Ilustríssima > O que o 'medo branco' tem a dizer sobre lugar de fala, raça, Beyoncé e cancelamento Voltar
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O "medo branco" ajudaria a entender as escolhas literárias do artigo de Lilia Schwarcz. Porém, fiquei com a impressão de que a autora mobiliza a ideia para naturalizar as escolhas morais dos sujeitos que optam pelo assédio moral. No argumento, o medo branco só poderia ser sentido nos que incidem em comportamentos "que todos os representantes de minorias" "saberiam" moralmente reprováveis. TerÃamos um código moral absoluto, o dos identitaristas, e uma punição inelutável, o assédio?
O texto levanta um debate interessante. Mas erra ao achar que tudo é uma questão de medo do branco de perder posição de poder. O caso da Schwarcz passa também pela tentativa de exclusão/cancelam de uma voz importante. Posicionamentos extremistas nada acrescentam a um debate democrático. Os "democráticos" vão excluir os democráticos. 2 ponto em que erra:afirma que o branco só não quer ser objeto de deboche. Quando vamos ver o outro (pret,branc,Ãndio,pobre) como sujeito de direitos e dignidade?
O Ruy só deve agora escrever sobre Noel e Chico? Se Ruy  escrever sobre Cartola pode ser chamado de racista e ainda haverá autores defendendo tal atitude com elucubrações fazendo de conta que não houve palavras injuriosas usadas por alguns? Não se deve deslegitimar os intelectuais que criticaram o artigo da LÃlia. Faz parte da troca intelectual. Deve-se expor e analisar o lugar de fala de uma intelectual e qualquer outro aspecto, mas sem injúrias não justificadas no percurso da pessoa.
Brilhante!
A branquitude não se pensa de forma racializada. A branquitude acredita ser o modelo universal que representa a condição humana. Essas identidades "neutras" que se pretende universal esconde sujeitos bem especÃficos. Branquitude, Masculinidade e Heterossexualidade também são identidades. Mas, identitário é apenas o outro que não é branco. É preciso parar com essa fragilidade branca que não aceita crÃticas e não se responsabiliza pelo o racismo em uma sociedade fundada na escravidão negra.
Em julho esta branca senhora Schucman disse, para a Folha, sobre Decotelli: "Por que o movimento negro teria de defender alguém que não está alinhado aos seus princÃpios e bandeiras?". Ou seja, ela acha que o movimento negro só deve defender negros de esquerda. Quão absurdo é isso? E aà a senhora Schucman se acha apta a escrever esse artigo que escreveu hoje. O que quer a senhora Schucman está ficando evidente: quer ser a Robin DiAngelo brasileira, tornando-se referência em "fragilidade branca".
Raca é uma realidade biológica e pode ser inferida tb a partir de DNA e do esqueleto. As raças humanas encaixam-se perfeitamente na definicão de subespecie da wikipedia em ingles: uma de duas ou mais populações de uma espécie, vivendo em diferentes subdivisões da distribuição territorial dessa espécie( ex., negros na Ãfrica subsaariana, Aborigenes na Australia), e que podem ser diferenciadas umas das outras por suas caracterÃsticas morfológicas. Pensem no mundo antes das grandes navegaçoes
A voz do supremacismo branco na Folha não poderia omitir-se nesta oportunidade, não é mesmo?
Embora com certeza inteligente, a autora têm uma visão muito limitada. As minorias são vistas como grupos particulares e os brancos como representantes da humanidade como um todo apenas nos paÃses de maioria branca. Na China ou no Japão, por exemplo, um branco chamaria atenção pela sua raça e, em cidades pequenas ou na zona rural, seria visto como objeto de curiosidade. O "normal", no caso, seria o chinês ou japonês.
A caracterização do “ser branco” como unidade de deboche tendo como efeito o medo de sofrer um racismo à s avessas, contrapõem-se a idealização do “ser negro” e “ser indÃgena” como raças discriminadas e agora discriminando o “ser branco”. Uma vingança ou a incorporação do “ser branco” no seu modo de vida? Desta forma incorporando os erros do objeto criticado.
Uma das reflexões mais esclarecedoras que li ultimamente.
A questão do racismo estrutural é algo sério e deve ser debatido sem concessões. No entanto, este texto se serve de subterfúgios problemáticos. Falar de  medo branco no caso de uma campanha de injúrias contra a Schwarcz decorrente de um artigo moderado e fecundo por ela escrito é como falar de liberdade de expressão para ofensas proferidas por grupos de extrema direita. A argumentação deste texto sabe ao engodo.
O texto é capcioso porque não aborda a questão central da polêmica em torno da Schwarcz: a maioria dos seres humanos, de qualquer cor que seja, tem medo de ser vÃtima duma campanha de injúrias.
O texto é capcioso porque não aborda a questão central da polêmica em torno da Schwarcz. A maioria dos seres humanos têm medo de ser vÃtima duma campanha de injúrias.
O texto não abordou a questão central das injúrias. O artigo da Schwarcz é elogioso do trabalho de Beyoncé. Há uma pequena ressalva sobre certa estética do filme. Com efeito, tal estética é impregnada de europeÃsmo (Tintin, Tarzan, etc.). Talvez fosse a hora de se liberar duma Ãfrica sonhada pelos Europeus. Essa pequena ressalva válida merecia um debate, caloroso mas respeitoso. Schwarcz recebeu ofensas vis. Ora, vários intelectuais africanos foram crÃticos do filme pelas mesmas razões.
Injúrias sobre o suposto racismo da historiadora houve, mas esqueçamos. Se o texto de LÃlia foi impregnado por vieses e meandros de um visão tendenciosa, tais elementos têm de ser encontrados no texto através duma análise pertinente. O senhor a deslegitimou, de supetão, por ser branca, pouco importando o que escreva ela. Saïd, ao estudar o orientalismo, não disse que tal autor europeu é por essência ilegÃtimo, mas foi nas obras do autor e do indivÃduo. Isso se chama honestidade intelectual.
Não perguntei o que significa injúria. Perguntei quais foram as injúrias que a antropóloga sofreu? Há pessoas brancas falando em racismo reverso em um paÃs fundado na escravidão Africana. Quem despreza a cultura popular e as produções da indústria cultural sempre foi a academia. No entanto, essa arrogância acadêmica de não reconhecer obras culturais que dialogam com milhões de pessoas e abrem discussões que ficam na bolha acadêmica é o que leva os intelectuais serem criticados.
Quanto a ter mais repercussão, Wesley Safadao tem mais repercussão do que qualquer livro do mestre Joel Rufino dos Santos. É para celebrar tal fato ? Não. Para lamentar? Talvez também não. Não há competição entre Beyoncé e os acadêmicos, que o senhor parece desprezar, nem entre Safadão e o grande Rufino Dos Santos.
Quem falou de racismo contra brancos ? Chamar alguém de pedófilo sem ele o ser é uma injúria. O senhor entende isso? Ou preciso fazer um quadro de Mondrian? Chamar alguém de assassino sem ele o ser é uma injúria. É difÃcil entender isso ou preciso fazer uma análise da assassinitude? Houve debate intelectual válido, mas houve também puras injúrias, e não se deve ocultar isso.
Quais injúrias? Agora existe racismo contra brancos? Ela mesma admitiu que escreveu o artigo a convite da folha com prazo curto e não fez análise nenhuma. Há intelectuais negros com mais competência para analisar e criticar a obra de Beyoncé. É preciso DESCOLONIZAR O PENSAMENTO, para que se enxergue a negritude e a Ãfrica de forma potente. Além disso, a obra de Beyoncé teve muito mais impacto na cultura ao discutir Identidade Negra do que qualquer livro acadêmico.
Branco tem medo de “deboche”, de ser “cancelado”, de ser visto como “opresso. Enquanto isso, o negro (não apenas ele, mas todos os grupos que são qualificados como “minorias”) tem medo da miséria, da fome, da morte, de ser assassinado por aqueles que deveriam protegê-lo (a polÃcia, em si). Não é necessário ser nenhum intelectual para ver o quão Ãnfimo é o medo do “branco” quando comparado com o de todos os outros grupos que são oprimidos diariamente pelo homem branco cis há séculos.
Envenenados com o próprio veneno... Seria cômico se não fosse trágico.
Que reflexão incrÃvel! Faz todo o sentido! Agora vou ficar aguardando para ler o livro anunciado na descrição da autora aqui no artigo!
Que reflexão interessante! Parabéns pelo texto!!!
Quanta idiotice.
Ou seja, a injustiça e o racismo estão se ampliando.
Verdade. Mas como o autora disse no texto: é fácil lidar com isso quando se está no poder. Até lucrar com isso se pode.
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