar tudo guardado nos bancos, escambo é uma boa economia, gastar com salário de professor? Não, trabalhar por amor, já dizia o famoso tucano. Vamos passar a boiada e fingir que essa gente do mercado financeiro se importa com algo ou alguém para além do seu umbigo.

''A qualidade da educação vai mesmo melhorar quando 70% do Fundeb vai para aumento dos salários de servidores que gozam de estabilidade?'' '' imposto sobre renda e patrimônio não serve pra acabar com a desigualdade''. Meu Deus, que barbaridade! Num país onde professores tem péssimos salários e pobres sempre pagam a conta... esse artigo é um absurdo!

Há 40 anos a doutrina Neoliberal engoliu o mundo, ampliando a desigualdade social e a desgraça climática. Hj vivemos numa  sociedade onde predomina o interesse das grandes empresas sobre os cidadãos, do privado sobre o público, do individualismo sobre os interesses coletivos, da competição sobre a solidariedade, da intolerância sobre a valorização da diversidade e da busca pela eliminação do adversário, transformando-o em inimigo. Essa é a bolha na qual a autora vive!

De onde saiu esta ET? O Brasil precisa reduzir o custeio administrativo estatal, rever salários e contribuição da aposentadoria da elite do funcionalismo, aumentar os gastos pra colocar a base da pirâmide social no jogo pra oferecer o efeito escala pra indústria e serviços reduzirem os custos e expandirem, taxar fortunas, pra financiar educação.

Depende da coragem. Como temos um autodeclarado inutil na presidencia e um ministro neo liberal, o mais provavel é que seja o povo. Quem ganha 10 milao, pra esse governo é rico e precisa pagar a conta. Fosse um com aquilo roxo, olharia com mais carinho o lucro dos 3 principais bancos. R$ 60 bi somados. Nesta crise imensa, cancelaram 2 ou 3 parcelas dos emprestimos e dividas dos clientes com renda de 10 ou 15 salarios? Obvio que nao. Fizeram o que? O Itau doou R$ 1 bi...Pro Itau mesmo

Sempre que se falar em taxar os mais ricos haverá quem fale da ineficiência do estado, dificuldade em financiar dívida crescente, reducao de gastos etc... "..precisamos de uma reforma mais ampla..", como desculpa para continuar taxando os mais pobres. Mas no caso da articulista o cargo já indicava de que lado está.

No texto, a autora crítica o aumento de gastos com educação citando como ruim o aumento do salário de professores (categoria com menor salário para pessoas formadas no nosso país) e crítica o imposto sobre ricos sem dar nenhum argumento. É lamentável vermos até onde iremos defender a desigualdade no nosso país defendendo que basta gastar com eficiência e todos os problemas sumiriam magicamente, sem nenhum tipo de combate aos privilégios.

Seria muito oportuno que a análise cartesiana da brilhante economista fosse mediada pela reposta civilizatória do diretor do Sindicato dos metroviários: tais trabalhadores recuaram de sua greve em virtude de nossa situação delicada! Porque os ricos que acumularam ainda mais na pandemia não contribuem com sua parte para financiar a retomada da economia!