Djamila Ribeiro > Beyoncé acerta ao proporcionar onda de debates, com 'Black Is King' Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Recomendo o artigo perfeito do professor Wilson Gomes 'O cancelamento da antropóloga branca e a pauta identitária' hoje 18/08/2020 na folha.
* digo 11/08/2020
Texto muito necessário, Djamila!
Nunca vou deixar de impressionar pela forma como escreve e o que escreve. Muito Obrigado Djamila!
Me cansa que não se façam mais crÃticas especializadas em relação à música, ao próprio objeto artÃstico em si, falando sobre a disciplina da estética. Muito se fala sobre quem e o que se pode falar. Afinal, será que nesta geração não há ninguém que esteja em "lugar de fala" no sentido artÃstico? Por que sobre questões polÃticas e sociais precisa-se do "lugar de fala", mas quando se fala sobre arte e música, se aceita qualquer opinião de senso comum popular?
Muita gente ainda não entende o conceito de lugar de fala e faz muita confusão desnecessária. Deveriam ler o livro O que é lugar de fala ao invés de ficarem presumindo conceito.
Cuidado, Geisa: é preciso não pressupor que qualquer pessoa que não concorda com uma ideia ou um conceito ou não leu o livro ou o leu e não o entendeu. Há uma arrogância tÃpica dia meios progressista - nos quais eu acredito que me incluo - de achar que os outros só não concordam porque não entenderam, portanto se eu explicar bem devagarinho eles vão se esclarecer. O conceito de lugar de fala é muito importante, mas não é isento de crÃtica, e seu uso como ferramenta polÃtica têm de ser discutido!
Necessária, objetiva e coesa! É extremamente gratificante poder ler seus textos!
Quanto à sua recomendação de leitura: já li e elenquei, em uma resenha na Amazon, vários dos erros do livro que você mencionou. Pesquise por ''A paranoia lamentável de Djamila e seu clube'' (do qual, pelo visto, você é sócio) e veja que, se há alguém que precisa evitar vexames públicos, não sou eu.
Excelente, Djamila. Você tem uma argumentação arguta e poderosa sem cair jamais nos discursos tolos de ódio. É um prazer ler suas opiniões tão lúcidas.
Obrigado por oferecer sua opinião em conjunto com outras. Gostei muito do texto sobre o Americocentrismo. Independente do gostar da obra (ainda não assisti), sou entusiasta da discussão do tema.
Pefeita, Djamila ! Que alegria saber que nasci no mesmo paÃs que essa fera do bom senso, obrigada por nos ensinar sempre !
O racismo tem que ser combatido por leis, para que aos poucos vá se mudando essa cultura covarde enraizada tanto nas pessoas brancas, quanto nos negros em aceitar calados ter que conviver com essa pratica! Se ninguém nasce odiando e racista, é porque de aprende covardemente a ser! Então que se aprenda a respeitar as leis e o espaço do outro! Negros, lgbts não querem ser aceitos, querem ser respeitados! Aceitação demostra caráter, conhecimento, humanidade, ou seja, desvios covarde, ignorantes!
Exatamente, obrigada - e não sou negra.
Excelente analise. Sempre aprendendo com Djamila Ribeiro. As mençoes às autoras africanas abre um debate interessante sobre o que e ser negro para alem da cultura americana.
E com a menção feita a uma militante negra chamada por Djamila de ''clarinha de turbante'', você aprendeu algo também?
Muito bom, não acho esse debate desnecessário. Aliás lendo os comentários por aqui ( não sei pq faço isso,rs) esse tipo de debate é essencial. Muita gte ainda não entendeu as crÃticas ao artigo da Lilia, mesmo com essa explicação didática da Djamila, acho que alguém precisa desenhar não é possÃvel.
Oxi, mas o que tem a ver essa discussão com a outra? Rs. Isso é um outro assunto, vc tem algo a dizer sobre esse artigo da Djamila?
Djamila chamar de ''clarinha de turbante'' uma militante negra que a criticou também foi bem didático, também prescinde de desenhos explicativos.
Essa bobagem de ''lugar de fala'' nada mais é do que tentativa de calar a boca, censurar, anular a opinião do outro apenas por ele não ter a cor ou o gênero ou a deficiência ou outra caracterÃstica que os fascistas de esquerda entendem ''correta'' para que alguém possa se manifestar. Critiquemos o conteúdo de opiniões de que discordamos, não os atributos fÃsicos de quem as emitiu. ''Apropriação cultural'' é outra invenção dessa turma que anuncia tempestades para vender guarda-chuvas.
Anderson, já li e elenquei, em uma resenha na Amazon, vários dos erros do livro. Pesquise por ''A paranoia lamentável de Djamila e seu clube'' (do qual, pelo visto, você é sócio) e veja que, se há alguém que precisa evitar vexames públicos, não sou eu.
Recomendo a leitura do livro Lugar de Fala, também de autoria da Djamila Ribeiro! Vai te ajudar a para de falar sobre assuntos sem base teórica e cientÃfica! E evitar vexames como esse...
O Pumba entrou na sala!
Essa bobagem de ''lugar de fala'' nada mais é do que tentativa de calar a boca, censurar, anular a opinião do outro apenas por ele não ter a cor ou o gênero ou a deficiência ou outra caracterÃstica que os fascistas de esquerda entendem ''correta'' para que a alguém possa se manifestar. Critiquemos o conteúdo de opiniões de que discordamos, não os atributos fÃsicos de quem as emitiu. ''Apropriação cultural'' é outra invenção dessa turma que anuncia tempestades para vender guarda-chuvas.
Muito ruim.
Ao menos o artigo desenvolve uma argumentação plausÃvel, diferente desse seu comentário!
"As milhões de empregadas domésticas que são forçadas a servir à branquitude..." É mesmo? Para depois falar em honestidade no debate e querer ensinar como ser antirracista sem deboche e ofensas. Parabéns!
"(...) às pessoas brancas não é negado o direito à humanidade". Pela declaração genérica, de acordo com a colunista, não há pessoas brancas em condições sub-humanas.
Sugestão de leitura: Ciladas da diferença, de Antônio Flávio Pierucci (Editora 34).
excelente recomendação, tem esse aqui também - A vÃtima tem sempre razão?, de Francisco Bosco
Apenas a iluminada Djamila é capaz de nos fazer entender ... afinal de contas ela tem lugar de fala! ah e nunca diga a uma mulher negra " que ela precisa entender "....é tão ofensivo !!
Sim. É sobretudo reproduzir o papel de condutor dos destinos da humanidade reservado aos brancos, em detrimento de outras etnias, culturas, etc. Nenhuma analise academica , por mais elaborada que seja -- e a da Profa Lilia o é-- ê capaz de reproduzir a emoção e a experiência de ser negro, num mundo racista. Negar ou minimizar a experiência de ser negro, por ser uma analise academica, soa pretensioso demais.
Muito chato esse debate, o politicamente correto para tudo. Não pode mas fazer qualquer critica, seriamente e com muita propriedade (como fez a professora Lilia Schwarcz). O mundo está mesmo chato. Qual é o saldo disso tudo? Certamente iremos perder um pouco da ousadia e qualidade das analises excelentes da Professora Schwarcz.
Djamila traz duas estudiosas africanas que teceram crÃticas a este trabalho da Beyoncé, aparentemente, muito similares à s da professora Lilia Shwarcz. Ou seja, ainda que a professora Schwarz demonstre, de alguma forma, alinhamento ao movimento de mulheres negras africanas, ela não pode criticar a Beyoncé por ser branca? Tenho dificuldades em afirmar que alguém, apenas pela cor da pele, entenda mais a luta antirracista e o movimento negro do que estudiosos da área (como a professora Lilia).
Também pensei a mesma coisa e depois de ler as 2 colunas novamente, penso a Djamilla tentou dizer que a coluna de Lilia reduziu Beyoncé a uma estampa de oncinha e foi um tanto prepotente ao dizer que "ela precisa entender". Se ela fosse uma cantora branca, o conteúdo passaria como alguém sutilmente chamando a outra de "loura-burra", "superficial", e talvez ainda possivemente "brega"? com estampa de oncinha. Infelizmente a escolha do tÃtulo do artigo de Lilia reduziu o texto a isso.
Se a supremacia racial, sexual ou qualquer outra silencia e hierarquiza vozes e precisa ser absolutamente rejeitada e superada, é importante refletir sobre como o elitismo acadêmico ou o mau uso da ideia de lugar de fala estão silenciado e inibindo vozes importantes também e dividir essa reflexão com quem te ouve tanto.
É isso. Estão virando a noção de lugar de fala pelo avesso. Criaram o lugar de calar.
Ainda: " Isso quer dizer que Beyoncé não pode ser criticada? Óbvio que não, mas é necessário compreender o lugar do qual se parte para fazer uma crÃtica verdadeiramente honesta." - falácia do escocês de verdade. Se Bey pode ser criticada, ela pode ser criticada por todos e a valoração dessa crÃtica como honesta ou desonesta cabe à subjetividade de cada um e não a um comitê ou aos "iluminados" - se fazemos gatekeeping, estamos silenciando alguém e o direito à controversia é essencial.
Djamila, respeito muito seu trabalho e vejo muito valor na ideia de lugar de fala. De todas formas, a reflexão trazida por essa ideia não pode ser usada como uma tentativa de silenciar o outro, via ad hominem ou argumento de autoridade, por pessoas que usam um conceito que foi você que criou nos "debates de internet" de forma muito hostil, ignorando contribuições de alguém como a LÃlia. Nem todo mundo tem seu repertório e por sobre todos os particularismos, ninguém deveria ser silenciado.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Djamila Ribeiro > Beyoncé acerta ao proporcionar onda de debates, com 'Black Is King' Voltar
Comente este texto