Ilustrada > Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha Voltar
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O tÃtulo "Black is King" já soa ultrapassado e anacrônico.
Muito barulho por nada.
Quando nossos intelectuais irão entender que a Arte é a grande niveladora do Homem, sendo a perfeição nascida do imperfeito? Do alto de seu oráculo sagrado, Beyonce não leu o artigo acima. Se por acaso o lesse, apenas sorriria, como sorriam as belas pitonisas de Delfi, quando criticadas pelos mortais. Lição disso tudo? Respeite a beleza. Ela não tem raça, sexo, ou ideologia. Apenas é. E Beyoncé nos mostrou o que é isso.
Escrevo agora, depois da celeuma ter baixado e a autora ter tido a coragem de se desculpar. Não precisava. O ressentimento, como disse Nietzsche, é um tipo de doença, e ele não leva a nada. O pior é o ressentimento pelos ressentidos, como o do artigo em tela. Esta é ainda pior do que a que Nietzsche descreveu, e que dá origem à inferioridade e à culpa. Em seu filme, Beyoncé ultrapassa as barreiras dos ressentidos, e mostra todo o poder e beleza de sua negritude ...superior.
Lilia, você tem autoridade para escrever sobre qualquer tema. Os recalcados que se aquietem!
"O texto foi corrigido" Parabéns pela correção. Corrijam por favor agora oncinha para "oncinha" entre aspas pelo menos, já que na Ãfrica não há oncinhas e sim leopardinhos. E corrijam também "uma *sorte* de ritual de iniciação do filho pródigo" para "um *tipo* de ritual de iniciação do filho pródigo", já que sorte significando tipo é importação indevida da lÃngua inglesa.
Parabéns Lilia!! O pensamento livre e crÃtico não deve ser limitado por dualismos biologizantes.
O texto é confuso. O tÃtulo não corresponde exatamente ao conteúdo. Houve um elogio com tentativa de crÃtica. Misturou psicologia, literatura (sem precisão) e pop, finalizando numa lição de moral a Beyoncé, e aqui pareceu que foi além da crÃtica ao trabalho em si. Esperava-se mais do ilustrÃssima.
Exalto a coragem da Lilia em opinar sobre um tema tão polêmico, tendo com premissa a personagem Beyoncé, que com todo o seu talento e visibilidade midiática, consegue dar amplitude a qualquer tema. Temos como sempre, problemas na interpretação textual. Infelizmente muitos preferem pinçar um parágrafo para fomentar crÃticas. Porém, ao ler e interpretar todo o texto, fica claro que não há motivos para tanta balbúrdia. Lilia foi coerente, como sempre.
Vejo que os identitários ofendidos desejam censurar a autora em função da cor de sua pele, apesar de ela não ter pretendido representá-los ou substituÃ-los. Desnecessário pertencer a uma casta especÃfica para refletir e dialogar respeitosamente sobre obra artÃstica/polÃtica. A representação glamourizada da cultura ancestral negra pode ter sido uma linguagem eficiente nos quadrinhos dos anos 60, com Pantera Negra, mas o Black Lives Matter tem muito mais de Childish Gambino que de Beyoncé.
Texto de primeira. Qualquer hype criado sobre ele é mero engano de quem leu e não entende, ou nem leu e não gostou.
Concordo com sua crÃtica. Li outros artigos, inclusive aqui na Folha, negando-lhe o direito de falar sobre uma artista negra privilegiada por você ser branca privilegiada, mas não vi em nenhum deles debate sobre Beyoncé ter feito algo vazio, oportunista e auto-promocional. Não quero lhe negar isso, pois reproduziria essa cultura do cancelamento tão na moda, afinal de contas, eu sou negro, e quero ter o direito de falar de negro, de branco, de Ãndio, do que me agrada e desagrada também.
Decepcionada por descobrir nesse artigo que a historiadora Lilia Schwarcz desconhece Shakespeare, classificando uma obra sua como vitoriana. Errou por mais de 200 anos. Por favor, não culpe o revisor.
LÃlia, sempre acompanhei sua obra e acertou de forma cirúrgica mais uma vez ao analisar a visão de Hollywood sobre um continente tão complexo como o Africano. Tomo a oportunidade para fazer uma pequena correção: Hamlet é uma peça elisabetana, e não vitoriana.
A arrogância acadêmica sempre escorrega na própria ignorância. A peça Hamlet pertence ao perÃodo Elisabetano da Literatura inglesa e não vitoriano. Shakespeare já estava morto há muito tempo, quando a rainha Vitória estava no trono. A autora poderia ter pelo menos jogado no Google e evitado o constrangimento.
Eu dei risada quando li essa parte. E nem sou historiadora. Hahahaha
Por que acadêmicos e psicanalistas acham que tudo cabe nas suas caixinhas? Beyoncé é uma artista popular, e é nessa linguagem que ela atinge o seu público alvo. Academicismos ficam para os acadêmicos, que falam e polemizam, enquanto os artistas fazem. Artigo bobinho, deu vergonha alheia até a mim, que sou... brasileira, essa mestiçagem total de raças!
Quem me dera a Ãfrica potente, como alvo de beleza e poderosa representada por Beyoncé fosse um esteriótipo ocidental. A importância desse filme talvez nunca alcance sua ótica branca esse álbum visual não é sobre Hamlet é sobre autoestima preta e a importância de ressignificar tudo que a branquitude nos impôs. Sinto que você perdeu a grande oportunidade de usufruir do seu direito ao silêncio. Esse álbum é para crianças pretas verem sua beleza preciosa e potente e só a opinião delas cabe aqui.
Que desnecessário rotular que "Apenas" crianças pretas podem falar sobre uma obra audio visual. Este discurso está fazendo um desfavor ao movimento anti racista atual. Só fortalece a antipatia de todos os povos contra vocês.
Que chato, hein?Aff...
Desde quando o crÃtico de uma obra precisa ter a mesma cor da pele do artista? Um álbum foi lançado para o público geral pode está sob escrutÃnio de todas pessoas que estiverem dispostas a apreciá-lo, independente da cor. A pele do artista virou blindagem à s crÃticas?
e as pessoas ainda tem o disparate de perguntar 'você é negra ou branca'? o córtex pré-frontal deve ser diferente, só pode. o ad hominem futurista de Nina e Cesare se chama 'lugar de fala', Lilia. a cobra que você vem alimentando tá te picando, só você não vê isso! // aliás, quão medÃocre é se apropriar do termo futurismo. mas pra quem bate palma pra imperialismo e orientalismo isso é fichinha. digo eu: gay, mestiço, autista, filho de preto e ex-morador de rua. mais Lilia, menos Bey. bem menos.
Quanta indigência intelectual desses identitários ao rebater o artigo, reduzindo tudo a falácia ad hominem. Beyoncé virou algum tipo de ser sagrado imaculado e incriticável?
Virou! #pas
eu até ia comentar mas lembrei que a Folha de São Paulo vem sendo há mais de um ano 'lugar de fala' de gente violenta, rude, chula e grosseira, que vem retratando até mesmo trabalhadoras como nazistas. tudo em nome de jesus - como se Bolsonaro não bastasse. // FSP, você vem jogando no lixo relacionamentos de décadas inteiras com assinantes, acorde! intelectuais do porte de Lilia e Contardo não cabem + aqui! infelizmente o jornal está se tornando chorume puro, como os serviços de Mark Zuckerberg.
Não há nada para ser criticado e aà se resolve criticar a ARTE. Logo ela.
Excelente crÃtica que propõe um novo viés de análise de um trabalho da indústria pop. Vendo os comentários, fica claro a incapacidade de certos leitores de analisarem os diversos aspectos de uma obra. Brasileiros defendendo a industria pop norte-americana (grande responsável pela propagação de esteriótipos nocivos), sem refletir o jogo de poder em que a obra está incluÃda. Atacando uma pensadora que tem coragem de expor sua opinião, de criar uma reflexão original. Lamentável a pobreza de ideias.
Quanto simplismo, Celso Marciano!!!!! Aff.
Júlia, você é negra ou branca?
Como já dizia a música de Xenia França, "De vez em quando um abre a boca, sem ser oriundo. Para tomar pra si o estandarte da beleza, a luta e o dom. Com um papo tão infundo…" Sério que a autora acha que a estampa de oncinha é por "glamour"?
Achei infeliz. Negros e não negros temos nossas opiniões pessoais sobre estratégias polÃticas para a luta antirracista e, apesar de achar a sua ruim, insensÃvel e arrogante, respeito que a tenha. Agora, quando essa opinião vai p/ o debate público para intervir na discussão polÃtica, precisa ter lastro em uma estrategia coletiva dos protagonistas dessa luta, sob o risco de reproduzir o abuso branco do "eu sei e te digo como você deve lutar, resistir, celebrar sua ancestralidade, etc". Foi o caso.
LÃlia, me assustei com o tÃtulo mas o engoli e resolvi continuar a leitura sem tirar conclusões precipitadas. O fato de você ter dedicado tanto tempo da sua vida estudando sobre escravidão e relações raciais como uma pessoa branca transpareceu nessas linhas porque você trata o negro como um objeto de estudo. Quem é você pra dizer que uma obra é exagerada ou não? Se o preto jovem vai se identificar ou não? Alem disso, o álbum foi feito pra Disney+, é ÓBVIO que vai ter fantasia.
Assisti ao filme me lamentando: o que os negros escravizados perderam com a violência de seu apagamento? O que o mundo inteiro perdeu com a usurpação desses saberes desses reis e rainhas massacrados? E a gente continua perdendo quando pessoas como você, Lilia, não mencionam nem o afro-futurismo nesta pretensa análise de um filme tão importante quando Black is King. Ficção para retratar tão bem o que queremos ou o que precisamos. Menos Lilia, mais Beyoncé.
Lamentável esse artigo. Quando vejo de quem veio então, quase não acredito. Quem sabe seja hora da branquitude sair um pouco de seu pedestal e assistir outra vez!? Tente aprender mais ouvindo o que essa obra significa para as pessoas negras e, talvez assim, você possa entender a grandiosidade por trás desse feito.
Adorei sua crÃtica, LÃlia. Seus trabalhos sobre a história da escravidão no Brasil e seus constantes incentivos em pesquisas e publicações sobre racismo e antirracismo são coerentes com sua defesa de uma nova avaliação da africanidades considerando a violência que marca a história. Como filme, realmente são apresentados estereótipos. Seu texto enaltece a diversidade africana e apresenta grande crÃtica ao racismo. Defende uma indústria cultural menos voltada à estereotiparem.
uma branca querendo dizer o q beyonce fez ou nao de errado... era so o que faltava. Morre e nasce de novo, Lilia, mas nasça negra para, quemmm sabe, ter a chance de falar algo de Black is King... prepotente e arrogante demais essa sua coluna, leio e releio e penso: lilia so quer aparecer... lamentável!
LÃlia, para você entender a complexidade desse artefato cultural, produzido pela Beyoncé e por mais de uma centena de pessoas dos mais diversos cantos do continente africano, só morrendo e renascendo negra. Talvez você não tenha reparado, mas a Beyoncé empregou mais de uma centena de artistas negros que são constantemente preteridos pela industria eurocentrada ou pela máquina apropriadora que é o mundo das artes norteamericanas. Você olhou apenas para Beyonce, enquanto nós enxergamos um universo
Podemos até indagar - por que Schwarcz aceitou falar sobre um tema para ela tão espinhoso, propondo uma narrativa tão diversa do objetivo original de Beyonce?
Na própria @folha, Laura Lewer, jornalista especializada em música escreve: 'Ao dedicar um filme à ancestralidade, Beyoncé se aprofunda ainda mais no afrofuturismo –estética que questiona o presente e projeta o futuro a partir da perspectiva negra africana e diaspórica'. Afinal, quem está com a razão - a crÃtica ácida de Schwarcz ou a postura quase apologética de Lewer?
Beyoncé teve o cuidado de trazer para a contemporaneidade a obra de Rei Leão sem esquecer seu lado mágico, se reapropriar de todos estereótipos ocidentais de Ãfrica com Black is King, obra de reconstrução da identidade diaspórica pensada por uma mulher negra e criadores africanos. O álbum e o filme são repletos de referências afrofuturistas, mas a arrogância caucasiana as ignora e se sente no direito de dizer o que a luta antirracista, negra, precisa do trabalho de Beyoncé. Seja melhor, Lilia.
O objeto de estudo, no caso, Beyonce, se rebela quanto os pressupostos estabelecidos ou propostos por Schwarcz, causando-lhe incômodo e indignação. Uma indagação pertinente, teria a ciência um papel crÃtico frente a arte, cobrando-lhe coerência e cientificidade? Seria o caso inclusive de pensar, Schwarcz deixaria Beyonce publicar as ideias expostas em 'Black is King' se ela fosse sua orientadora numa tese?
Este já é o segundo álbum conceitual de Beyonce, construÃdo a partir de clips todos ligados por temáticas como a Ãfrica seminal, a ancestralidade e o racismo. O primeiro álbum conceitual de Beyonce foi Lemonade, que já traz embutido preocupações semelhantes que são aprofundadas no atual 'Black is King'. Chama atenção o fato da articulista ter como objeto de estudo a questão racial e, por isso, se referir aos negros como tal. Neste caso, um objeto que fugiu totalmente ao seu controle intelectual
O primeiro erro de Schwarcz quanto ao objeto de seu estudo crÃtico é que ela se engana ao chamar a obra de Beyonce de filme, no caso um filme musical, como se tal obra se enquadrasse na dinâmica comum a uma pelÃcula cinematográfica. É necessário lembrar que o trabalho audiovisual desenvolvido pela autora, no máximo, diria respeito ao conceito de álbum conceitual muito comuns no final dos anos 1960 e inÃcio dos 1970. Pink Floyd e artistas negros como Marvin Gaye, no lp: "What's going on" de 1971.
Beyoncé faz a sua parte,não se omite na luta contra o racismo. Logicamente a luta contra o racismo não se limita ao seu projeto.Uma alegoria para servir como contraponto a ideologia colonialista.
Bizarra a sua crÃtica . Branca dizendo o que uma preta fez de errado sobre falar sobre racismo . Vc , neste caso, não tem lugar de fala.
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