Opinião > Uso ou tráfico Voltar
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Por que não posso fumar maconha quando quiser?! O Estado nada deve se intrometer no que faço com o meu corpo: fumar, comer, cheirar e beber. É obrigação do Estado promover e garantir Educação e Saúde! O cidadão deve saber (informação do Estado) que fumar, cheirar e beber de maneira exagerada / abusiva poderá causar sérios danos à sua saúde e se produzir mal a outrem por quaisquer alterações na sua condição fÃsica e mental o Estado será firme na punição. Liberalismo comportamental.
Enquanto os grandes traficantes não forem presos e seus negócios garroteados pelo combate à lavagem de dinheiro, ficaremos enxugando gelo. Os presÃdios seguirão abarrotados pela mão-de-obra do crime, e a sociedade, refém da violência, com elevado custo em vidas humanas e despesas inúteis. A quem interessa manter esta realidade perversa?
É inacreditável imaginar que as nossas prisões estão abarrotadas de jovens, que foram presos com pequenas quantidades de drogas, enquanto os envolvidos no caso do helicóptero flagrado em Minas Gerais , com quase meia tonelada de pasta base cocaÃna, seguem livres e não se fala mais nisso. A guerra à s drogas tem sido usada no Brasil para encarcerar e matar a juventude pobre, especialmente a negra. Os grandes narcotraficantes seguem livres e enriquerendo à custa dessa tragédia. Hipocrisia define.
Há cinquenta anos o governo combate as drogas inutilmente. Irracionais tentam deter o vento. Nesse combate ele mata muito mais do que eventuais mortes de usuários. O remédio do governo mata mais do que a doença. Fora as balas perdidas que matam até criancas. Qdo.vai cair a ficha do governo. Um pouco de inteligência não faz mal a ninguém. Não seria melhor liberar e controlar, fiscalizar.
Precisamos dar nomes aos bois. Ainda que a legislação contenha falhas a sua aplicação está nas mãos dos juÃzes. São eles, em todas as instâncias, os responsáveis pela catástrofe que se abate sobre centenas de milhares de jovens pretos e pobres, jogados nos braços das facções e condenados a uma vida sem alternativas. A sociedade, claro, é cúmplice e lava as mãos como se não fosse com ela enquanto os filhos da elite divertem-se alegremente com o uso liberado de drogas sem correr risco algum.
Nenhuma droga, nem mesmo as mais pesadas, é mais danosa que o álcool, mas, no entanto, esta continua sendo, ao lado do cigarro, a única droga recreativa permitida e fonte de lucros astronômicos mas também de prejuÃzos catastróficos, vide o número de vÃtimas fatais de acidentes de trânsito causados. É inacreditável que isso ainda seja o mote para uma polÃtica absolutamente desastrosa de combate à s drogas que não surtiu efeito em lugar algum do mundo mas cujos danos são absurdamente relevados.
Talvez um imposto alto sobre a maconha, como existe sobre o cigarro, e liberando o uso. A repressão se limitaria aos sonegadores e contrabandistas, que certamente existiriam (como existem no caso do cigarro). Acoplado a isso campanhas mostrando seu efeito prejudicial à saúde. Um grande problema é a glamorização dessa droga, (tem até coluna de propaganda na Folha), como havia no passado para o cigarro.
Para defender a descriminalização, não há necessidade de dourar a pÃlula da droga. Inalar particulado fino para os pulmões é tão cancerÃgeno para o cigarro quanto para a maconha. Só que colocar pessoas na cadeia não é uma polÃtica inteligente de saúde pública. Isso se sabe desde a época da lei seca.
Poderia relacionar os efeitos prejudiciais da maconha à saúde ? Certamente você não encontrará nenhum mais grave do que os do álcool. É inacreditável que isso ainda seja o mote para uma polÃtica absolutamente desastrosa de combate à s drogas que não surtiu efeito em lugar algum do mundo mas cujos danos são absurdamente relevados.
Enquanto a repressão fornece mão de obra barata e descartável pro crime organizado, os hipócritas que fumam seu baseadinho nos fins de semana, alimentando um mercado violentÃssimo, fazem cara de paisagem e fingem que a culpa é do sistema. Complicado.
Perfeito esse editorial . Acrescento apenas uma antiga frase do frei Beto: a quem interessa de fato a não descriminalização das drogas???
Já é hora de desencadear os instrumentos da democracia participativa, para temas relevantes, como o das drogas. Um saudável plebiscito retiraria o viés dessa questão que fica, por exemplo, ao talante de um Presidente do STF, ainda não empossado, de que não pautará julgamento de ações sobre o tema nem de parlamentares, seja nas comissões da Câmara e do Senado e na própria Mesa Diretora de ambas as Casas, de levarem adiante as propostas que lá tramitam.
Enquanto isso os grandes traficantes que usam terno e gravata passeiam de helicóptero, de iate, de jatinho e até de avião presidencial. Isso é Brasil, uma terra de hipócritas, que escondem a cara e mostram o resto. Nossas cadeias não recuperam ninguém, mas são escolas do crime. Para um paÃs que se diz cristão, é uma contradição querer trancafiar pessoas que cometeram pequenos deslizes e não dar penas alternativas. Prefiro continuar sendo ateu a ser hipócrita como o Bolsonaro.
Essa história de que rou bar um parafuso é menos que rou bar um avião é discurso de la drões. Rou bar é rou bar, tra fi car é tra fi car, não importa a quantidade nem a forma. Já está passando da hora de acabar com esse jei ti nho chamado de brasileiro e des mas ca rar de vez essa fal sa cultura. E essa historia de peninha de quem está na prisão por cri min a lidade é outra far sa que precisa acabar. As vÃt imas é que precisam de cuidados.
Fal ta a ná li se so cio ló gi ca. Pen sa men to pe que no.
Enquanto isso o Gilmar Mendes libera o Queiroz e a mulher para ficar em casa destruindo provas e livres para continuar aprontando. Dois foragidos da policia com provas concretas de desvio de dinheiro público. Quanto deve ser custado esse habeas corpus?
Essa história de bancar o valente e cobrar punição excessiva para tudo e todos, preferencialmente os mais pobres, ignoradas a realidade social e carcerária, só revela o quanto desconheces a alma humana.
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