Hélio Schwartsman > Máscaras ferem a liberdade? Voltar
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Argumentação até bastante lógica, mas de difÃcil entendimento para os que abraçaram a cegueira ideológica e o 'gadismo'...
Certo, o velho: seus direitos terminam onde começam os meus... No Direito Civil já caiu a um tempaço, após o Código Civil de Napoleão já se limitava o uso da propriedade, se isto ferisse direito de outros cidadãos, é por isso que o poluidor sonoro não tem razão quando diz: posso colocar quinhentos decibéis no meu som porque o carro é meu, a casa é minha etc... Pode ser dele, mas as consequencias estão sobre os demais... Igual não usar proteção facial, ferindo o direito à saúde de outro cidadão..
Já os filósofos da Grécia clássica entendiam que a autonomia não está acima do princÃpio da não maleficência, portanto o direito individual não pode estar acima do interesse coletivo.
O coletivo e soma dos individuos. Ele ñ existe como instituição. O q se confunde com coletivo e pegar um individuo q falara pelo tal coletivo. Construimos assim o individualismo perverso, o poder de alguns. E a historia mostra q o poder e justamente q se opoe ao individuo e ao coletivo. Por isso a democracia e de limite ao poder. O coletivo so existe se cada individuo concordar coma decisão, ninguem pode falar por ele, a menos que tolamente ceda sua liberdade.
Já os filósofos da Grécia clássica entendiam que a autonomia não está acima do princÃpio da não maledicência, portanto o direito individual não pode estar acima do interesse coletivo.
corrigindo: não maleficência
Pena os novos liberais não tenham entendido no que consiste o liberalismo: confere liberdade (vários aspectos), mas tb a responsabilidade individual. Cada indivÃduo é único e tem direito de fazer o que entende correto e justo, assim como responder pelos seus atos. Ao não usar máscara em público não está respondendo pelos seus atos perante outros, é um irresponsável. O liberalismo só funciona nessa dupla existência. Alternativa: o Estado protetor, dirigente, controlador. Opções de coexistência!
Máscaras ferem nossa liberdade. Mas ter uma lei que diz que eu não posso tomar o que é dos outros também fere minha liberdade. Se eu não tenho direito de pegar o que não é meu, também não tenho direito de colocar em risco a saúde dos outros. Até um debate sobre cinto de segurança ou capacetes é mais razoável, uma vez que a pessoa está colocando em risco apenas ela mesma.
O estado pode obrigar, nunca, tem q pedir, convencer. Temos leis imorais q pegam. Determinar o q é dos outros deveria ser uma liberdade. Imagine quem tem nada, pobre, mora embaixo da ponte, passa fome deve respeitar o q o estado convencionou q e dos outros. A questão e que mascara como protteção a vida alheia e apenas uma ideia. Eu acho q elas ferem o direito alheio ajudando a prolongar ad infinitum uma economia claudicante q mata um monte de gente.
“Para uma fração dos infectados, a doença revela-se fatal. Máscaras e distanciamento, embora não eliminem o risco de contágio, o reduzem. No meu entender, é algo que devemos a nossos semelhantes”. Mas a ignorância é soberana. Na fila da farmácia: De uma senhora: “no meu bairro ninguém acredita nessa doença”. “É coisa de gente rica”. “Não acredita porque não quer”. “E olha não deixe encostar aquela maquininha na testa”. “Apaga a memória.” Livrarias fechando! E La Nave Va., à deriva.
Pobre Brasil. Onde o desleixo sobre a Educação levou este Brasil por vários governos inclusive os ideológicos. “O Hino Nacional não emociona mais. Porque não há mais transmissão dos valores pátrios nas escolas. Poucos sabem o que é republica, nem sabem discernir sobre o que é Governo e o que é Estado”. Baladas agora são escolas e celular é sala de aula. Livrarias fechando. “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoa. Os livros só mudam as pessoas” Mário Quintana.
Em um mundo onde as pessoas lutam para cada vez mais poderem expor seus corpos (meu corpo, minha regrar), discutir sobre máscara parece infantil. kkk
No inÃcio, entre fevereiro e abril, quando eu via alguém na rua de máscara, eu achava um excesso, desnecessário. Quando o uso se tornou obrigatório em maio, eu ainda fiquei reticente em usá-la, porque é incômoda e achava que o isolamento bastava. De junho pra cá, já incorporei como acessório para me deslocar fora de casa, principalmente com a abertura do comércio em geral. Sem dúvida, ela protege a nossa liberdade em tempos de transmissão de um vÃrus perigoso pelo ar.
Discussão inócua. Como para haver contágio precisam dois, o uso da mascara deveria ser opcional. Quem se sente em risco usa e ilide que os outros precisem usar. Funcionou para o HIV, o uso da camisinha é recomendável, mas é opcional e consensual. Seria a mascara do Fantasma da Ópera opcional, obrigatória ou proibida? Seria a mascara do gatuno, opcional ou proibida? Liberdade não é absoluta, mas também não pode ser relativizada por preconceitos pseudo cientÃficos.
Hélio , você não entende nada de Medicina, então fique quieto.
Falou o Dr. Mengele.
Discussão inócua. Como para haver contágio precisam dois, o uso da mascara deveria ser opcional. Quem se sente em risco usa e ilide que os outros precisem usar. Funcionou para o HIV, o uso da camisinha é recomendável, mas é opcional e consensual. Seria a mascara do Fantasma da Ópera opcional, obrigatória ou proibida? Seria a mascara do assaltante opcional ou proibida? Liberdade não é absoluta, mas também não pode ser relativizada por preconceitos pseudo cientÃficos.
A pandemia tem feito bem ao exercÃcio filosófico do colunista, que andava meio insosso. A acusação de que se trata de platitude é injusta, dado que, por ignorância ou má fé, o comportamento social da maioria vem se mostrando contrário à ética, à saúde pública e à vida. E a absolvição do Coiso por 47% dos entrevistados pelo Datafolha não deixa dúvida da mentalidade crassa que nos preside, no strictu e no lato senso.
Caramba! É inacreditável que a sociedade atual precise encontrar uma base filosófica ou cientÃfica para juatificar uma atitude absolutamente natural de, no mÃnimo, cuidado com a vida do outro. Não precisa estudar muito para entender que uma máscara, na dúvida se estou ou não contaminada, pode proteger a vida do outro. Mas o egoismo e a vida autocentrada, aliados a um mau caratismo de doer no osso, faz o povo ficar buscando justificativa ideológica pra dizer "olha mamãe, como sou bom!"
E para decidir se fazemos danos a outrem precisamos de teorias cientÃficas de epidimiologia; e aqui há a divisão entre os realistas cientÃficos e os pragmatistas; a história se complica...
O princÃpio do dano de Mill padece do mesmo problema do princÃpio da propagação retÃlinea da luz, que a fÃsica clássica dizia que se propagava em lÃnea reta. Depois com a teoria da relatividade geral; disse que a luz se propaga em lÃnea reta num espaço curvo; ou seja, ficamos reféns de interpretações do que seja linha reta ou dano na filosofia polÃtica. Precisaremos de uma hermeneutica ou teoria para decidir se fazemos damos a outrem..
O Problema de Mill entretanto é que ele usa a linguagem natural, o inglês, e a lógica elementar não consegue dar conta da gramática e do significado de seus termos e proposicões. Mill usou o princÃpio de dano para limitar a liberdade individual, supondo que em qualquer situação terÃamos um mecanismo de decisão para saber o que é dano a outrem. Porém, na minha modestÃssima opinião, acredito que não temos isso ainda.
Boa defesa de Mill, Hélio. Interessante notar a ligação de moralidade com liberdade. Charles Darwin falava " A moralidade é um conjunto de adaptações psicológicas que permite que indivÃduos de outro modo egoÃstas colham os benefÃcios da cooperação". No Talmude , há um relato de que toda a Torá é : " Não faça ao próximo o que é odioso para você; o resto é comentário" narrado pelo rabino Hillel. Se você não usar máscara posso me ferir.
Essa é digna do conselheiro Acácio tão óbvia que não justifica uma linha!!!
Não só o dano aos outros satisfaz o requisito Milliano. Li em algum lugar que certa vez o filósofo acedeu a alguns argumentos em favor de intervenção externa para evitar o dano a si mesmo - o que estaria em princÃpio fora de seu conceito liberal de 'liberdade'. Segundo o relato, Mill teria sido constrangido (ou convencido) a aceitar a injunção: "Thank-you-I-needed-that!"
Fazendo turismo, parte de culturas orientais usam máscaras rotineiramente há anos. Não ferem a privacidade deles nem dos outros.
Stuart Mill e o direito à burrice. Um exemplo. Veja esse dialogo na fila da farmácia. De uma senhora: “no meu bairro ninguém acredita nessa doença”. “É coisa de gente rica”. “Não acredita porque não quer”. “E olha não deixe encostar aquela maquininha na testa. Apaga a memória”. E La Nave Va.
Tantos rodeios para no final dizer o óbvio. A nossa liberdade termina onde começa a do nosso semelhante. Simples assim
Em defesa do Mills é preciso ressaltar que a palavra "harm" não é vaga, a não ser que acreditemos que o Idioma Inglês ou qualquer outro idioma seja lógico. O fato do Inglês ser mais sucinto do que o Português se deve aos vários significados que uma palavra Inglesa pode ter. Isso não significa que sejam vagas, pois o significado especÃfico é proporcionado pelo contexto. O Inglês é parecido com o Esperanto na complexidade, pois é composto de vários idiomas, alguns inclusive que já desapareceram.
Deve vingar o princÃpio da ponderação dos direitos individuais. E isso se faz observando a realidade dos fatos. Se meu direito for exercido em detrimento de direitos e interesses de outras pessoas, pondo-as em perigo, esse direito deve ser contido. Ademais, é curioso, a recente pesquisa Datafolha dá conta que quase 90% dos entrevistados dizem que tomarão a vacina. Se tivéssemos esse percentual usando as máscaras no Brasil, os números da pandemia seriam outros.
Se eles estão certos, nunca mais ponho o cinto de segurança na vida. Isto é liberdade de expressão? Maconha, vamos liberar? E as outras drogas? Olhar liberdade de expressão por uma fresta é apenas ideologia. Não é defesa da liberdade.
A diferença fundamental entre mascara e liberdade esta em o fato que sem mascara voce pode potencialmente matar outra pessoa. Interessante que os negacionistas contrarios ao uso de mascaras não são contrarios à obrigatoriedade de cinto de segurança em carros . Onde só a propria vida esta em jogo .
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2O exemplo flagrante de degeneração são as multas de transito p obrigar a obediência. Virou industria de multas. Assim e tudo q se faz pela força: degenera. Na educação, na saude, etc. O estado ñ e uma instituição imparcial, arbitro, mas arbitrário com interesses próprios. Grupos se apropriam dele e se servem dele contra o resto. A questão de liberdade individual tem reflexos terrÃveis sociais qdo é desrespeitada. Qdo cada individuo se valoriza, o grupo se emancipa
Gostaria de ouvir a opinião do colunista sobre a legislação de combate à s drogas, que exime o usuário de punições mais severas, concentradas naqueles responsáveis pelo tráfico. Como não existe tráfico sem usuário, essa diferenciação punitiva me parece pouco razoável, a não ser que se admita que todos os usuários sejam dependentes quÃmicos - o que, salvo melhor juÃzo, não parece ser o caso. Os mesmos argumentos que se aplicam à s máscaras podem ser direcionados à discussão sobre as drogas.
Liberdade é um conceito vazio e enganoso, baseado em mentiras e ilusões. Ela, bem como o indivÃduo de modo essencial, simplesmente não existe. Entretanto, tem sido, há muito tempo, a causa da maior parte dos males sociais, pois tem movido quase todas as atitudes predatórias e egoÃstas de todos.
Ocorre, caro Hélio, que uma discussão acerca do substrato filosófico de uma afirmativa qualquer supõe que o indivÃduo tem ou busca uma congruência do seu pensar em função de princÃpios básicos subjacentes. No caso, o conservador que grita pela Liberdade da face é o mesmo que coloca na cabeça do outro no cepo por que este libertou sua genitália. A face é livre da máscara, mas não pode fumar ou cheirar aquilo que bem entende. "Periquitas devem ser Livres", grita, menos as de minha esposa e filhas
Tenho dúvidas renitentes sobre periquitas e máscaras. Máscara ao ar livre, para mim, é injunção que deve ser acatada em nome da pajelança - tão indispensável em atmosferas de ignorância e medo. O 'princÃpios básicos subjacentes' são de várias ordens. Por exemplo, tenho especial ojeriza pela farsesca e teatral repetição de falsos cumprimentos ('bom dia/tarde/noite pra você'), de que são useiros e vezeiros os meios de comunicação sonoros. Me incomodam muito, mas persisto na servidão voluntária...
Perfeito. Aliás, não deveria haver dúvida quanto a isto: o indivÃduo pode agir livremente desde que seus atos não causem danos a terceiros. O sujeito pode tentar escalar o Everest sem estar preparado para isso, e morrer lá; não pode contudo, tentar decolar com um avião, também sem preparo, e arriscar-se a cair com ele sobre alguém.
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